Concurso para médicos está com inscrições abertas até 5ª

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Estão abertas até a próxima quinta-feira (8) as inscrições no concurso público para contratação de 34 médicos, de 20 especialidades, para a rede municipal de saúde em São José dos Campos. As provas estão prevista para 1º de fevereiro. O edital completo está disponível no site da Prefeitura.

As inscrições começaram no dia 31 de outubro do ano passado e encerram-se no próximo dia 8, às 18h. Os interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet. A taxa de inscrição é de R$ 65.

Entre as especialidades, estão cardiologista adulto e infantil, cirurgião vascular, clínico geral, endocrinologista, gastroenterologista, ginecologia e obstetrícia, infectologista, neurologista, nefrologista, otorrinolaringologista, pediatra emergencista, psiquiatra, urologista e emergencista adulto.

Embora o concurso público seja para a contratação de 34 profissionais, os médicos que forem habilitados poderão ser contratados, na medida da necessidade e da disponibilidade de recursos financeiros do município.

O período de validade do concurso é de um ano, prorrogável por mais um.

Fonte: Prefeitura de SJC

Prefeitura contrata mais 107 médicos e amplia equipes de ESF

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O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida, anunciou nesta sexta-feira (25), em reunião do Conselho Municipal de Saúde (Comus), a chegada de 39 profissionais do programa “Mais Médicos” e a contratação de outros 68 médicos, aprovados no concurso público homologado recentemente pela prefeitura, totalizando 107 novos médicos que serão integrados à rede municipal de saúde nas próximas semanas.

 

Com os novos profissionais e mais os que atuam pela SPDM (440) e PróVisão (37), o município passará a ter 1.203 médicos no atendimento de saúde à população. Historicamente, é o maior número de médicos que São José dos Campos alcançou até hoje à disposição do sistema público.

 

Como parte do programa “Mais Médicos”, a cidade já tinha recebido cinco profissionais (dois brasileiros – uma é joseense – e três cubanas, que já estão em atividade. Agora, recebe mais 34, sendo 33 cubanos e uma argentina – mais do que havia solicitado inicialmente, que era de 25 médicos.

 

Os médicos já estão na cidade e passarão 15 dias em treinamentos e visitas às unidades. Com a chegada desses profissionais, a administração vai ampliar o atendimento por meio da ESF (Estratégia Saúde da Família). Atualmente, o município tem 4 equipes (3 no Buquirinha e 1 no Bonsucesso), o que representa uma cobertura de apenas 2% da população.

 

Com os novos médicos, será possível chegar a 44 equipes de ESF no município, o que representará uma cobertura de 22% da população. A previsão é que as novas equipes comecem o atendimento em cerca de 20 dias.

 

“Esses médicos chegam para somar esforços junto aos profissionais que já trabalham na rede municipal. Não existem barreiras entre os povos latino-americanos, nossas culturas são muito parecidas e todos são muito bem vindos”, disse o prefeito Carlinhos Almeida durante a apresentação deles ao Comus.

 

Saúde da Família

 

A adesão ao “Mais Médicos” é parte do plano da administração de mudar o modelo na Atenção Básica, por meio da Estratégia Saúde da Família, que propõe ampliar a qualidade e resolutividade da atenção básica, com ações que englobam a assistência, a promoção à saúde e a prevenção de doenças.

 

O trabalho é realizado pelas equipes de saúde da família que atuam na Unidade Básica de Saúde e em sua área de abrangência, considerando não só o indivíduo, mas o contexto familiar e a realidade do território em que vive.

 

As novas equipes de ESF ficarão no distrito de São Francisco Xavier (2 equipes); Alto da Ponte (4 equipes); Vila Paiva (3 equipes); Altos de Santana (3 equipes); São José II (2 equipes); Campos de São José (4 equipes); Novo Horizonte (8 equipes); Eugênio de Melo (6 equipes); Interlagos (3 equipes) e Putim (4 equipes).

 

Cada equipe do ESF é composta por um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários de saúde, e é responsável por 3 mil a 4 mil pessoas. A realização de visitas domiciliares, reuniões e grupos educativos são algumas das atividades realizadas pelas equipes, além das ações rotineiras da UBS.

