Construção Civil tem mulheres como destaque

O número de mulheres que se formou nos cursos de construção civil do Programa Gerando Oportunidades (Progeo), da Prefeitura de São José dos Campos, chamou a atenção durante a cerimônia de formatura, realizada na noite de quarta-feira (19), no plenário da Câmara Municipal.  Dos 688 formandos 60 eram mulheres.

O grupo de alunos recebeu o certificado de conclusão de curso nas áreas de armador de ferros, carpinteiro de estrutura de telhado, desenhista copista de edificações, instalador hidráulico, pedreiro assentador, pedreiro revestidor, pintor de obras e eletricista instalador residencial.

A construção civil, que geralmente requer esforço físico elevado e por isso é considerada uma área predominantemente masculina, tem atraído o sexo feminino. A ajudante Rosilene dos Santos, de 37 anos, trabalha em uma construtora há 11 anos. Começou como faxineira da empresa e posteriormente passou a limpar os apartamentos prontos para entrega. Foi quando seu chefe a chamou para fazer um teste de rejunte. Deu certo e hoje este é o trabalho dela.

“Para melhorar meu currículo fiz o curso de pedreiro revestidor, que gostei muito. Quero agora fazer outros cursos na área para ter a oportunidade de crescer profissionalmente”, disse Rosilene.

Opinião compartilhada pela oradora da turma, Adriana Gonçalves Moraes, que também se formou em pedreiro revestidor. Ela é polivante já que trabalha com decoração, culinária, fez a instalação elétrica da própria casa e o próximo passo é fazer um curso na área de telecomunicações.

A curiosidade levou a dona de casa Maria de Fátima dos Santos, 54 anos, a fazer o curso de pintor de obras. “Queria saber como era essa área e gostei. Vou correr atrás de um emprego.” Ela ainda brinca: “Se pintar, eu encaro”, referindo-se a uma oportunidade de trabalho na área.

Mas os homens também marcaram presença. O gesseiro Ricardo Fernandes Rocha, 25 anos, tem projetos futuros. “Eu optei por elétrica residencial porque vai agregar ao que faço hoje”. Já o inspetor de qualidade Bruno Eduardo dos Reis, 28 anos, não pretende mudar de área, mas fez o curso de pedreiro assentador porque gosta da profissão. “Já trabalhei como ajudante geral. Fiz mais por realização pessoal, vou trabalhar para mim.”

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