Manifestantes realizarão carreata pró impeachment em São José

[sinopse datas=”true” imprensa=”4″]

No intuito de divulgar o ato do dia 13 de março, quando milhões de pessoas sairão às ruas por todo Brasil protestando contra o Governo Federal, movimentos civis e voluntários vão promover neste sábado, 27, uma carreata pró impeachment em São José dos Campos.

Com início às 9h, partindo da Paróquia São Bento, no Jardim Morumbi, a carreata seguirá pelas zonas sul e central, terminando na Praça Afonso Pena, local onde ocorrerão as manifestações no município.

Além da carreata, panfletagens em diversos pontos da cidade foram agendadas para os próximos dias. “Voluntários, tanto na carreata, quanto nas panfletagens, serão bem-vindos”, concluiu Mauro Santos, coordenador do Movimento Brasil Livre São José dos Campos .

Sindicato Tenta Novo Protesto por Aumento Real na Embraer

Sindicalistas consideram insuficiente índice de 6,07% de reajuste, correspondente à inflação; empresa não comenta caso.
São José dos Campos

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos planeja para os próximos dias nova tentativa de paralisação dos metalúrgicos da Embraer.
O objetivo é pressionar a empresa a negociar diretamente com o sindicato a revisão do aumento salarial já concedido pela companhia, que ficou abaixo do reivindicado.
A Embraer já concedeu 6,07% de aumento, corresponde ao INPC do período, a partir de setembro, enquanto aguardava as negociações sobre aumento que ocorreu no âmbito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo),
Sem um acordo, as negociações foram finalizadas, segundo a direção do sindicato.
Agora, eventual reabertura das conversações deve ser diretamente entre as partes.
Segundo o sindicato, a empresa ofereceu mais 0,5%, além do INPC, mas a oferta foi recusada pela entidade.
“Até o momento, a Embraer não fez nenhuma sinalização”, disse ontem o vice-presidente do sindicato, Herbert Claros.
Segundo ele, a alternativa agora é mobilizar os trabalhadores para pressionar a empresa. “Vamos mobilizar a categoria nos próximos dias”, disse.
Há cerca de 15 dias, o sindicato conseguiu atrasar a entrada do primeiro turno em cerca de quatro horas.
Na avaliação dos sindicalistas, seria importante fechar acordo com a indústria, porque a Embraer lidera as empresas do setor aeronáutico.
Na campanha deste ano, a reivindicação base do sindicato é aumento de 13,5%.
Nos demais segmentos que negociou, a entidade conseguiu fechar acordos salarias com índices que variam de 8% a 10%. “A Embraer é a que menos ofereceu até agora”, disse o vice-presidente sindical.
A empresa não tem se manifestado a respeito.

Jornada.
Acontece amanhã, na Câmara, a pedido do sindicato, audiência, a partir das 18h, para debater proposta da entidade de redução da jornada de trabalho na empresa.
O sindicato reivindica redução de 43 para 40 horas semanais a jornada na Embraer.

Fonte:O vale

Ampliação da Zona Azul gera protestos em São José

Moradores e comerciantes de algumas ruas da região central de São José dos Campos foram pegos de surpresa pela demarcação das áreas de expansão da Zona Azul. Eles reclamam da falta de debate ou de qualquer comunicação prévia sobre a medida. Segundo a prefeitura, o objetivo é aumentar a rotatividade do estacionamento na região, onde o problema de falta de vagas é considerado grave. No início do ano, o governo Carlinhos Almeida (PT) iniciou o estudo para a ampliação da Zona Azul para a área nobre da cidade e a região do entorno do Paço Municipal. Ao todo, o estudo feito apontou que seria possível criar 348 novas vagas de estacionamento rotativo (sendo 3 delas para portadores de necessidades especiais), com a implantação de 24 parquímetros.

Em julho, a implantação da Zona Azul no entorno do parque Santos Dumont já causou polêmica entre os motoristas e a prefeitura. A reclamação aconteceu porque muitas pessoas não conseguiram fazer o pagamento de horas fracionadas, além de ter que ficar procurando um funcionário da Serttel-empresa contratada pela prefeitura para a cobrança eletrônica para pagar o estacionamento. Na rua Maestro Egydio Pinto, no Jardim São Dimas, as futuras áreas de Zona Azul geraram reclamações de moradores e comerciantes. “Agora vou ter que pagar para estacionar o carro na frente da minha casa. Ou então tenho que pagar um estacionamento”, protestou o projetista Caio Renzi, 37 anos.