 

O programa “Mais Médicos” prevê atuação na Atenção Básica. O registro profissional emitido pelo Ministério da Saúde autoriza os médicos estrangeiros a exercerem a medicina exclusivamente no âmbito do programa, ou seja, só poderão atender na atenção básica e nos municípios para os quais foram designados.

 

Contratação

 

O prefeito também determinou a contratação imediata de outros 68 médicos, que serão convocados do último concurso público, homologado recentemente. Serão 49 médicos de 20 horas (entre médicos para as UBSs e especialistas) e 19 médicos de 24h, para atuação nas UPAs e hospitais da cidade.

 

A convocação será feita nos próximos dias, obedecendo a ordem de classificação no concurso público.

 

Além disso, serão contratados nos próximos dias 81 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), 26 analistas de saúde (enfermeiros) e 52 assistentes técnicos de saúde (assistente de enfermagem), profissionais necessários para compor as equipes de ESF.

Médico Estuda Mortes em Cirurgias de Lipoaspiração

Levantamento inédito no país servirá para o desenvolvimento de protocolos para os procedimentos.

Marcelo Pedroso
Editor de Cidades

Um levantamento inédito no país vai ajudar na elaboração de um manual de protocolos médicos com o objetivo de prevenir mortes ocorridas durante cirurgias de lipoaspiração.
O trabalho faz parte da tese de doutorado do dermatologista Érico Pampado Di Santis na Unifesp/EPM e deve estar concluído em cerca de um ano.
Em 2008, o médico, que tem consultório em Taubaté, começou a garimpar certidões de óbito de pacientes das operações em todo o país. Ele conseguiu reunir registros de 78 vítimas, entre 14 de fevereiro de 1987 e 19 de julho deste ano.
A fase atual do trabalho passa por tabulações dos locais onde aconteceram as mortes e as causas. “A verificação do óbito faz com que a medicina se desenvolva, desenvolvendo técnicas para evitar as causas.”

Certidões. Para chegar ao nome das vítimas, Di Santis recebe registros de óbitos divulgados pela imprensa encaminhados a ele por meio de uma pesquisa com o cruzamento de palavras-chave. O próprio médico trata de peneirar o material e depois passa a procurar pelos nomes até conseguir a certidão de óbito, com a causa da morte.
De acordo com o médico, entre as descrições estão mortes por causas indeterminadas, infecção, perfuração, tromboembolismo e complicações anestésicas.

Critérios. “A gente busca uma base científica para adotar critérios de prevenção. Afinal de contas, para fazer uma lipoaspiração, o paciente tem que estar saudável. Não é uma cirurgia de emergência. É um procedimento eletivo”, afirmou o dermatologista, que qualificou sua tese de doutorado no último dia 8.
Segundo Di Santis, a referência na literatura médica sobre este tema se resume ao médico Frederick Grazer, que escreveu um artigo em janeiro de 2000 na revista Plastic and Reconstructive Surgery.
“Não há um banco de dados sobre lipoaspiração. O Grazer, por exemplo, recebeu apenas 34% de respostas dos questionários encaminhados.”

Aumento. Di Santis justifica a importância de seu trabalho pela quantidade cada vez maior deste tipo de procedimento.
“O Brasil é o vice-campeão mundial em lipoaspirações. Hoje, esta é a cirurgia plástica mais realizada no país.”
Dados da SBCP (Sociedade Brasileira de cirurgia Plástica) indicam que houve um crescimento de 130% no número de lipoaspirações. Em 2007 foram registrados 91.800 procedimentos contra 211.108 em 2011.

Procedimento é para estética
São José dos Campos

Para quem pensa em fazer uma lipoaspiração para emagrecer, o dermatologista Érico Pampado Di Santis lança o alerta: “a lipoaspiração é uma cirurgia que tem a finalidade de melhorar o contorno corporal pela remoção de gordura. É indicada para a gordura localizada, nunca para emagrecimento.”
De acordo com o médico, são realizadas diversas análises da condição de saúde do paciente para que o procedimento possa ser executado com segurança. “A gente avalia os antecedentes clínicos, familiares, medicamentosos e cirúrgicos. São feitos exames para avaliar o funcionamento do rim, fígado, coração e coagulação, além de um ultrassom abdominal.”
Di Santis também considera ideal a individualização dos procedimentos, de preferência um a cada vez. “Quanto maior a quantidade de procedimentos, maior o risco. A pessoa pode fazer uma lipo de culote e vai fazer o abdômen junto? Até pode, mas precisa cuidado.”

