Evento terá 70 espaços de culinária e 70 de artesanato no Parque da Cidade, em São José dos Campos.
A 11ª edição do Revelando São Paulo Vale do Paraíba começa a partir do próximo sábado (07) e vai até o dia 15 de Julho, das 9h às 21h, no Parque da Cidade, em Santana, em São José dos Campos. A entrada é gratuita.
Esta edição terá a participação de 104 cidades e contará com 70 espaços de culinária, 70 de artesanato, 10 ranchos tropeiros de diferentes regiões do estado, cortejos pelas ruas da cidade, além das brincadeiras de todos os tempos e a corrida de cavalhada.
No palco, aproximadamente 150 grupos trarão manifestações artísticas e tradicionais durante os nove dias do evento, como orquestras de violas, Fandango, Catira, quadrilhas, Moçambique, Congada, Companhia de Santos Reis, São Gonçalo, Bonecos Gigantes, Jongo e Batuques.
Toda programação vai ser transmitida ao vivo na internet pela TV Revelando no site www.revelandosaopaulo.org.br
Culinária da mesa paulista
O festival terá doces caseiros, bolinhos caipira, broas, pamonhas, bolos, virados, afogados, galinhadas, feijão tropeiro, farinha de mandioca, peixes, moquecas entre outras iguarias que compõe a “Mesa Paulista”.
Pratos curiosos chamam a atenção como: a comida do tropeiro de Monteiro Lobato com arroz, linguiça, frango, torresmo, feijão e couve refogada, os doces dos casarões do município de Lorena, que traz pasteis de nata e o tradicional bolinho caipira de carne da tradicional família Mira e também, as broas de milho e pinhão de São Francisco Xavier.
Já, os municípios de Paraibuna, Redenção e Natividade da Serra, vêm com o característico café da manhã caipira. O café, que é torrado e socado no pilão, passado no coador de pano todos e depois servido com broas de milhos, bolinhos de chuvas e biscoitinhos de nata. Tudo feito em fogões à lenha.
Da Região do Vale do Ribeira, Iguape, vem a culinária caiçara servida na Festa de Bom Jesus de Iguape, como a tainha assada e molho de camarão, acompanhados com farinha de mandioca produzida por família de pescadores. E a cidade de Registro traz a Moqueca de Manjuba assada na folha de bananeira, receita centenária também de pescadores da região.
Novidade: Uma das novidades desta edição é o doce de Jaracatiá da Festa de Reis, produzido no município de Santo Antônio da Alegria, que fica no extremo noroeste do Estado, Tradição no município, o doce começou a ser feito de forma artesanal e servido aos devotos de Santos Reis e as folias na Festa dos Doces, evento que acontece todos os anos na zona rural da cidade, no dia 6 de janeiro.
O doce é feito do caule da árvore do jaracatiá. A técnica da elaboração do doce vem da tradição das famílias mais antigas do município. A polpa do jaracatiá depois de abatida, tira-se a casca da árvore e ralada que junto com açúcar , cravo e canela em grades tachos de cobre que ficam no fogo por até 3 horas.
Entre Mouros e Cristãos
A Cavalhada São Pedro de Catuçaba se apresenta nos dia 7 (a partir das 16h) e 8 de julho (a partir das 10h). Este tradicional folguedo com mais de 150 anos, é mantido há gerações pelas famílias de São Luiz de Paraitinga.
O grupo, que ficou inativo por um período, retomou as apresentações na década de 50 na também na tradicional Festa do Divino de São Luiz de Paraitinga e se apresenta desde a primeira edição do Revelando São Paulo em São José dos Campos. Neste ano, são quase 30 cavaleiros trajados em vermelho (mouros) e azul ( cristão) e quase duas horas deste folguedo que conta a história dos mouros que depois de uma longa batalhada são cristianizados.
Além das apresentações da cavalhada, no palco 30 corporações de bandas e fanfarras se apresentam no sábado e domingo com destaque a Apoteóse, que reunirá 300 músicos tocando a mesma peça.
Tropas e carros de bois
Cerca de 250 animais, entre equinos, bovinos, muares e caprinos fazem parte da programação do evento. O objetivo é mostrar que este meio de transporte rural ainda é muito utilizado nos campos de várias cidades do Vale do Paraíba.
São tropeiros e cavaleiros das cidades de Santa Isabel, Caçapava, Monteiro Lobato, Lorena e São José dos Campos que durante todos dias estarão na arena do evento e no “Poso Tropeiro”, novo espaço do festival, que mostra o dia a dia destes homens rurais, como por exemplo cuidar do animais, fazer o café caipira no fogão a lenha e as prosas e rodas de viola no cair da tarde.
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