Protesto por tarifa mais barata continua na cidade

O Movimento Passe Livre começou a usar ontem uma nova estratégia para pressionar o prefeito de São José dos Campos, Carlinhos de Almeida (PT), a reduzir o preço da passagem de ônibus de R$ 3 para R$ 2,80. Logo pela manhã, os manifestantes ocuparam a frente do Paço Municipal, montando barracas de acampamento, faixas e cartazes, onde eles dizem “que vão permanecer até a tarifa abaixar”. Cerca de 20 pessoas dormiram nas barracas.

À noite, representantes do MPL foram atrás do prefeito na escola infantil Maria Alice Pasquarelli, no bairro Jardim Copacabana, na região leste, onde acontecia mais uma audiência do Planejamento Orçamentário Participativo (POP) para cobrar a redução da tarifa. Hoje, o MPL mudou o local de concentração do ato que foi realizado anteriormente nas praças Afonso Pena e da Igreja da Matriz para a porta do Paço Municipal, para “aumentar a pressão sobre o prefeito até ele revogar o aumento”. Na página oficial do MPL no facebook, eles estão convocando a população para o ato a das 16h.

Os representantes do MPL ocuparam a porta doPaço às 7h. Eles montaram barracas, cartazes e faixas para chamar a atenção para o movimento que luta pela revogação do aumento da tarifa. Alguns servidores do Paço Municipal deram apoio e comida aos manifestantes. “Nós temos uma única pauta com o prefeito: a revogação do valor da tarifa. Só isso que queremos discutir. Nós vamos ficar aqui [na frente da prefeitura] até ele baixar o valor”, disse Caroline Borrielo, 20, da coordenação do MPL. Durante a ocupação do MPL, a prefeitura reforçou a segurança com a Guarda Municipal. No andar térreo onde o público tem acesso, dez guardas monitoravam a entrada.

O prefeito Carlinhos passou o dia em Brasília e só voltou à noite para participar do POP. Na escola, os representantes do MPL exibiram cartazes para os secretários municipais e para o prefeito, dizendo que “O Paço foi ocupado pela redução da tarifa”. O professor Rafael Silva, do MPL, que foi à audiência, disse que “o único diálogo que eles esperam com o prefeito é para a redução da tarifa”. O PSTU divulgou nota apoiando a ocupação dos manifestantes na prefeitura.

Quanto à ocupação do Paço pelo MPL, o secretário de Transportes, Wagner Balieiro, comentou que “a manifestação é legítima e que a redução da tarifa [de R$ 3,20 para R$ 3], deve-se em parte a eles. Nós estamos abertos ao diálogo.” Com relação a reduzir a tarifa, ele disse que “para qualquer mudança agora teria que se achar um mecanismo para compensar essa redução no orçamento do município, e isso não está previsto”.

Cidade tem redução de preços em Imóveis

Aqueles que não puderam visitar o Feirão da Casa Própria promovido no último final de semana pela Caixa Econômica Federal em São José dos Campos ainda podem aproveitar as taxas reduzidas de financiamento. As condições especiais continuam valendo por tempo indeterminado.

As ofertas restantes dos 10 mil imóveis oferecidos em São José, Jacareí e Caçapava oferecidos na feira podem ser conferidas nas agências da Caixa e nas imobiliárias presentes ao feirão. Nos três dias de evento, 10.069 pessoas passaram pela feira, que gerou R$ 191,6 milhões em negócios, aumento de 22% em relação a 2011 e acima da expectativa de R$ 170 milhões.

Para o superintendente da Caixa no Vale do Paraíba, Julio Cesar Volpp Sierra, uma conjuntura de fatores contribuiu para o maior número de negócios fechados. “O mercado se reacendeu com a redução das taxas de financiamento anunciadas antes do feirão. Além disso, tivemos uma oferta maior de imóveis, também em função da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), que subiu o teto do Minha Casa Minha Vida”, disse Sierra.

O programa do governo federal para moradia foi responsável por 70% das vendas do feirão. “A grande massa de pessoas procura aquele imóvel padrão, com dois quartos, sendo uma suíte e garagem, entre R$ 105 mil e R$ 130 mil”, disse o superintendente.

De janeiro a abril, a Caixa financiou na região R$ 500 milhões em crédito imobiliário correspondente a 6.000 imóveis quase metade da meta de R$ 1,3 bilhão para o ano. “Se nada mudar no cenário nacional, podemos alcançar essa meta em agosto, setembro”, disse Sierra. No ano passado, o total financiamento pela Caixa foi de R$ 1,1 bilhão.

O Vale