Fonte:O Vale.

Cidade terá mais um concurso para Médicos este ano

A Prefeitura de São José dos Campos prepara um novo concurso público para a contratação de médicos.  Essa será a segunda seleção realizada este ano pelo governo do prefeito Carlinhos de Almeida (PT) para reforçar o atendimento na rede básica do município. O primeiro processo, ocorrido no primeiro semestre, não surtiu o efeito esperado: foram preenchidas apenas 46 das 58 vagas abertas. No mês passado, o prefeito conseguiu na Câmara a aprovação de um pacote de benefícios para tornar a carreira mais atrativa e evitar um colapso no atendimento.

Entre as mudanças, o governo petista elevou de R$ 227,26 para R$ 924,20 o valor do abono para médicos que trabalharem em plantões de 24 horas nos finais de semana, além de uma gratificação de 35% sobre os vencimentos para quem atender nas unidades de saúde da periferia. A medida deverá representar um gasto de R$ 1,4 milhão do orçamento da saúde este ano. Segundo a Secretaria de Saúde, atualmente são 631 médicos na prefeitura, 150 médicos na SPDM (Hospital Municipal) e 40 no Provisão (Hospital Clínicas Norte). Um dos principais gargalos que o setor enfrenta, a falta de médicos na rede básica foi o estopim para a troca de comando na secretaria da saúde em agosto Paulo Roitberg substituiu Alvaro Machuca.

O novo concurso deverá contemplar toda a rede básica. A previsão é de contratação de médicos especialistas cardiologista, ginecologista, reumatologista, neurologista, endocrinologista, gastroenterologista e emergencistas. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) deverão receber reforço de ginecologistas e pediatras emergencistas. As três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) -Campo dos Alemães, Novo Horizonte e Eugenio de Melo- deverão receber reforço de emergencistas adulto e infantil, o que deve se repetir no caso do Hospital de Clínicas Sul.

O secretário de Saúde Paulo Roitberg disse ontem que ainda não está definido quantos profissionais serão contratados com o novo concurso. O governo também evitou estabelecer prazo para a seleção. “Estamos chamando médicos para várias unidades, e ainda não definimos sobre vagas para o novo concurso.” Para o vereador oposicionista Juvenil Silvério (PSDB), o que existe é uma necessidade de reavaliação do modelo de edital.  Ele disse que, antes de realizar um novo concurso público, é preciso avaliar os pontos que não deram certo na seleção ocorrida em abril desse ano. “O que precisa é identificar as falhas ocorridas, ou seja, aquilo que não atraiu os profissionais convocados naquele primeiro concurso, e elaborar um edital já prevendo as modificações necessárias”.

A movimentação de operários e máquinas no canteiro de obras instalado ontem na UBS do Parque Industrial, região sul de São José dos Campos, já está a todo vapor. A unidade passará por obras de ampliação. Outra que também receberá melhorias será a UBS do Altos de Santana, região norte da cidade, onde as obras deverão ser iniciadas hoje.  Ao todo, serão investidos quase R$ 700 mil. Segundo a Secretaria de Saúde, a ampliação dessas unidades é necessária porque elas estão localizadas em regiões populosas.

Com a ampliação, a UBS Altos de Santana terá sala de espera, recepção, farmácia, consultório odontológico, que passará a contar com uma sala de raio-X, além de sala de reuniões. Segundo a secretaria de saúde, serão construídos mais dois consultórios médicos, sala para administração, almoxarifado e uma sala para os agentes comunitários. No Parque Industrial serão ampliadas a sala de espera, recepção, arquivo, sala de vacinas e a farmácia. A unidade ganhará salas de acolhimento, gerência e consultório de enfermagem. Duas salas administrativas serão transformadas em consultórios. As obras serão concluídas até janeiro de 2014. “A ideia principal é melhorar o acolhimento da população”, disse o secretário Paulo Roitberg.

