Prazo para inscrições no seminário de gestão cultural termina dia 30

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A Oficina Cultural Altino Bondesan promove na terça (3) e quarta-feira (4 de junho) o Seminário Olhares da Gestão Cultural: Gestores e Públicos. O evento será no Teatro da Univap (Praça Cândido Dias Castejón 116), no centro de São José dos Campos.

 

Os interessados devem se inscrever até esta sexta-feira (30) pela internet (http://goo.gl/P5Jsw4). A atividade, realizada com o apoio da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) e da Univap, tem 150 vagas.

 

O Seminário é destinado a dirigentes culturais, produtores, artistas, professores e pesquisadores. Olhar a Cultura na perspectiva da gestão é um exercício contínuo para os agentes que atuam no meio cultural, pois exige grande capacidade de percepção e disposição para o diálogo.

 

Ao trazer diferentes olhares de profissionais e pesquisadores conceituados, o seminário procura contribuir para o aprofundamento das discussões sobre as questões que envolvem o universo da Cultura e para o compartilhamento de experiências.

 

A noite de abertura terminará com a apresentação do espetáculo A Descoberta das Américas, montagem premiadíssima do ator Julio Adrião para o texto de Dario Fo.

 

O texto do autor italiano Dario Fo, inspirado em fatos reais narrados pelo navegador e cronista Álvar Nuñes Cabeza de Vaca, revisita de maneira irônica e crítica episódios ocorridos na Flórida do século XVI. Nele, um sujeito conta os fatos que se sucederam em 1492, quando, por acaso, embarcou em Sevilha numa caravela de Cristóvão Colombo.

 

Dirigido pela italiana Alessandra Vannucci, A Descoberta das Américas já foi visto por mais de 250 mil pessoas em cerca de 400 apresentações pelo Brasil e exterior, e rendeu a Adrião o Prêmio Shell (RJ) de Melhor Ator.

 

Programação

 

Terça-feira (3 de junho)

19h

Credenciamento

 

19h30

Abertura e Palestra: Competências Transversais e Gestão da Cultura: Sobre Improvisos, Bricolagem e Transformações

Palestrante: José Márcio Barros

 

21h30

Espetáculo Solo: A Descoberta das Américas

Com Julio Adrião

 

Quarta-feira (4 de junho)

10h às 12h30

Mesa-Redonda: A Formação do Gestor Cultural

Debatedores: José Carlos Durand e Maria Helena Cunha

Mediação: Débora Aquino

 

14h às 17h

Mesa-Redonda: Públicos da Cultura

Debatedores: João Batista de Andrade, Ney Piacentini e Susana Ventur

Mediação: Gabi Gonçalves

PF investiga crimes na gestão de Câmara no comando do Inpe

A Polícia Federal de São José dos Campos investiga crimes praticados contra a administração pública pela direção do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) à época da gestão de Gilberto Câmara. A abertura de inquérito policial foi determinada pelo juiz substituto Samuel de Castro Barbosa Melo, da 2ª Vara Federal de São José, no dia 27 de agosto, na ação civil pública que questiona a contratação de servidores temporários para o Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos). De acordo com o procurador da República em São José, Fernando Lacerda Dias, a investigação deve apurar se Câmara cometeu o crime de prevaricação.

Crime. O crime consta no artigo nº 319 do CPP (Código de Processo Penal) e consiste em “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. “Houve requisição de inquérito policial após a sentença e já deve ter sido encaminhada para a Polícia Federal”, disse o procurador. A Polícia Federal foi procurada, mas não informou o andamento da investigação por conta do grau de sigilo do inquérito. Na sentença, o magistrado federal criticou o posicionamento de Câmara em depoimento, quando o ex-diretor defendeu alterações no modelo de gestão do Inpe.

“As justificativas apresentadas pelo diretor-geral do Inpe, em juízo, causam certa espécie a este magistrado, porquanto o administrador público, apoderando-se de competências que não lhe foram outorgadas, entende ser inadequado o regime jurídico único ao Inpe, sendo mais viável o regime celetista e as contratações diretas (entenda-se terceirização) pelo órgão.” “Os princípios da segurança jurídica e da estabilidade das relações jurídicas não podem ser invocados como escudo para defender as atrocidades cometidas pela administração pública”, informou o juiz federal em outro trecho da sentença. Câmara nega as acusações e diz que agiu corretamente como gestor público. O VALE entrou em contato no final da tarde de sexta-feira com a assessoria de imprensa do Inpe e foi informado que o atual diretor do instituto, Leonel Perondi, não comentaria o assunto por telefone.

