Cidade tem grande apresentação de Coro Jovem

A Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) realiza uma apresentação especial no dia 18, às 20h, no Espaço Cultural Cine Santana. Trata-se da Ópera Dido e Eneas, encenada e interpretada pelo Coro Jovem Sinfônico de São José dos Campos, com a participação especial da Orquestra Arte Barroca, de São Paulo.

Sob a regência do maestro Sérgio Wernec, mais de 60 vozes apresentam a esse clássico da música barroca, criada pelo compositor Henry Purcell e pelo libretista Nahum Tate, baseada na tragédia de Eneida de Virgílio. Entrada franca: A entrada é franca, porém é necessária a retirada de ingressos com 1 hora de antecedência na bilheteria do local.

Dido e Eneas – Criado no século XVII por Henry Purcell a ópera narra as consequências trágicas do amor de Dido – rainha da opulenta cidade fenícia de Cartago – por Eneas, príncipe derrotado da Guerra de Troia e filho da deusa Afrodite com um mortal.  A ação da ópera se passa ao longo de um dia, retratando o drama da rainha apaixonada, mas abandonada, devido à epopéia que o príncipe troiano está destinado a viver. O espetáculo é apresentado em três atos e um prólogo, considerado como a única grande obra de teatro musical em inglês, antes das óperas de Benjamin Britten, no século XX.

Coro Jovem Sinfônico de São José dos Campos – Com o objetivo de educar por meio da música, formando novas platéias e futuros cantores profissionais, a Fundação Cultural Cassiano Ricardo criou, em setembro de 2005, o Coro Jovem Sinfônico de São José dos Campos. O projeto oferece 150 vagas para jovens com idades entre 16 e 32 anos, divididos em três turmas: Coro Iniciante, Coro Avançado e Coro Semi Profissional. Além de freqüentarem as aulas (técnica vocal, teoria, percepção, rítmica), os coralistas recebem uma bolsa-auxílio e realizam apresentações em diversos eventos na cidade e região. Em 2010 o Coro Jovem recebeu o Diploma de Reconhecimento Público e em 2012 foi agraciado com a Medalha Cassiano Ricardo pela Câmara dos Vereadores pelo trabalho realizado na cidade de São José dos Campos. Ainda recentemente, foi vencedor no Mapa Cultural Paulista, pela Região do Vale do Paraíba e no Concurso Internacional de Coros Ameride, como melhor coral na categoria Coros e Orfeões como melhor coro na eliminatória Nacional.

Sérgio Wernec Jr. – Regente – Maestro, tenor e pianista, graduado em Composição e Regência pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), iniciou suas atividades como regente no Coral Masculino e da Banda Instrumental da Escola Senai Suíço – Brasileira (SP). Realiza um trabalho de formação de jovens músicos e com a Terceira Idade. Ministrou workshops de canto e coral nos Festival de Inverno de Mogi das Cruzes, Centro Cultural São Paulo, Seminário de Música Sacra da Assembléia de Deus (SP) e diversas oficinas pelo interior de São Paulo. Foi regente do Coral Lírico da Casa da Música de Diadema e do Coral Municipal de Suzano. É regente e orientador artístico do Coro Jovem Sinfônico de São José dos Campos, Coral Musicativa – de Mogi das Cruzes, Coral da UNAI, além de ter atuado como convidado à frente da Orquestra Sinfônica de Mogi das Cruzes. Como cantor solista, atuou em diversas obras, entre elas, Paixões Segundo S. João e Segundo S. Mateus. Estudou piano, regência e canto. Fez parte do quadro de cantores do Coro de Câmara e Coro da Osesp e desde 2002 passou a integrar o Coral Paulistano do Teatro Municipal de SP. Em 2012 recebeu da Câmara dos Vereadores do Título de Cidadão Joseense.

Orquestra de Arte Barroca – Formada em 2007 por Paulo Henes, a orquestra tem como proposta interpretar o repertório camerístico e orquestral dos séculos XVII e XVIII. Procura aperfeiçoar sua interpretação orientando-se pelo estudo de tratados de época do período Barroco, por meio de elementos estilísticos, históricos e biográficos. Busca também uma sonoridade diferenciada utilizando-se de cópias de instrumentos barrocos usados nas orquestras daquele período. Além de violinos e violas, usa outros instrumentos que compunham o baixo contínuo, tais como violoncelo, contrabaixo, guitarra barroca, teorba e cravo. Sua pesquisa de repertório em bibliotecas da Europa e em sites especializados procura trazer ao público obras de compositores menos conhecidos e de execução ainda inédita.

Henry Purcell – Henry Purcell (Londres, 10/09/1659 – 21/11/1695) foi um compositor britânico, que apesar de uma vida relativamente breve, conquistou espaço como um dos mais importantes compositores ingleses. Sua facilidade em compor para todos os gêneros e públicos, sua popularidade na corte durante os reinados de três monarcas e sua vasta produção de música cênica, sacra, canções e catches seculares, música de câmara e voluntaries para órgão, são uma prova de seu prodigioso talento. Compôs as óperas Dido e Eneas, e A tempestade. Suas lições são famosas para cravo, hinos, composições religiosas, sonatas e fantasias para viola.

Programa

I Ato

Palácio de Dido – A rainha conversa com Belinda, sua irmã, que tenta persuadi-la a casar-se com Eneias, o que traria alegria e paz ao reino. Dido reluta e, a princípio, recebe o príncipe com frieza, mas acaba cedendo ao amor e o aceita.

II Ato

Cena 1 – Um feiticeiro trama a destruição de Cartago e de sua rainha. Para isso, convoca o conluio das bruxas. Ele planeja disfarçar um de seus seguidores como Mercúrio, mensageiro dos deuses, e lembrar Eneias a ordem de Júpiter de fundar uma nova Tróia, que viria a ser a Itália.
Cena 2 –  Dido e a sua corte preparam um divertimento para o príncipe, no bosque. Tem início uma forte tempestade. A Rainha e a corte regressam a Cartago. O espírito disfarçado aparece a Enéias e lhe ordena que parta imediatamente para dar prosseguimento à sua missão. Eneias, apesar de contrariado, decide obedecer.

III Ato

Cena 1 –  No cais, os marinheiros de Eneias divertem-se enquanto preparam a nova viagem. Ainda não satisfeitos, o feiticeiro e seus aliados tramam ainda mais desgraças: A morte de Dido, a destruição de Cartago em chamas e o naufrágio dos troianos em sua expedição.
Cena 2 –  De volta ao palácio, Dido queixa-se de sua dor à Belinda. Enéas tenta explicar-lhe os motivos da sua partida, mas Dido o acusa de fraqueza de caráter e recusa seus argumentos. Eneias decide contrariar o desejo dos deuses para ficar com sua amada. A rainha, porém, o expulsa, pois, ter pensado em deixá-la, uma só vez, foi traição suficiente. Dido, tomada de desespero, entrega-se à morte nos braços de Belinda.

Serviço: Espaço Cultural Cine Santana – Rua Rui Barbosa, 2005 – Santana. Informações: (12) 3924-7356.

Assessoria de Comunicação
Fundação Cultural Cassiano Ricardo – FCCR

Publicado em: 16/11/2012