Rede Pública sofre com falta de médicos para População

A Região Metropolitana do Vale do Paraíba tem um déficit estimado em mais de 500 médicos na rede pública de saúde das cidades. O número representa cerca de 30% de aumento para o atual número de profissionais contratados pelas prefeituras, seja por concurso ou por organização social. O fosso entre a demanda de pacientes e a oferta de médicos é maior nas cidades com menos de 50 mil habitantes, que somam 27 dos 39 municípios da região. Na RMVale, estima-se que o total de médicos das redes municipais de saúde chegue a 1.900 profissionais, para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). O número foi levantado com base em dados do Ministério da Saúde e fornecidos pelas prefeituras.

Para uma população de 2,406 milhões de habitantes, a região precisaria de, pelo menos, 2.470 médicos. Assim, as cidades atenderiam o preceito da OMS (Organização Mundial de Saúde) que preconiza um médico para cada grupo de 1.000 habitantes. Como está hoje, a região conta com um médico para cada grupo de 1.266 habitantes, índice considerado inadequado. “A falta de médicos hoje já é evidente. E a tendência é que aumente, pois a população está aumentando e envelhecendo”, diz Gilson Carvalho, médico pediatra e de saúde pública.

“Morre e sofre gente pela falta de assistência médica. Não lá longe, mesmo na nossa região do sudeste maravilha! Na melhor das hipóteses falta de atendimento na prevenção e começo da doença, provocando dor e muitas vezes a morte”, disse. O desafio dos gestores públicos prefeitos e secretário de saúde é encontrar maneiras de fixar o médico no serviço público. Uma delas é aumentar os salários, que são considerados baixos. A outra é conceder benefícios para quem quiser atender nas periferias.

Entrevista  com Gilson Carvalho, médico de Saúde Pública

A falta de médicos hoje já é evidente’
Leia trechos da entrevista com o médico especialista em Saúde Pública, Gilson Carvalho:

As cidades dizem que faltam médicos para contratar. Porque isso ocorre?
Há várias causas. A profissão é das poucas, senão a única, que goza de mercado pleno. Mais postos de trabalho vagos que a quantidade de médicos disponíveis. Diante disto, entra-se na lógica de mercado. Há condições oferecidas pelas cidades que o médico vai levar em conta, o que pode provocar concorrência entre elas. O mecanismo mais comum de resolver esta disputa é via diferença salarial a maior, mostrando o quão determinante é este fator.

O serviço público não é atraente ao médico?
É um circulo vicioso onde os vícios se somam dos dois lados. O médico pode escolher trabalhar num plano de saúde em que a carga horária deva ser cumprida na íntegra e o salário e condições de trabalho não são tão melhores às que o público oferece. Mas, tem outras vantagens, como, por exemplo, ter um hospital onde tratar seus pacientes. Sempre são avaliadas e pesadas vantagens e desvantagens.

Faltarão médicos no país?
A falta de médicos hoje já é evidente. A tendência é que aumente, pois a população está aumentando e envelhecendo, os serviços de saúde crescendo e se especializando, o que cria novos postos de trabalho. O problema não é apenas futuro. É presente. Morre e sofre gente pela falta de assistência médica. A maior carência hoje é a de pediatras e clínicos gerais com formação específica. Mas, por vezes a falta de especialistas, como neurologistas, ortopedistas e dermatologistas, chama mais a atenção.

O que o sr. achou dos médicos estrangeiros vindo ao país?
Acho que temos que fazer algumas reflexões. O programa Mais Médicos tem questões extremamente positivas e outras negativas, o que não o torna aberração.

As prefeituras erram ao não investir na prevenção?
Os erros são vários. Um deles é focar a ação na doença e sua assistência, e não na prevenção. Mas não se deve cair no falso maniqueísmo de contrapor assistência e prevenção. As duas são necessárias dentro de um equilíbrio.

Médicos são recadastrados na cidade pela Prefeitura

A Prefeitura de São José dos Campos inicia no próximo dia 12 de agosto o recadastramento de todos os médicos da rede municipal de saúde. O objetivo da ação, segundo o secretário de Saúde, é traçar um raio x de toda a rede municipal de saúde, para otimizar a mão de obra disponível e planejar as próximas contratações. “Queremos saber onde exatamente estão os médicos da rede pública e como estão distribuídos. Com base nisso poderemos fazer uma redistribuição dos profissionais para otimizar a mão de obra existente e tentar assim minimizar o déficit de médicos em unidades com maior demanda”, disse o secretário.

