Macas lotam salão e corredor do HM de São José

Mais de 60 pacientes passaram a noite de terça para quarta-feira em macas dispostas em um salão e em corredores do Hospital Municipal, em São José. Pacientes identificaram 63 macas no local nesse período. De acordo com informações de pacientes e funcionários que não quiseram se identificar, o salão ficou completamente lotado de macas. Não havia nenhum tipo de separação entre os pacientes. Segundo uma pessoa que trabalha no local e que não quis ser identificada, não é raro ver pessoas distribuídas em macas no HM. “Ontem (anteontem) mesmo, vimos uma senhora ser atendida e ficar aguardando em uma cadeira de plástico. O salão, onde são colocadas essas macas, não tem capacidade suficiente para comportar toda essa demanda”, disse.

De acordo com Marcos Antônio da Silva, diretor-clínico do Hospital Municipal, as segundas e terças-feiras são os dias em que o Hospital Municipal mais recebe pacientes. “Não sei explicar o motivo, mas esses dois dias são os mais movimentados. Porém isso de fato acontece. Eu estive lá e constatei esse grande número de pessoas no local”, afirmou o diretor-clínico. Silva explicou que, no período da manhã de ontem, parte das pessoas já tinha recebido alta ou então sido internadas, desocupando as macas do primeiro atendimento. “As pessoas que estavam nas macas estavam esperando uma internação ou então a alta. Às vezes é complicado dar alta para as pessoas durante a madrugada, porque ela não tem condução para voltar para casa e tem que esperar”, explicou Silva.

Na última semana, foi anunciada uma obra na antiga UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade para a criação de mais 30 leitos. O objetivo é reduzir a necessidade do uso de macas, aumentando o conforto e melhorando a distribuição do espaço no hospital. Porém, a conclusão da obra dos novos leitos está prevista para o final do ano. Até lá, o problema pode se repetir. “A ideia é comportar essas pessoas nesses leitos.”

Nova recurso na saúde adianta atendimento a pacientes

Uma novidade tecnológica recém-chegada está otimizando o trabalho das equipes de resgate da Prefeitura de São José dos Campos no atendimento aos pacientes vítimas de infarto: a luva para eletrocardiograma. O equipamento é a mais moderna ferramenta de telemedicina disponível hoje e permite que um laudo de eletrocardiograma seja emitido em apenas 4 minutos, otimizando o atendimento e contribuindo para a sobrevida do paciente.

O coordenador médico do Resgate Saúde, Fernando Fonseca Costa, explica que além da praticidade de manuseio o equipamento permite também uma grande economia de tempo no diagnóstico do infarto, uma doença comum e grave, em que cada minuto pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

“Os dados são enviados via 3G automaticamente para uma equipe de cardiologistas, da Unifesp, que analisa os dados, elabora o laudo imediatamente e nos envia ainda no local do atendimento. Uma agilidade que interfere positivamente na sobrevida do paciente”, explica o médico. O resgate de São José é o primeiro serviço de atendimento pré-hospitalar do país a utilizar o equipamento. A luva para eletrocardiograma já está em operação desde o final de janeiro. E já se mostrou muito eficaz.

Principalmente em São José, que é uma cidade que tem muitos prédios residenciais, a novidade vem sendo muito bem recebida. Afinal, a grande maioria desses prédios dificulta o trabalho do resgate, com elevadores onde não cabe uma maca.

Nestes casos, a luva ajuda a economizar tempo, quando o socorro for no 10º andar de um edifício. O diagnóstico sai enquanto a equipe pensa na logística para a retirada do paciente do local. Então, se levar dez minutos para remover o paciente, não haverá problema, pois ele estará diagnosticado, medicado e a equipe orientada para onde levá-lo, dependendo do caso.

O secretário da Saúde lembra que além do uso da luva de eletrocardiograma, que já está em operação com ótimos resultados, a expectativa é que o serviço de atendimento pré-hospitalar seja otimizado ainda mais com a chegada do SAMU.“O SAMU vem para melhorar o serviço oferecido e vai absorver todas as tecnologias de atendimento pré-hospitalar que já temos em operação”, disse o secretário.

Infarto

O infarto é uma ocorrência grave que requer atendimento profissional imediato. Pode vir precedido de crises de angina (dores no peito, muitas vezes associadas ao esforço físico) ou irromper sem qualquer aviso. Cerca de 1/3 das pessoas que sofrem infarto não sobrevive e a maioria das mortes ocorre dentro de duas horas.

Das 1.099.131 mortes ocorridas no Brasil em 2009, 99.835 foram atribuídas às doenças isquêmicas do coração, das quais 75.868 são decorrentes do infarto agudo do miocárdio, o que representa 6,9% de todas as mortes. Quase a metade dos óbitos (29.849) ocorreu fora do hospital, com destaque para o domicílio do paciente (25.220). Estes números refletem o fato de que 25 a 35% dos pacientes infartados morrem antes de receber cuidados médicos.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 28/02/2013

Sistema de Triagem das UBS’s cria insatisfação de pacientes

O novo sistema de triagem para marcação de consulta nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de São José dos Campos, que foi criado para reduzir a fila de espera por atendimento médico, tem gerado agora uma segunda fila para passar com enfermeiros em algumas UBSs de alta demanda.

