Temas polêmicos como revisão da atual Lei de Zoneamento, cota de cargos comissionados na prefeitura e aumento de salários dividem a opinião dos vereadores eleitos de São José dos Campos. Levantamento realizado por O VALE ontem mostra que 7 dos 21 vereadores eleitos são a favor de uma possível revisão da Lei de Zoneamento. Outros 4 são contra, 4 não opinaram e 6 se dizem indecisos.
Entre os favoráveis à revisãoa da norma estão os petistas Angela Guadagnin, Juliana Fraga e Wagner Balieiro, além de Shakespeare Carvalho (PRB) e Roberto do Eleven (PP). “Considero que a Lei de Zoneamento não teve ampla discussão com a sociedade. Ela deve ser discutida com a sociedade, analisando o adensamento urbano, que não engesse o crescimento da cidade e nem prejudique o desenvolvimento econômico”, afirmou a vereadora Angela.
Já Amélia Naomi, mulher de Carlinhos, preferiu não opinar. “O prefeito eleito formou uma comissão para analisar o assunto”, afirmou. Para Juvenil Silvério (PSDB), não há necessidade de revisar a norma de imediato. “Penso que, sempre que houver necessidade, a comunidade precisa ser consultada”.
“Sou contra qualquer mudança na lei sem que se faça uma discussão ampla com toda a sociedade”, afirmou Luiz Mota (DEM). Entre os indecisos, Carlinhos Tiaca (PMDB) afirmou que precisa “estudar melhor a lei e consultar a comunidade”.
Já com relação a indicação de nomes para cargos comissionados na prefeitura, 7 não opinaram, 7 disseram que são contra, 4 a favor e 3 se mostraram indecisos. O vereador Walter Hayashi (PSB) afirmou que é favorável “a indicações técnicas”.
“Vejo isso com naturalidade. Quem ganha junto, governa junto”, ponderou Juvenil. Para Ângela, é natural que os partidos que apoiaram um candidato ao Executivo indiquem membros para ocuparem cargos no governo eleito. O vereador Robertinho da Padaria (PPS) disse que é contra a cota de cargos.
“A indicação de nomes tem que ser técnica, de acordo com a capacidade de cada pessoa e não por indicação partidária”, afirmou o parlamentar.O vereador Wagner Balieiro (PT) afirmou que no futuro governo de Carlinhos Almeida “não “haverá indicação partidária, porque isso não é moeda de troca”.
Entre os que não opinaram estão os parlamentares Alexandre da Farmácia (PP), Willis Goulart (PP) e Carlos Alberto Macedo Bastos (DEM). Os indecisos são Dilermando Dié (PSDB), e os democratas Rogério Cyborg e Renata Paiva.
Com relação a aumento de salários, 17 parlamentares disseram que são contra reajustes, 2 não opinaram e 2 estão indecisos. Willis, por exemplo, afirmou que os vereadores já ganham bem. “Se tiver essa discussão, meu voto será contra”, disse.
Já Valdir Alvarenga (PSB) declarou que não “há menor possibilidade de se falar nesse assunto no momento”. Entre os indecisos estão Dié e Mota. Macedo Bastos e Alexandre não opinaram. O salário do vereador será de R$ 10,1 mil a partir de 2013.
O Vale
Publicado em: 17/10/2012