Volta das Pichações tem auxilio de Tecnologia para Combate

A Secretaria de Defesa do Cidadão vai usar tecnologia contra as pichações. O governo instalou um serviço de inteligência na Guarda Municipal e vai criar um banco de dados dos infratores, com um aplicativo para celular que possibilite à população enviar fotos e filmagens sem a sua identificação. O aplicativo, segundo o secretário José Luis Nunes, está em fase de testes e deve ser aplicado em breve. A prefeitura também vai instalar no COI câmeras móveis em locais que não possuem monitoramento eletrônico, para que a Guarda possa fiscalizar atos de vandalismo, pichações e outros crimes.

A cruzada também envolve a aplicação de multas mais pesadas, que podem variar de R$ 100 a R$ 15 mil, ações judiciais e parcerias com a Polícia Militar para acompanhar o registro das infrações. Em agosto, O VALE mostrou que os pichadores voltaram a agir em São José devido à falta de fiscalização. Segundo o secretário, a Guarda intensificou a fiscalização nas ruas e, na última semana, 5 pessoas foram detidas, 4 adultos e 1 adolescente. “Houve uma mudança no perfil do pichador. Antes, tínhamos mais adolescentes flagrados, agora são pessoas mais velhas. Em média, já aplicamos multa no valor de R$ 600 por danos ao patrimônio”, afirmou Nunes.

O banco de dados vai ajudar na identificação do perfil do pichador, a que grupo ele pertence, sua idade e até onde ele compra a tinta para pichar. A secretaria tem uma equipe de 13 pessoas para limpeza dos muros pichados. De janeiro a julho de 2013, a equipe pintou 2.312 muros. No ano passado, 3.945 muros. Quando um imóvel particular é pichado pela primeira vez, o proprietário fornece a tinta e a prefeitura, a mão de obra. No caso de reincidência, a prefeitura faz todo o serviço. A lei municipal 7.815/2009 proíbe pichações e fixação de papéis em áreas públicas e particulares. A multa pode variar de R$ 100 a R$ 15 mil. O infrator pode ter pena que varia de 6 meses a4 anos de detenção.

São José volta a ter Prédios Pichados por toda a cidade

Os pichadores voltaram a agir em São José. Na região central e nos corredores dos bairros, as pichações estão presentes nos prédios particulares. Os prédios públicos não estão pichados. O VALE percorreu algumas ruas e encontrou marcas de vandalismo em imóveis na praça Melvin Jones, avenidas São João, Nelson D’Ávila, Andrômeda, Heitor Villa-Lobos e ruas Dolzani Ricardo e Paraibuna. A pichação é considerada um crime ambiental (lei federal 9.605/1998). Em 2008, uma lei complementar foi feita para proibir a comercialização de tintas em embalagens do tipo aerossol a menores de 18 anos. Segundo denúncias de moradores, a Guarda Municipal não estaria mais fazendo rondas à noite para coibir ação dos pichadores na cidade.

A secretária Alzira Citti disse que já cansou de reclamar na prefeitura de imóvel abandonado que está pichado na praça Melvin Jones. “Além das pichações, à noite ficam vários moradores de rua aqui, usando drogas e sujando o loca. Denuncio, mas ninguém vem ver o problema.” Na avenida Andrômeda, na região Sul, um prédio comercial, onde no térreo funciona a Igreja Fonte da Vida, está totalmente pichado. A auxiliar de serviços gerais Rosimeire dos Reis disse que os pichadores não respeitam os prédios. “Sujam tudo e ninguém fiscaliza”, afirmou. São José tem um Programa Antipichação desde 2001.Segundo a prefeitura, quando um imóvel particular é pichado pela primeira vez, o proprietário fornece a tinta para a pintura e a prefeitura disponibiliza a mão de obra.

No caso de reincidência, o poder público se responsabiliza por todo o serviço. A equipe do Programa Antipichação limpa as pichações nos locais públicos, como prédios e viadutos. O grupo é formado por 13 pessoas, entre servidores públicos, bolsistas, prestadores de serviço (apenados). Por meio da assessoria, a Secretaria de Defesa do Cidadão informou que a fiscalização tem sido feita e que os pichadores flagrados têm sido levados para a delegacia. Segundo o governo, serão implantados novos recursos técnicos e metodologias para tornar o trabalho mais eficaz. A prefeitura informou que nove jovens foram flagrados pela Guarda Municipal pichando neste ano e um foi encaminhado para a Justiça para prestação de serviços comunitários. No ano passado, a Justiça encaminhou 11 pessoas para serviços comunitários. Ainda segundo o governo, após pichações 2.312 muros foram pintados neste ano até julho. Em 2012, foram 3.945.