A partir da próxima semana, todos os médicos da rede serão convocados e orientados sobre a necessidade e a importância do recadastramento. Os profissionais serão avisados via email e por SMS. Além disso, um comunicado interno será enviado a todas as unidades de saúde. Para o recadastramento, um formulário eletrônico será disponibilizado, pela intranet, para que os profissionais possam acessar e preencher. Além da atualização de dados pessoais, será solicitado que o médico informe em quais unidades trabalha, qual a carga horária que cumpre em cada unidade e em quais dias da semana. Após o preenchimento, os profissionais deverão imprimir o formulário, assinar e entregar no Departamento de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Saúde, até o final do mês.

Afastamentos

A Prefeitura também está fazendo um levantamento do número de profissionais que estão afastados de suas funções, sem vencimentos. A ideia é chamar esses médicos para conversar e saber se eles têm interesse em continuar trabalhando na rede pública de saúde. “Só pra exemplificar o prejuízo dos afastamentos para a rede pública de saúde, imagine 10 médicos afastados, de 20 horas semanais. Juntos, eles totalizariam 800 horas de atendimento/mês, que corresponde a 3.200 pacientes/mês que estão deixando de ser atendidos, se considerarmos que cada médico atenda quatro pacientes por hora. Um número significativo, que faz muita diferença”, disse o secretário.

Prefeitura quer atrair médicos aos UPAs com aumento

A Secretaria de São José dos Campos elabora proposta para melhorar a remuneração dos médicos plantonistas das UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento). A intenção é reduzir o número de faltas dos profissionais, principalmente nos finais de semana. Segundo o secretário de Saúde, Paulo Roitberg, um dos gargalos da rede de saúde do município é o funcionamento das UPAS nos finais de semana.  “Temos sérias dificuldades porque há muitas faltas. Além disso, há profissionais que se recusam a trabalhar em algumas unidades, pela sua localização”, disse.

A UPA de São Francisco Xavier é uma delas. “Quem quer trabalhar em São Francisco?”, indagou Roitberg. As outras UPAs são de Eugênio de Melo, Novo Horizonte, Campo dos Alemães e Saúde Mental. Segundo Roitberg, a expectativa é de que a proposta seja encaminhada à Câmara ainda este mês. “Estamos trabalhando para isso”, declarou. Os salários hoje são de até R$ 6.652,29 (incluindo adicionais) para jornada de trabalho de 24 horas. O secretário não detalhou que benefício será oferecido e nem o valor. “Ainda estamos estudando”, afirmou. Roitberg relatou que busca recursos no orçamento da pasta para cobrir os benefícios que serão propostos aos profissionais. Ele destacou que irá fazer uma reorganização administrativa na secretaria com a redução de cargos de chefia e de horas extras. Segundo Roitberg, muitos cargos de chefia serão extintos e os profissionais vão ser deslocados para prestar serviço nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

O secretário frisou que o volume mensal de horas extras na secretaria é muito alto, de cerca de 1.300. “Há muita realização de hora extra e temos que reduzir”, afirmou Roitberg. O secretário aguarda para esta semana a conclusão do levantamento dos médicos que estão afastados. Ele planeja iniciar diálogo com esses profissionais em no máximo dez dias para saber quem planeja voltar às atividades na rede.

“Vamos chamar um por um para saber como ficará a situação desses médicos. Há profissionais que estão afastados há quase dez anos”, disse. Para Roitberg, após sete meses de governo é preciso começar a agir, pelo menos na área de saúde. “Não dá para esperar mais. É preciso ações para melhorar o atendimento na rede básica, como nas UPAs”, afirmou. No caso das UPAs, a proposta é fazer uma triagem dos pacientes, de acordo com a gravidade do caso. Outro foco do secretário é o atendimento nas UBSs. “Temos que mudar a forma de atender a população e humanizar o atendimento.” Ele pontuou que serão realizados cursos e treinamentos para os profissionais com esse objetivo.