Outro que não concordou com a implantação da Zona Azul na rua foi o comerciante Gilmar José dos Santos, 51 anos. Ele tem uma loja de quadros e diz que trabalha com dois carros para entrega. “Sempre trabalhei com esses dois carros aqui. Agora vou ter que pagar para que os dois fiquem estacionados na frente da minha loja? É mais um dinheiro gasto”, disse, tentando se conformar com a situação. O empresário Antônio Chaul Neto, 37 anos, é um dos poucos a apoiar a medida. Ele destaca como ponto positivo a liberação de mais vagas de estacionamento hoje, diz ele, pessoas que trabalham em áreas onde já existe cobrança ocupam boa parte das vagas existentes na rua. “Tem muita gente que coloca o carro na frente da loja na parte da manhã e só vem buscar no final da tarde. Aí nós somos prejudicados porque o cliente não tem onde estacionar o carro”, explicou. A praça Melvin Jones também já foi sinalizada para receber a Zona Azul. O sistema de cobrança nas novas áreas será misto (com parquímetros e pontos de venda de créditos).

A assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes informou, em nota, que ao longo do semestre o sistema de Zona Azul será implantado na Vila Adyanna e que a Serttel está fazendo as sinalizações horizontais. A empresa foi procurada, mas não se manifestou.

Protesto por tarifa mais barata continua na cidade

O Movimento Passe Livre começou a usar ontem uma nova estratégia para pressionar o prefeito de São José dos Campos, Carlinhos de Almeida (PT), a reduzir o preço da passagem de ônibus de R$ 3 para R$ 2,80. Logo pela manhã, os manifestantes ocuparam a frente do Paço Municipal, montando barracas de acampamento, faixas e cartazes, onde eles dizem “que vão permanecer até a tarifa abaixar”. Cerca de 20 pessoas dormiram nas barracas.

À noite, representantes do MPL foram atrás do prefeito na escola infantil Maria Alice Pasquarelli, no bairro Jardim Copacabana, na região leste, onde acontecia mais uma audiência do Planejamento Orçamentário Participativo (POP) para cobrar a redução da tarifa. Hoje, o MPL mudou o local de concentração do ato que foi realizado anteriormente nas praças Afonso Pena e da Igreja da Matriz para a porta do Paço Municipal, para “aumentar a pressão sobre o prefeito até ele revogar o aumento”. Na página oficial do MPL no facebook, eles estão convocando a população para o ato a das 16h.

Os representantes do MPL ocuparam a porta doPaço às 7h. Eles montaram barracas, cartazes e faixas para chamar a atenção para o movimento que luta pela revogação do aumento da tarifa. Alguns servidores do Paço Municipal deram apoio e comida aos manifestantes. “Nós temos uma única pauta com o prefeito: a revogação do valor da tarifa. Só isso que queremos discutir. Nós vamos ficar aqui [na frente da prefeitura] até ele baixar o valor”, disse Caroline Borrielo, 20, da coordenação do MPL. Durante a ocupação do MPL, a prefeitura reforçou a segurança com a Guarda Municipal. No andar térreo onde o público tem acesso, dez guardas monitoravam a entrada.

O prefeito Carlinhos passou o dia em Brasília e só voltou à noite para participar do POP. Na escola, os representantes do MPL exibiram cartazes para os secretários municipais e para o prefeito, dizendo que “O Paço foi ocupado pela redução da tarifa”. O professor Rafael Silva, do MPL, que foi à audiência, disse que “o único diálogo que eles esperam com o prefeito é para a redução da tarifa”. O PSTU divulgou nota apoiando a ocupação dos manifestantes na prefeitura.

Quanto à ocupação do Paço pelo MPL, o secretário de Transportes, Wagner Balieiro, comentou que “a manifestação é legítima e que a redução da tarifa [de R$ 3,20 para R$ 3], deve-se em parte a eles. Nós estamos abertos ao diálogo.” Com relação a reduzir a tarifa, ele disse que “para qualquer mudança agora teria que se achar um mecanismo para compensar essa redução no orçamento do município, e isso não está previsto”.

