Proposta no momento é a compra de sacolas plásticas

Quem comprar sacolas plásticas nos supermercados da região, para embalar as compras, poderá receber o dinheiro de volta na devolução das unidades. A proposta é da Apas (Associação Paulista de Supermercados) e foi feita ontem ao Ministério Público de São Paulo e à Fundação Procon.

Trata-se de mais um capítulo na tentativa de retirar as sacolas plásticas descartáveis de circulação e trocá-las por modelos retornáveis. Caso a proposta seja aceita, os supermercados poderão oferecer três tipos de sacolas: de papel, de material biocompostável (amido e biodegradáveis) e as recicladas (sobras de plástico).

As sacolas custariam entre R$ 0,07 e R$ 0,25 e a compra seria registrada pelo caixa. O consumidor poderia receber o dinheiro de volta ao devolver as sacolas e mostrar o tíquete. A ideia, segundo o diretor regional da Apas, Fernando Shibata, é estimular a logística reversa e fazer com que o consumidor deixe de usar as sacolas descartáveis.

Até que a nova proposta seja avaliada, os supermercados têm a opção de entregar ou não sacolas gratuitas e descartáveis para os consumidores. Alguns estabelecimentos estão preferindo usar caixas de papelão.

O Vale

Mnistério Público abre brecha para volta das Sacolinhas

Decisão do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo tomada anteontem abre brecha para que os supermercados da região voltem a distribuir sacolas plásticas aos consumidores. A invalidação do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado por Apas (Associação Paulista de Supermercados), MP e Procon para colocar fim à distribuição do material acontece menos de três meses após sua entrada em vigor.

Em São José, alguns supermercados não aderiram ao TAC. Outros, como o Villarreal, voltaram a distribuir o material. O Nagumo, na zona leste de São José, teria conseguido, inclusive, roubar clientes de outros supermercados por não ter suspendido o fornecimento das sacolas.

“Ganhamos um pouco de clientes dos outros supermercados da zona leste. Vínhamos até recebendo pressão da Apas para acabar com a distribuição, mas preferimos dar essa opção ao cliente. Se ele não trouxer sua sacola, terá a convencional”, disse o gerente do Nagumo, Osanies Silva.

Os consumidores se mostram divididos quanto à decisão do MP. O porteiro Francisco Chagas, 53 anos, comemorou o fim da proibição. “Tem que ter a sacolinha, já que ajuda o cliente. Vai colocar a compra onde?” Já a auxiliar de enfermagem Alana Vieira, 29 anos, disse que não deve voltar a pedir as sacolas convencionais.

“Penso que estou fazendo a minha parte. Além disso, nunca tive problemas com a sacola reutilizável.” Para a bancária Ângela Silva, 40 anos, a mudança acabou fazendo com que o consumidor tivesse o ônus pela mudança. “A sacola de plástico é mais prática e pode ser usada em casa para outras finalidades. Com a mudança, sobra para o consumidor.”

Por conta da decisão do Conselho Superior do MP, a Câmara adiou ontem a votação de projeto de lei de Jeferson Campos (PV), que obriga os supermercados e hipermercados a fornecer as sacolinhas. A proposta deve ser votado semana que vem.

O Vale

Vale tem o seu primeiro dia sem sacolas plástica nas cidades

O primeiro dia sem distribuição de sacolas plásticas descartáveis nos supermercados da região foi marcado por muitas dúvidas e reclamações dos consumidores. Mesmo assim, os Procons de São José e de Taubaté não registraram queixas formais até o fim da tarde de ontem.

O Procon é o responsável pela fiscalização do cumprimento do acordo entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e o Ministério Público, no entanto, só pode investigar irregularidades caso haja denúncia. “As pessoas têm assimilado bem a ideia (do fim das sacolas), entendendo que o bem coletivo é maior que o individual. Começaremos a investigar a partir do momento em que alguém se sentir prejudicado”, afirmou o diretor do Procon de São José, Sérgio Werneck.