Proposta: A Secretaria de Saúde de São José elabora proposta para melhorar salário de médicos que atendem nas Unidades de Pronto-Atendimento
Gargalo: Segundo o secretário Paulo Roitberg, a intenção é acabar com o grande número de falta registrado nas UPAs, principalmente nos feriados e nos finais de semana
Previsão: A previsão é de que a proposta seja finalizada neste mês para ser enviada à Câmara
Mapa: Nesta semana, deve ser finalizado também o relatório sobre o número de médicos que estão afastados da rede municipal
Conversa: Com o relatório, o secretário irá chamar os médicos que estão afastados para saber se planejam continuar na rede
Corte: Entre as medidas que serão adotadas estão a redução das horas extras dos funcionários e outros profissionais e do número de cargos de chefia, informou ontem o secretário Roitberg

Cidade tem crise na área da Saúde nos hospitais

A Secretaria de Saúde de São José dos Campos planeja iniciar na próxima semana recadastramento dos médicos da rede municipal para verificar possíveis distorções na situação funcional do corpo clínico da pasta. O secretário de Saúde, Paulo Roitberg, disse ontem que o resultado do recadastramento será utilizado no processo de redimensionamento dos profissionais nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). “Sabemos que há unidades com muitos médicos e outras com poucos. Temos também informação de que existem muitos profissionais que estão afastados há anos”, afirmou. Segundo ele, esses médicos serão chamados para definir suas vidas profissionais no serviço público municipal. “Tem médico que está afastado há quase dez anos. É preciso saber se ele quer continuar na secretaria”, disse.

Atualmente, a Secretaria de Saúde possui 634 médicos nas Unidades Básicas de Saúde e UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento. No total, são 2.955 servidores. Déficit de funcionários é um dos gargalos da saúde no município, aponta o Comus (Conselho Municipal de Saúde), que vai elaborar um relatório para o secretário com as pendências prioritárias para serem solucionadas. O secretário relatou também que aguarda a conclusão de um relatório sobre a situação funcional dos profissionais técnicos e administrativos para verificar se há desvios de função. No ano passado, o Ministério Público, a pedido do Sindicato dos Servidores Municipais, começou a apurar possível desvio de função de pelo menos 179 auxiliares e técnicos de enfermagem que estariam sendo empregados em atividades não compatíveis com as suas atribuições de origem. Zelita Ramos, diretora do sindicato, disse que há muito tempo a entidade alerta para a falta de funcionários e existência de desvios de função na pasta. “É preciso abrir concurso público”, declarou. Ela afirmou que o sindicato vai procurar o secretário para conversar a respeito.

Roitberg destacou que as iniciativas integram o plano de melhoria do atendimento nas unidades da rede municipal de Saúde. “O objetivo é melhorar o acolhimento e o atendimento do paciente. Para isso, precisamos saber exatamente a situação dos servidores e dos profissionais da rede.” A meta é implantar um novo padrão de atendimento nas UBSs e UPAs. Os pacientes passarão por triagem e serão atendidos conforme a urgência do caso, segundo relatou o secretário.

Setor da saúde da cidade tem crise com grande numeros de doentes

O novo secretário de Saúde de São José, Paulo Roitberg, recebeu de herança antigos e crônicos problemas, como falta de médicos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), falta de especialistas, fila de espera para cirurgias e demora no atendimento. Alguns destes gargalos estão entre as principais reclamações dos moradores nas audiências do POP, o Planejamento Orçamentário Participativo. A saúde é ‘vitrine’ do governo Carlinhos Almeida (PT) e engloba algumas de suas principais promessas de campanha. Entre as missões de Roitberg estão ainda agilizar o mutirão de cirurgias e tirar do papel projetos como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Roitberg reconhece que um dos gargalos imediatos a resolver é a falta de médicos na rede, que possui 634 profissionais. “Vamos chamar 58 médicos que passaram em concurso para reforçar a rede”. Ele informou que vai chamar os médicos que estão afastados sem vencimentos para saber se querem continuar na rede. Roitberg substituiu o Álvaro Machuca, que deixou o comando da saúde anteontem após sete meses no cargo. Ao pedir demissão, Machuca não escondeu que enfrentou dificuldades. “Cansei. Virei burocrata na secretaria e só assinava papéis”. Um dia após a troca no comando da Saúde, O VALE esteve ontem na UPA do Campo dos Alemães (zona sul), onde reclamações de falta de médicos são constantes. Com apenas dois médicos, o tempo de espera por paciente chegou a sete horas.