Confronto entre Policiais e Protestantes na Dutra

A via Dutra ficou interditada por uma hora ontem durante mais um protesto contra a tarifa do transporte público em São José dos Campos. O bloqueio teve início às 20h47 na altura do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). Homens do Grupo de Controle de Distúrbios da Polícia Rodoviária Federal (equivalente à Tropa de Choque da PM) usaram bombas de gás para dispersar os manifestantes, que revidaram atirando pedras e fogos de artifício. A rodovia também foi bloqueada ontem na altura de Caçapava por um outro protesto. Esse foi o terceiro bloqueio da rodovia em São José em apenas uma semana. Na noite de terça-feira, a estrada ficou parada por quatro horas e no dia 20, por cinco.

A manifestação começou mais uma vez com uma passeata, que levou cerca de 2.000 pessoas às ruas da região central de São José. O Movimento Passe Livre (MPL) reivindica a redução da tarifa do transporte coletivo para R$ 2,80, valor que vigorava até fevereiro, quando ocorreu o último reajuste. O prefeito Carlinhos Almeida (PT) já descartou essa possibilidade, alegando que o corte sugerido pelos manifestantes comprometeria o “equilíbrio financeiro” do sistema. O preço da passagem sofreu duas reduções nas últimas semanas. A primeira, de R$ 3,30 para R$ 3,20, se baseou nas desonerações de impostos concedidas ao setor pelo governo federal; a segunda, de R$ 3,20 para R$ 3, foi anunciada após pressão popular.

O prefeito se transformou no alvo principal do protesto de ontem. Foi tema de faixas, cartazes e versos entoados pelos manifestantes (como “Se o povo tá na rua, a culpa é sua”). “Este é um momento mais esperado entre o povo, que pede redução da passagem”, disse a arte finalista Paula Fernanda, 38 anos, que protestava ao lado do filho de 8 anos. A passeata começou na praça da Igreja Matriz, passou pela Secretaria de Transportes pasta responsável pelo transporte coletivo e parou no Paço Municipal. Em todo o trajeto, O VALE registrou cenas de vandalismo, como destruição de lixeiras e pichações.

“Vamos continuar protestando até a tarifa cair para R$ 2,80”, afirmou Paulo Monteiro, 24 anos, porta-voz do Movimento Passe Livre. Dos manifestantes que iniciaram o protesto, cerca de 300 seguiram para a via Dutra após a parada no Paço. O MPL não reconhece essas pessoas como seus membros. Um grupo de aproximadamente 200 manifestantes interditou a via Dutra ontem, no trecho de Caçapava, por cerca de três horas e meia, em mais um dia de protestos na cidade. O bloqueio atingiu os dois sentidos da rodovia e teve início por volta das 18h30, na altura do quilômetro 127.

Segundo a concessionária NovaDutra, mesmo meia hora após o fim da interdição, o congestionamento sentido Rio de Janeiro chegava a seis quilômetros, ‘invadindo’ o trecho de São José dos Campos. Já na faixa para São Paulo, o congestionamento era de oito quilômetros, também ‘invadindo’ o trecho de Taubaté. Já em Jacareí, cerca de 200 manifestantes fizeram ontem uma passeata pelas principais ruas da região central. O protesto era por redução na tarifa de ônibus, melhorias no transporte público e na saúde. Não houve registro de ocorrências durante o manifesto.

Anteontem, moradores de outras cinco cidades da RMVale também saíram às ruas para protestar.
Em Pindamonhangaba, cerca de 200 manifestantes interditaram a Via Dutra por aproximadamente três horas, provocando um congestionamento de 15 quilômetros. Em Cachoeira Paulista, onde também houve bloqueio na rodovia, um motociclista se feriu após um acidente ele não conseguiu frear a tempo e colidiu com um carro. Os outros protestos foram em São Sebastião, Guaratinguetá e Ilhabela.