Com a implantação do ‘atendimento qualificado’, em outubro de 2011, os pacientes deixaram de marcar a consulta diretamente com o médico e agora passam primeiro por um enfermeiro ou profissional da saúde, que questiona por qual motivo o paciente procurou a UBS, avalia o problema e dá o encaminhamento especializado para o caso.

A dona de casa Andrea de Oliveira Gomes Klid, 35 anos, foi na última quinta-feira à UBS do Jardim Satélite e só conseguiu marcar a triagem com o enfermeiro para o dia 31 de maio. “Foi a minha primeira experiência com o novo sistema e não gostei da mudança. Antes, chegava e já marcava consulta direto com o clínico geral, mas agora só consegui uma vaga com o enfermeiro para maio”, disse.

Segundo a Secretária de Saúde de São José dos Campos, a paciente foi acolhida por um profissional da área de saúde e foi detectado que ela precisaria conversar com o enfermeiro. Neste caso, por causa do grande movimento da UBS, foi agendada uma data para a conversa com um enfermeiro para maior conforto da paciente.

De acordo com o secretário de Saúde, Danilo Stanzani Júnior, após o ‘acolhimento profissional’, a demanda por médicos nas UBS´s reduziram em até 60%. “A fila de espera já chegou a seis meses. Com o acolhimento, na UBS da Vila Maria, (na região central de São José), por exemplo, o paciente consegue marcar a consulta na hora”, disse.

Segundo o secretário, o acolhimento distribui melhor a procura por médicos. “Entre 5% e 10% dos pacientes procuravam a UBS apenas para trocar a receita de um hospital particular para o SUS. Esse procedimento pode ser realizado por outros profissionais”, disse.

Stanzani também afirmou que o acolhimento reduziu a demanda no Pronto-Socorro da Vila Industrial, de 25 mil atendimentos por mês, para 22 mil por mês. “As pessoas não esperavam pelo médico e procuravam o PS. Com o ‘acolhimento’ somos mais eficientes e efetivos”, disse.

Uma das críticas do Sindicato de Servidores Municipais ao acolhimento é que o enfermeiro estaria exercendo a função do médico. “A administração quer que o enfermeiro faça o diagnóstico e a medicação para reduzir a procura por médicos, sendo que ele não é capacitado para isso”, afirmou Maurílio de Oliveira, coordenador da secretária de comunicação do sindicato. Stanzani, no entanto, garante que o enfermeiro apenas ajuda a orientar que o tratamento indicado pelo médico seja realizado pelo paciente.

O Vale

6ª etapa para atendimento de pacientes no Hospital Municipal

A Prefeitura de São José realiza amanhã a 6ª etapa do atendimento ampliado com médicos especialistas. As consultas acontecem a partir das 7h e são voltadas para os pacientes que já foram previamente agendados. Serão realizados quase 400 atendimentos em três áreas: ortopedia, urologia e reumatologia.

Os pacientes deverão levar o cartão do SUS (Sistema Único de Saúde), documento de identificação com foto e o encaminhamento médico. A recomendação é chegar 15 minutos antes do horário marcado. De acordo com a Secretaria de Saúde, mesmo com a confirmação de presença por telefone, cerca de 40% dos pacientes faltaram nas outras etapas do atendimento ampliado.

Segundo a secretaria, as pessoas que não comparecerem à consulta devem voltar à UBS (Unidade Básica de Saúde) e passar por uma nova avaliação clínica. “O índice de falta ainda continua grande, o que é ruim. Falta maior conscientização nesse sentido e a gente pede para quem não puder ir, para avisar antes”, afirmou Margarete Correia, diretora do Departamento de Atenção Secundária da Secretaria de Saúde.

Segundo ela, a maior demanda por consultas acontece na área de ortopedia. Para amanhã, 80 pessoas devem se consultar com reumatologistas, 135 com urologistas e 180 com ortopedistas. “A iniciativa tem dado certo e já conseguimos reduzir a fila de atendimento para ortopedia em 32%”, disse Margarete. Os próximos atendimentos já foram confirmados. A prefeitura informou ainda que vem reorganizando a rede de assistência para reduzir a espera nos atendimentos.

POR DENTRO

ATENDIMENTO
Cerca de 400 pessoas que já foram agendadas receberão atendimento médico nas áreas de ortopedia, urologia e reumatologia amanhã, em São José, das 7h às 13h

ONDE
Hospital Municipal, na rua Saigiro Nakamura, 800, no bairro Vila Industrial

PRÓXIMAS ETAPAS
Os próximos atendimentos ampliados acontecem nos dias 19 e 26 de novembro, 3 de dezembro e 21 de janeiro

O Vale