Em Taubaté, a movimentação no Procon também foi tranquila ontem. “Achávamos que poderíamos ter reclamações, mas não houve”, afirmou a diretora do Procon, Regina Pelúcio. Os consumidores se queixam da falta de opções nos supermercados e não sabem o que podem realmente exigir das lojas.

“Sobra sempre para o consumidor, que é quem mantém o mercado e deveria ser o maior beneficiado com alguma medida. O fim da sacola causa um desconforto muito grande”, disse o supervisor de vendas Edmilson Guedes, 40 anos, de São José. Já o técnico eletrônico Ubirajara Amorim, 54 anos, afirma que a ação da Apas foi repentina e que o foco da campanha deveria ser outro.

“A sacolinha deveria continuar. O que teria que ser feito é uma educação do consumidor sobre o uso da sacola. Não é uma simples campanha que vai mudar o hábito das pessoas”, disse Amorim. O supermercado Nagumo, na zona leste de São José, manteve a distribuição das sacolas. Segundo o gerente da loja, Osanies Silva, nem um terço dos clientes traz sacolas reutilizáveis, ‘ecobags’ ou usa caixas de papelão desde o início da ação da Apas.

“Aderimos à campanha na primeira vez em que suspenderam a distribuição (em 25 de janeiro) e foi complicado. Para evitar problemas, a direção da empresa resolveu manter as sacolas”, disse ele. Para o diretor regional da Apas, Fernando Shibata, a retirada das sacolas descartáveis de circulação foi bem assimilada pelos clientes.

“Hoje (ontem) fiquei de plantão para ver como estava o primeiro dia da medida. Liguei para associados, concorrentes, perguntei a clientes e foi tudo tranquilo. Em algumas lojas, a caixa de papelão acabou no meio da tarde, mas todos estavam com bom estoque de sacolas reutilizáveis.”

Sobre o fato de que algumas lojas mantiveram a distribuição de sacolas, o diretor da Apas considerou a opção do supermercado uma “decisão pontual” e acredita que todas as lojas irão aderir à ação. Uma das clientes que aprovou o fim das sacolas foi a supervisora de call center Alessandra Pereira, 36 anos. “Precisamos contribuir com o meio ambiente. Por que não voltamos a usar sacolas de papel?”

Anteontem, a Apas anunciou outras medidas para dar continuidade à campanha ‘Vamos tirar o planeta do sufoco’. Uma delas é a implantação de um sistema de empréstimo de sacola, denominado ‘Vai e Vem’. O consumidor que esquecer sua sacola em casa pode pagar por uma nova e, quando devolve-la ao supermercado, terá o dinheiro restituído.

Outra ação é o pedido ao governo federal para diminuir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de empresas que fabriquem sacolas reutilizáveis, o que faria com que os preços caíssem. O fim das sacolas estava inicialmente programado para janeiro, mas um acordo entre Apas e MP prorrogou o prazo para ontem.

O Vale

Sacolas retornavéis abre inscrições para curso na cidade

O Fundo Social de Solidariedade abre a partir de segunda-feira (6 de fevereiro) novas turmas para o curso de artesanato “bolsa retornável”, uma vez que as inscrições já abertas foram encerradas em apenas um dia. O curso será oferecido nos núcleos do Fundo Social – Alto da Ponte e Campo dos Alemães, com 20 vagas para cada um dos locais. O curso tem uma duração de 2 aulas.

As inscrições são gratuitas e terminam com o preenchimento das vagas. Os interessados devem se inscrever pelos telefones (12) 3924.7369 ou 3942.7296. Todo o material é fornecido pelo Fundo Social de Solidariedade.

No Núcleo Alto da Ponte, o início do curso dia 23 e 29 de fevereiro, das 8h às 11h e no Núcleo Campo dos Alemães as aulas começam no dia 29 de fevereiro, das 13h30 às 16h30.

Prefeitura Municipal