Cidade pode ter novo protesto hoje com moradores

O Movimento Passe Livre (MPL) volta hoje às ruas de São José dos Campos para um novo protesto contra a tarifa de ônibus na cidade. Os organizadores esperam levar cerca de 30 mil pessoas à manifestação, que tem início previsto para as 16h na praça Afonso Pena, no centro o percurso não foi divulgado. O MPL pede a redução do preço da passagem para R$ 2,80, valor que vigorava até fevereiro, quando ocorreu o último aumento. Ontem entrou em vigor a tarifa de R$ 3, fixada pelo governo Carlinhos Almeida (PT) após a onda de protestos. “Realizamos na quinta-feira a maior manifestação de São José e de amanhã hoje vai ser ainda maior”, diz Danilo Zanelato, do MPL.

Cerca de 17 mil pessoas já haviam confirmado presença pelo Facebook. O MPL se reuniu ontem com sindicalistas e partidos políticos para acertar a participação deles no ato. “Vamos respeitar a decisão de não levar bandeiras e estaremos no ato porque fazemos parte das lutas políticas dessa cidade”, disse Antonio Donizete Ferreira, presidente do PSTU. Assim como na semana passada, comércio, supermercado, restaurantes e bancos devem fechar as portas mais cedo, às 15h, temendo saques e vandalismo. A Câmara antecipou o horário da sessão de hoje para às 10h.

O secretário de Transportes de São José, Wagner Balieiro, chamou os representantes do MPL para uma reunião na noite de sexta-feira e, segundo o movimento, “deu a entender” que a onda de protestos deveria ser encerrada. “Ele nos disse que a tarifa de R$ 3 era o limite que eles poderiam chegar”, afirmou o porta-voz do movimento, Paulo Monteiro, 24 anos. Balieiro não comentou o assunto ontem. O movimento pretende continuar com as manifestações. “Queremos uma ação clara do prefeito Carlinhos e do secretário Balieiro: revoguem o aumento.” Ontem, o prefeito disse considerar “muito difícil” baixar a tarifa a R$ 2,80. O preço da passagem de ônibus sofreu duas reduções em pouco mais de uma semana. A primeira revisão ocorreu no último dia 15, quando o bilhete passou de R$ 3,30 para R$ 3,20.

O comércio na região da Praça Afonso Pena deverá amargar pela segunda semana consecutiva a queda nas vendas, por causa do protesto de hoje contra as tarifas. Na semana passada durante os protestos, os comerciantes fecharam uma hora antes dos manifestantes se concentrarem na praça. O centro ficou vazio, como em dia de feriado. ‘A gente vai observar o movimento. Se as lojas fecharem, nós vamos fechar também e, é claro, vamos deixar de vender’, disse a sub-gerente das lojas Ivis Calçados, Ariana Carvalho Santos.

A gerente de uma relojoaria, que não quis se identificar, disse que a loja já guardou os objetos de valor e que terá problemas com as vendas novamente. ‘As pessoas ficam com medo de vir para a cidade. Isso acaba atrapalhando a gente a conseguir fechar nossas metas de venda’, afirmou. A Associação Comercial e Industrial (ACI) vai fechar às 15h30. Um estacionamento da praça também irá fechar neste horário, porque não possui seguro para os veículos guardados. Os bancos devem decidir hoje se haverá expediente na parte da tarde. Na escola Olímpio Catão, que fica na praça, a diretoria ainda vai avaliar se os alunos terão aula à noite.

A prefeitura vai decidir hoje se encerra o expediente mais cedo. Na quinta-feira passada, no primeiro ato de protesto, os servidores foram dispensados às 16h. O Forum também deve fechar durante os protestos. A Câmara Municipal vai realizar a sessão na parte da manhã e, provavelmente, dispense os funcionários mais cedo. O vereador Shakespeare Carvalho (PRB) discordou da mudança. “A Câmara deveria estar aberta para receber os estudantes.”

Tarifa de ônibus é reduzida na cidade após protesto

Pressionada pela recente onda de protestos, a Prefeitura de São José dos Campos anunciou ontem uma nova redução na tarifa do transporte público, dos atuais R$ 3,20 para R$ 3. A medida entra em vigor na segunda-feira. No último dia 15, o preço da passagem já havia caído de R$ 3,30 para R$ 3,20, corte feito pela prefeitura com base nas desonerações de impostos concedidas pelo governo federal ao transporte coletivo. O decreto que fixou a tarifa em R$ 3 foi assinado pelo vice-prefeito Itamar Coppio (PMDB), menos de um dia após a redução da passagem na capital, também de R$ 3,20 para R$ 3 o prefeito Carlinhos Almeida (PT) está em Paris, onde participa de uma feira do setor aeronáutico.

