Alckmin descarta reforço policial para a Região

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem que não irá reforçar sua segurança pessoal após a divulgação de escutas telefônicas em que líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) conversavam sobre a intenção de matá-lo. “Nós não pretendemos fazer nenhuma mudança em termos de segurança pessoal”, disse Alckmin após participar da missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida em Aparecida. Quatro policiais militares estavam presentes na sala em que o governador concedeu uma entrevista coletiva, no final da celebração. Também chamou a atenção a presença de soldados nas proximidades do altar, durante a missa. Alckmin disse ter pedido a seu ajudante de ordens, que é tenente da PM, a retirada dos policiais.

As declarações de líderes do PCC sobre um ataque ao governador fazem parte de uma investigação do Ministério Público de São Paulo que foi divulgada nessa sexta-feira pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Sobre afirmação de Marcos Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC, de que a redução do número de homicídios no Estado foi resultado de ordens da facção para dificultar as execuções e não de ações do governo, Alckmin defendeu sua política de segurança. “Os homicídios cresceram no Brasil todo. São Paulo fez esforço enorme contra crimes contra a vida. Foi fruto de muito trabalho que São Paulo saiu de 35 homicídios por 100 mil habitantes para praticamente 11.”