Com menos de 50% do cronograma executado até dezembro do ano passado, a obra da Arena Esportiva, empreendimento de maior valor da Prefeitura de São José dos Campos, deve ficar mais cara do que o previsto e dificilmente será entregue em abril deste ano, prazo estabelecido no contrato.
Projetada e iniciada no governo do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB) a um custo inicial de R$ 33,3 milhões, a Arena Esportiva, em construção no Jardim das Indústrias, na região oeste, transformou-se em um ‘pesadelo’ para a antiga administração tucana e em um ‘abacaxi’ para o prefeito Carlinhos Almeida (PT).
Dados da Secretaria de Obras revelam que até dezembro do ano passado foram realizados 38,29% dos 41,98 % previstos no cronograma, o que representa um valor de R$ 12.785.125,87 pagos à empresa Recoma, responsável pelo empreendimento. Segundo a pasta, no momento falta construir 62% da obra.
Em nota, a Secretaria de Obras informou que a empresa elabora uma nova proposta de cronograma e ajustes financeiros que deverá ser analisada pelo corpo técnico da pasta para a definição dos prazos finais da entrega do equipamento esportivo.
Para o vereador Walter Hayashi (PSB), relator da Comissão de Planejamento Urbano, Habitação e Obras da Câmara, a Arena Esportiva é um equipamento importante para a cidade e precisa ser terminada, mas não a qualquer custo.
“É preciso analisar com muito critério pedidos de reajustes”, afirmou o parlamentar, que integra o bloco governista. A Arena Esportiva, que seria uma das ‘vitrines’ do governo tucano, foi iniciada em novembro de 2011 e deveria ter ficado pronta no ano passado. No entanto, a prefeitura enfrentou uma série de dificuldades com o empreendimento.
Primeiro, uma batalha judicial, ainda em tramitação, para a contratação da empresa. No processo licitatório, a primeira colocada foi a Sergio Porto Engenharia, que acabou sendo desclassificada pela prefeitura e recorreu à Justiça.
Outro entrave ao cronograma original foi a elaboração e revisão dos projetos executivos complementares, assim como a adequação às reais demandas e necessidades da área de intervenção, segundo a Secretaria de Obras. A pasta informou ainda que também contribuíram para o atraso da obra a falta de contingente efetivo (funcionários) no canteiro de obras e pelo baixo empenho da empresa em cumprir as metas estabelecidas no contrato original, refletindo diretamente sobre o ritmo dos serviços previstos no contrato.
O Vale
Publicado em: 17/01/2013