O anúncio da prefeitura não evitou mais um dia de protestos na cidade. Cerca de 10.000 manifestantes, liderados pelo Movimento Passe Livre (MPL), tomaram as ruas do centro, com reflexos no comércio (que fechou as portas mais cedo temendo atos de vandalismo) e no trânsito. No início da noite, o grupo bloqueou as duas pistas da via Dutra por quatro horas. O MPL cobra a redução da tarifa do transporte coletivo para R$ 2,80, valor que vigorava até fevereiro, quando ocorreu o último aumento.

A nova redução no valor da tarifa foi anunciada após uma reunião no Paço Municipal entre representantes da prefeitura e do MPL. O vice-prefeito Itamar Coppio declarou que medida “reconhece a legitimidade das reivindicações” dos manifestantes, mas antecipou que o cronograma de investimentos do transporte público, divulgado na época do último reajuste, precisará ser revisto. “Temos feito grandes esforços para melhorar o transporte público na cidade. Após estudos durante a noite e a manhã toda de hoje \[ontem\], inclusive com o prefeito, por meio de uma videoconferência, com muita exaustão, decidimos reduzir a tarifa, conscientes de que os investimentos no setor serão prejudicados”, disse.

O secretário de Transportes, Wagner Balieiro, disse que a antecipação do bilhete único, anunciada na semana passada para o dia 27 de julho, também será ser revista. “Daqui para a frente teremos que equilibrar as finanças e rediscutir os investimentos programados pelas atuais concessionárias que operam o transporte público”, disse. “Temos a clareza de que esta redução trará impactos nos investimentos”, completou. Hoje, três empresas operam o sistema: CS Brasil, Saes Peña e Expresso Maringá. O secretário negou que tenha havido uma mudança no discurso da prefeitura.m “O que temos é uma questão matemática. Em contrapartida, teremos a redução de investimento”, disse.

Movimento. Para Rafael Silva, 22 anos, um dos líderes do MPL, a redução foi uma tentativa da prefeitura de esvaziar as manifestações. “A tarifa de R$ 3 ainda é muito cara e só vamos parar quando ela cair para R$ 2,80”, afirmou.

As prefeituras de Jacareí e Caçapava também anunciaram ontem reduções das tarifas do transporte coletivo. Em Jacareí a situação é inusitada. Anteontem, o prefeito Hamilton Ribeiro Mota (PT) havia anunciado a redução da passagem de R$ 3,20 para R$ 3,15, que vai vigorar até domingo, já que, a nova tarifa, de R$ 3, entra em vigor a partir da próxima segunda-feira. Para viabilizar essa redução, Hamilton enviou à Câmara projeto que reduz a alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviço) para a concessionária do transporte coletivo, dos atuais 3% para 2%. O prefeito disse que a redução obrigará o município a rever investimentos previstos este ano para o transporte. “A previsão era investir R$ 1,2 milhão, que terá que ser adiado”. Segundo Hamilton, diante da redução em outras cidades, ele não teve outra alternativa se não seguir na mesma linha.

Devido a Protesto, lojas da cidade fecharam mais cedo

A maioria das lojas do centro de São José dos Campos vai fechar as portas mais cedo hoje, durante os protestos pela redução das tarifas, que será realizado na praça Afonso Pena, a partir das 16h. Comerciantes disseram a O VALE que vão observar o movimento, mas a ideia é fechar as lojas por volta das 15h, uma hora antes do protesto que foi marcado, 16h. Segundo a ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José, a maioria dos comerciantes consultados está com medo de atos de vandalismo durante o protesto, a exemplo do que ocorreu na cidade de São Paulo na última terça-feira.

A entidade informou também que o Banco Santander , que tem duas agências na praça, fechará às 15h. A própria ACI , que fica na rua Francisco Paes, perto do largo São Benedito, onde os manifestantes se concentraram na última terça-feira, também vai dispensar os funcionários mais cedo. “Nós temos funcionários que precisam de ônibus para ir embora. Como o transporte vai ficar complicado, resolvemos encerrar o expediente mais cedo”, informou a ACI, por meio de sua assessoria.