Cidade tem campanha de volta ás aulas para crianças

A Prefeitura de São José dos Campos iniciou nesta quarta-feira (24) a Campanha Volta às Aulas, do segundo semestre. Com o tema “Atravessar na faixa, segurança na medida certa”, a equipe do Educatrânsito orienta pais, estudantes e motoristas sobre a importância da travessia segura e a necessidade de prudência no trânsito.

Nesta quinta-feira (25), será a vez da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ilga Pusplatais, no bairro Jardim Ismênia, e na sexta-feira (26) a campanha ocorre na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Waldemar Ramos, no bairro Vista Verde, ambas região leste.

Uso da cadeirinha para crianças, fila dupla na porta das escolas, paradas em locais proibidos e o cuidado na escolha do transportador escolar para os filhos também são temas abordados pelos educadores. As ações estão sendo realizadas em 25 escolas da cidade. No primeiro semestre, a equipe levou a orientação para cerca de 5.500 mil pessoas.

Com o Centro da Juventude entregue, Blanco volta a Politica

Passados 45 dias da derrota nas eleições municipais, Alexandre Blanco (PSDB) volta ao cenário político de São José dos Campos com a inauguração do Centro de Referência da Juventude, no Jardim América, zona sul, que será aberto ao público no próximo sábado.

A unidade é o cartão de visitas da gestão de Blanco à frente da Secretaria de Juventude, que chefiou nos oito anos do governo do prefeito Eduardo Cury (PSDB) quatro como Assessoria e quatro já como Secretaria. Considerado por Blanco o “segundo prédio em importância no governo Cury”, só perdendo para o Cefe (Centro de Formação do Educador), em Santana, o Centro de Juventude será entregue com quase sete meses de atraso.

Deveria ter sido inaugurado em 1° de junho deste ano, mas as obras não ficaram prontas a tempo. “Licitamos o projeto executivo e tivemos que fazer adaptações. Acabou atrasando a entrega”, disse Blanco. “Colocamos um prazo muito apertado para a construtora. Era possível, mas difícil de cumprir. Foi de um ano e poderia ter sido de um ano e meio. Fomos exigentes demais.”

Com 7.500 m² de construção em uma área de 35 mil m², o complexo esportivo, administrativo e de serviços irá sediar a Secretaria de Esportes e oferecer atividades aos 200 mil jovens da cidade. Reunirá oito secretarias com programas específicos para o público de 12 a 29 anos, com capacidade de até 30 mil atendimentos por mês. O centro vai abrir todos os dias, das 6h às 22h.

Uma vasta programação cultural e esportiva está prevista para sábado, na inauguração, a partir das 16h. Haverá ‘Ação Juventude’ no local, com apresentação de bandas de rock. A arquitetura moderna e ousada e a grandiosidade do complexo transformaram a nova sede da Secretaria de Juventude em uma das mais cobiçadas da administração.

Ela vai funcionar a partir da próxima semana no prédio principal do Centro da Juventude, com 2.000 m², sendo metade deste espaço utilizado pela administração da pasta e do complexo. A outra metade será usada para atendimento dos jovens, com biblioteca, infocentro e salas de cursos. Poucas secretarias do governo Cury desfrutam da mesma estrutura. “A Secretaria teve que nascer grande. Pensamos em um crescimento para quatro anos”, afirmou Blanco.

O Vale

Publicado em: 22/11/2012

Após suspendido o Leilão do Pinheirinho, Nahs quer de volta

A decisão judicial que suspendeu o leilão do terreno do Pinheirinho abre caminho para que o megaespeculador Naji Nahas reassuma o controle da área, localizada na zona sul de São José. Em recurso encaminhado ao TJ (Tribunal de Justiça), a empresa Selecta, controlada por Nahas, relaciona bens suficientes para quitar as dívidas remanescentes em seu processo de falência e alega que a venda do Pinheirinho nunca foi necessária para honrar os compromissos com os credores.

O posicionamento contradiz os argumentos usados pelos administradores da massa falida na Justiça para justificar a reintegração de posse da área, realizada em janeiro deste ano ao todo, 1.703 famílias sem-teto foram removidas do local. A alegação era que o terreno era o único bem da Selecta.

Em março deste ano, o juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, da 18º Vara Cível de São Paulo, responsável pelo processo de falência da Selecta, também informou que o Pinheirinho era o único bem da massa falida. “Há mais de 20 anos o imóvel Pinheirinho compõe o acervo da massa e nunca antes sua alienação foi cogitada na falência.