“Cheguei às 9h40. São 15h e ainda tem dez pessoas na minha frente. É uma vergonha”, afirmou a manicure Vânia de Moura, 36 anos. A prefeitura informou que dois médicos faltaram ontem e que não foi possível realocar outros profissionais para suprir demanda. À noite, atendimentos foram normalizados. Também ontem, o munícipe André Fonseca e sua mulher Andrea enviaram fotos ao O VALE, feitas no último sábado, que mostram macas com pacientes no corredor e amontoados em sala no Hospital Municipal, onde o acesso à área interna é vetado à imprensa. “Minha sobrinha foi internada na quarta-feira e levou três dias para ser colocada em um quarto. É um descaso com o paciente”, disse Andrea.

Administradora do hospital, a SPDM (Associação para o Desenvolvimento da Medicina) informou que nenhum paciente fica desassistido. “Estão sendo realizadas obras de reforma e manutenção no Pronto-Socorro para ampliar o atendimento à população e está sendo definido juntamente com a Secretaria de Saúde projeto para ampliar o número de leitos de internação na unidade”, disse a SPDM em nota oficial. O novo secretário de Saúde de São José, Paulo Roitberg, disse ontem que até o fim de agosto quer promover redimensionamento da rede básica de saúde para amenizar a falta de médicos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). “Há unidades que têm falta de profissionais e outras em que há mais médicos.”

Roitberg salientou ainda que o redimensionamento da rede básica tem como foco melhorar o atendimento. “Precisamos melhorar o acolhimento e o atendimento da população, que não pode ficar esperando de quatro a seis horas para ser atendida.” O plano do novo titular da Saúde é implantar o programa Humaniza SUS, em parceria com o Ministério da Saúde. “Vamos capacitar e treinar os profissionais para que tenham um novo olhar para o paciente”, disse Roitberg. Outro gargalo que o secretário planeja atacar é a falta de médicos especialistas. “Cardiologia é uma especialidade da rede que enfrenta falta de profissionais.” Atualmente, a rede municipal de Saúde disponibiliza 17 especialidades médicas. Na avaliação do novo secretário, a Saúde pública de São José possui estrutura que só existe em algumas poucas cidades do país.

“Temos hoje 40 UBSs, 5 UPAs e 3 hospitais. A rede oferece procedimentos de alto padrão e alto custo”, afirmou Roitberg. Segundo ele, o desafio é melhorar os serviços prestados com a verba disponibilizada no orçamento. “A secretaria tem uma verba de R$ 478 milhões, maior que muitos orçamentos municipais. O nosso desafio é otimizar os recursos e fazer mais ainda”, disse Roitberg. Já com relação à fila de cirurgias, o novo secretário destaca que ela é infindável, mas que este ano já foram realizados 7.000 procedimentos. A implantação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do PSF (Programa de Saúde da Família) são considerados projetos prioritários para o novo secretário de Saúde, Paulo Roitberg. Ele relatou que planeja dar celeridade à implantação desses programas. No caso do Samu, falta firmar convênio com as cidades que integram o sistema.

Concursos para médicos de mais de 150 inscritos na cidade

O concurso público para a contratação de 58 médicos para a rede municipal de saúde recebeu 181 inscrições, segundo relatório encaminhado à Prefeitura pela empresa Zambini, responsável pelo processo seletivo.

As especialidades, com as respectivas vagas, são: cardiologista adulto (1) e infantil (1), cirurgião geral (1), cirurgião torácico (1), clínico geral (8), endocrinologista (1), gastroenterologista (1), ginecologia e obstetrícia (8), homeopatia (1), infectologista (1), neurocirurgião (1), neurologista adulto (1) e infantil (1), ortopedista (1), otorrinolaringologista (1), pediatra (8), psiquiatra (2), reumatologista (1), médico do trabalho (1) e emergencista adulto (8), infantil (8) e adulto/infantil (1).

O concurso público pretende, gradativamente, suprir o déficit de médicos na rede. É classificatório e permite, em ordem decrescente, contratar todos os médicos que forem habilitados, à medida da necessidade e da disponibilidade de recursos financeiros. O período de validade do concurso é de um ano, prorrogável por mais um. A data das provas ainda não foi definida, mas a previsão é que seja no início do mês de maio. Os novos médicos devem tomar posse no início do segundo semestre.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 23/04/2013