Uma comerciante que vende produtos de valor no calçadão da Rua 7 de Setembro, disse que essa semana já foram retirados alguns objetos das vitrines. “Estamos assustados com o que vimos em São Paulo. Por isso, resolvemos guardar tudo para evitar saques”, afirmou uma gerente de loja que não quis se identificar. Outra comerciante, que também pediu para não citar o nome de sua loja, disse que ontem foram retiradas mercadorias da loja e levadas para um outro local. “Estamos tomando essa medida de segurança para que não tenhamos nenhuma surpresa desagradável”, afirmou M.

Na terça-feira, temendo que os manifestantes invadissem o prédio, a Câmara dispensou os funcionários mais cedo e fez uma sessão-relâmpago de 45 minutos. Hoje, a Câmara antecipou o horário da sessão para as 9h. A presidente Amélia Naomi (PT)se reunirá com a Mesa Diretora durante a sessão para definir se haverá necessidade ou não de reforçar a segurança no prédio durante os protestos. “Ainda não solicitamos o reforço para a Guarda Civil e à PM. Talvez nem haja necessidade, mas de qualquer forma vamos nos reunir e avaliar a segurança da Casa”, disse. Segundo ela, não há previsão de liberar hoje os servidores antes do horário de encerramento do expediente. “Estamos confiante de que nada acontecerá, mas vamos nos prevenir”, afirmou

A Secretaria de Defesa do Cidadão informou que nenhum guarda municipal trabalhará hoje com armas de fogo e todo o contingente estará disponível para atuar na segurança do patrimônio público municipal. No último sábado, a Guarda Civil fechou o Parque Santos Dumont para impedir que o Movimento Passe Livre fizesse uma reunião no local. Segundo o comando da Guarda, a medida foi tomada para evitar depredação do patrimônio público. Com o parque fechado, cerca de 100 estudantes se reuniram no estacionamento para organizar o protesto de hoje.

Hoje é dia de protesto aqui em São José

Os protestos contra as tarifas do transporte público na região devem se intensificar hoje, com mobilizações simultâneas em pelo menos 9 cidades. O maior ato está programado para São José dos Campos, onde quase 30 mil pessoas haviam confirmado presença por meio do Facebook em uma passeata pelas principais ruas do centro. Os manifestantes vão se concentrar na praça Afonso Pena a partir das 16h. O protesto deve avançar até o início da noite pegando o horário da volta dos trabalhadores para casa.

O protesto é organizado pelo Movimento Passe Livre, composto em sua maioria por estudantes, mas deverá ser ‘engrossado’ por sindicalistas, ex-moradores do Pinheirinho e militantes de partidos políticos. Também haverá manifestações em Taubaté, Jacareí, Caçapava, Guaratinguetá, Lorena, Cruzeiro, Caraguatatuba e Ilhabela. A tarifa do transporte coletivo de São José é a mais cara da região, mesmo com a recente redução de R$ 3,30 para R$ 3,20 feita com base nas desonerações de impostos concedidas pelo governo federal ao setor de transporte público. O novo valor da passagem, anunciado antes da onda de protestos no país, vigora desde o último sábado.

“Queremos que o preço da tarifa volte a ser de R$ 2,80 \[valor que era praticado antes do último reajuste, em fevereiro”, afirmou Paulo Monteiro, 24 anos, membro do Movimento Passe Livre (MPL) em São José. “O ato não será feito apenas hoje. Vamos fazer protestos até a tarifa ser reduzida.” A prefeitura se diz disposta a dialogar com os manifestantes, mas não sinalizou se poderá rever a tarifa. Ontem, o secretário de Transportes, Wagner Balieiro, informou que agentes acompanharão o protesto para organizar o trânsito. O prefeito Carlinhos Almeida (PT) está em Paris, na França, em uma feira do setor aeronáutico. O medo de possíveis atos de vandalismo durante as manifestações afetou o comércio da cidade, que fechará as portas mais cedo, e a Câmara, que decidiu antecipar o horário da sessão de hoje para as 9h.