Até porque todos os créditos da massa já foram pagos, com exceção de apenas dois, e recentemente um outro crédito, ainda em fase de habilitação, os quais, podem ser pagos, com sobras, pelos demais ativos da massa”, justifica a defesa de Nahas.

Nos autos do processo que pede a suspensão do leilão, a Selecta afirma possuir R$ 66,1 milhões em bens. O valor representa quase três vezes a soma das dívidas reconhecidas pela massa falida, hoje estimadas em R$ 26,2 milhões R$16,4 milhões com a Prefeitura de São José, R$ 8,6 milhões com o condomínio Fazenda Real de Itu e outros R$ 1,1milhão com a União.

A relação de patrimônios da empresa inclui 56 lotes localizados no condomínio Fazenda Vila Real de Itu, avaliados em R$ 50,4 milhões, duas fazendas em Itu, avaliadas em R$ 10 milhões, e outros R$ 5,7 milhões em conta bancária.

Com base no recurso de Nahas, o desembargador do TJ Fábio Quadros suspendeu por tempo indeterminado o leilão do terreno do Pinheirinho no último dia 11 de setembro. O leilão havia sido aberto pela Justiça no dia 3. Avaliado em R$ 187 milhões pela Justiça, o terreno tem 1,3 milhão de metros quadrados de área, o equivalente a 130 campos de futebol.

O mérito da ação que pede o cancelamento definitivo do leilão ainda será julgado. Ontem, o Tribunal de Justiça e o juiz Luiz Bethoven da 18ª Vara Cível não se manifestaram sobre o assunto. Os advogados de Naji Nahas afirmam que a reintegração de posse da área não foi concluída, já que parte do Pinheirinho ainda continua ocupada por invasores, o que inviabilizaria o leilão.

A defesa se refere a um grupo de cinco famílias que vive em uma área contígua ao antigo acampamento do Pinheirinho há mais de 30 anos. “Requeremos a suspensão do leilão do Pinheirinho face a constatação de um fato novo, até então ignorado nos autos, de que significativa parte do terreno, aproximadamente 100 mil metros quadrados, ainda continua na posse de esbulhadores”, diz a defesa.

Também é informado que a massa falida já havia noticiado a juiza Marcia Loureiro da 6ª Vara Cível de São José, do pedido de reintegração dessa área, a qual já teria determinado a intimação dos ocupantes das áreas remanescentes.

“Sendo realizado o leilão nessas condições haverá evidente prejuízo irreparável à massa falida, já que os interessados na aquisição, por não poderem, dispor de imediato da totalidade do imóvel, certamente farão lances inferiores ao real valor do imóvel”, diz trecho da petição.

O Vale
Imagem: G1

Mnistério Público abre brecha para volta das Sacolinhas

Decisão do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo tomada anteontem abre brecha para que os supermercados da região voltem a distribuir sacolas plásticas aos consumidores. A invalidação do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado por Apas (Associação Paulista de Supermercados), MP e Procon para colocar fim à distribuição do material acontece menos de três meses após sua entrada em vigor.

Em São José, alguns supermercados não aderiram ao TAC. Outros, como o Villarreal, voltaram a distribuir o material. O Nagumo, na zona leste de São José, teria conseguido, inclusive, roubar clientes de outros supermercados por não ter suspendido o fornecimento das sacolas.

“Ganhamos um pouco de clientes dos outros supermercados da zona leste. Vínhamos até recebendo pressão da Apas para acabar com a distribuição, mas preferimos dar essa opção ao cliente. Se ele não trouxer sua sacola, terá a convencional”, disse o gerente do Nagumo, Osanies Silva.

Os consumidores se mostram divididos quanto à decisão do MP. O porteiro Francisco Chagas, 53 anos, comemorou o fim da proibição. “Tem que ter a sacolinha, já que ajuda o cliente. Vai colocar a compra onde?” Já a auxiliar de enfermagem Alana Vieira, 29 anos, disse que não deve voltar a pedir as sacolas convencionais.

“Penso que estou fazendo a minha parte. Além disso, nunca tive problemas com a sacola reutilizável.” Para a bancária Ângela Silva, 40 anos, a mudança acabou fazendo com que o consumidor tivesse o ônus pela mudança. “A sacola de plástico é mais prática e pode ser usada em casa para outras finalidades. Com a mudança, sobra para o consumidor.”

Por conta da decisão do Conselho Superior do MP, a Câmara adiou ontem a votação de projeto de lei de Jeferson Campos (PV), que obriga os supermercados e hipermercados a fornecer as sacolinhas. A proposta deve ser votado semana que vem.

O Vale