Pressionadas pela recente onda de protestos, as prefeituras de Jacareí e Ubatuba anunciaram ontem reduções no valor das tarifas do transporte público. Em Jacareí, a passagem de ônibus, que subiu de R$ 2,80 para R$ 3,20 em março, vai passar para R$ 3,15 a partir do próximo domingo. Segundo a administração, o decreto que reduz o preço da tarifa foi assinado ontem pelo prefeito Hamilton Mota (PT) após estudo sobre o impacto das isenções do PIS e da Cofins sobre os serviços de transporte coletivo, que passou a valer no início deste mês. Em Ubatuba, a redução vai ser maior. O valor da tarifa vai passar de R$ 3,10 para R$ 2,90 para os passageiros que usam o sistema de bilhetagem eletrônica. Já para o pagamento em dinheiro, o preço será R$ 3. O novo valor é válido a partir de hoje. O governo Maurício Moromizato (PT) alega que ainda negociou com a empresa Expresso Verdebus a garantia de renovação de parte da frota municipal ainda nesse ano.

Antes de Jacareí e Ubatuba, outras quatro cidades da região já haviam anunciado reduções de tarifa após o início da onda de protestos. Em Ilhabela, a passagem passou a custar R$ 2,80 ontem o preço anterior era R$ 2,90. Em São Sebastião, o valor do bilhete cairá de R$ 3,05 para R$ 2,95 na semana que vem. Em Guaratinguetá, o preço da tarifa vai passar de R$ 2,95 para R$ 2,84 em 18 de julho. São José reduziu o preço da passagem de R$ 3,30 para R$ 3,20 no último dia 15, antes das manifestações, com base nas isenções de PIS e Cofins.

Cidade tem protesto contra a tarifa de ônibus

Cerca de 200 pessoas percorreram ontem as ruas do centro de São José em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus na cidade. O movimento, que teve início e fim na praça Afonso Pena, foi pacífico. Não houve confrontos com a polícia nem vandalismo, como os que têm ocorrido nos últimos dias em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Agentes de trânsito acompanharam a manifestação, que começou por volta das 16h30 e terminou às 18h40. De acordo com a Polícia Militar, nenhum incidente foi registrado. O manifesto serviu para mobilizar a população para o ato público de amanhã, que está sendo organizado pelo Movimento Passe Livre.

Os motoristas que passaram pela Afonso Pena fizeram um ‘buzinaço’ em apoio aos manifestantes. Trabalhadores, aposentados, sindicalistas, ex-moradores do Pinheirinho, professores e estudantes se uniram no ato público. O grito de protesto não ficou apenas na redução das tarifas. Os manifestantes pediam também “o fim da corrução, por uma saúde de qualidade, melhor educação e contra a impunidade”. “Já estava na hora do nosso país acordar. Não queria morrer sem ver meu filho lutar por um país melhor”, disse o metalúrgico aposentado, Antonio Carlos Alves, 56 anos.

A professora de educação infantil Maria Silva, 45 anos, e sua filha Rafaela Hernandes, 22 anos, resolveram ir para às ruas, pela primeira vez, lutar contra o preço da tarifa de ônibus em São José, que elas consideram absurda. A passagem, que custava R$ 2,80, aumentou para R$ 3,30 em fevereiro e, no último sábado, foi reduzida para R$ 3,20. “Dez centavos não dá para nada. Queremos uma redução maior da tarifa”, disse o estudante de comércio exterior, Artur Cucco, 22 anos.

Os manifestantes saíram da praça e percorreram a rua 15 de Novembro, a avenida Madre Tereza e a rua Francisco Paes, provocando complicações no trânsito. A Secretaria de Transportes fez sete interdições momentâneas. O estudante Israel Sgarbi, que não conseguiu passar com o carro, reclamou. “Vou perder a prova na faculdade”. A dona de casa Cibele Carlos, 57 anos, também não gostou. “Acho justo o protesto, mas eles deveriam respeitar quem está aqui no ponto esperando o ônibus há uma hora”. A Câmara dispensou os funcionários às 16h e fez sessão relâmpago de 45 minutos. O medo era de que os manifestantes invadissem o prédio, como já ocorreu em protestos anteriores.