A ação havia determinado a invalidação de 111 contratos temporários feitos pelo Inpe e anulou parcialmente um edital que resultou na contratação de outros 15 servidores não efetivos. Após adequações promovidas pelo instituto, o número caiu para 71 servidores. Na última sexta-feira, um acordo permitiu a suspensão do prazo para a suspensão dos contratos por um período de 45 dias.

FONTE: Marcelo Pedroso – O Vale

Crise trabalhista no Inpe abre debate sobre modelo de gestão

A ameaça de demissão dos 71 servidores temporários do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que trabalham no Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), em Cachoeira Paulista, retoma a polêmica do modelo de gestão considerado ideal para instituições voltadas à Ciência e Tecnologia. A cinco dias para o cumprimento de uma liminar que determina a exoneração dos servidores e no meio de uma greve deflagrada pela categoria, a direção do Inpe se defende e justifica que já vinha adotando desde o ano passado medidas para repor as vagas em déficit. O ofício 780/2013 da Segep/MP (Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento), datado da última quinta-feira e assinado pela secretária Ana Lucia Amorim de Brito garante o reforço no quadro de funcionários, que pode chegar a 438, mas não dá um prazo para isto acontecer. “Temos um diagnóstico que aponta que grande parte de nossos funcionários tem acima dos 50 anos”, disse o atual diretor do Inpe, Leonel Perondi, a O VALE.

O VALE apurou que, somente este ano, já foram efetivados 50 pedidos de aposentadoria no Inpe, que possui hoje cerca de 1.100 funcionários. A média atual chega a um pedido por semana. As dificuldades de reposição desta mão de obra especializada são potencializadas pelo tempo necessário para o exercício das funções, de dois a três anos. Sujeito ao RJU (Regime Jurídico Único), o Inpe depende da realização de concursos públicos para suprir a carência de mão de obra, além de obedecer a mecanismos de controle como a Lei de Licitações. A contratação dos servidores temporários foi questionada pelo MPF (Ministério Público Federal). Entre as alterações defendidas por alguns segmentos está, por exemplo, a criação de OS (Organizações Sociais).

Além disto, tramitam no Congresso a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 290 e o PL (Projeto de Lei) 2177, que propõem mudanças nos regimes jurídicos das instituições.  Sobre mudanças nos modelos de gestão, Perondi prefere não expor sua opinião em função do impasse jurídico atual. “É uma discussão importante e interessante”, afirmou. Para o sindCT (Sindicato dos Servidores Públicos Federais da área de Ciência e Tecnologia no setor Aeroespacial), não há que se falar em modelos de gestão e sim da reposição da defasagem de profissionais. “Os institutos estão fragilizados. Precisamos recompor essa força de trabalho, que está exaurida. Não são os projetos que perenizam as pessoas”, afirmou o presidente do SindCT, Ivanil Barbosa Belisário.

A pesquisadora Valéria Cristina dos Santos Ribeiro, da Unicamp, defende que, apesar das limitações do regime jurídico da administração direta, há espaços que permitem autonomia e flexibilidade. Para ela, um modelo jurídico mais adequado precisaria estar alicerçado em três pilares: institutos com uma personalidade jurídica própria, o que permitiria a venda de produtos e serviços, além do estabelecimento de contratos; autonomia para definir os recursos humanos e que a legislação de compras possa considerar as peculiaridades da área de ciência e tecnologia. “Sabemos hoje que os recursos são limitados em todos os sentidos. Internacionalmente, por exemplo, a tendência é do uso do recurso humano temporário, do trabalhador empregado por projeto, por demanda.”

Apesar disto, a pesquisadora considera que é necessário preservar profissionais da área de pesquisa básica. “Outra tendência que percebemos são os trabalhos em rede, as pesquisas colaborativas, em que os custos são partilhados pelas instituições.” Valéria considera que é hora de estimular o debate. “Este não é um problema só do Inpe. Precisamos abrir o debate sobre a importância dos institutos para o país. Os pilares do desenvolvimento estão na educação, ciência e tecnologia.”

Documento muda estatuto de mais de 20 anos da Univap

Após decretar o fim da era do professor Baptista Gargione Filho, demitido no final do ano passado após 20 anos à frente da instituição, a Univap (Universidade do Vale do Paraíba) está finalizando seu novo estatuto. A nova gestão quer democratizar a escolha de seus dirigentes, evitar perpetuação de uma só pessoa como ocorreu com Gargione Filho e fortalecer os colegiados dentro da universidade.

O documento, que deve entrar em vigor no final de janeiro de 2013, está em fase final de elaboração. Ele mudará o atual estatuto, que tem cerca de 20 anos. Para tanto, precisa ser aprovado pelo Cius (Conselho Integração Universidade-Sociedade), órgão máximo deliberativo da Univap.

Formada em abril deste ano, a Comissão do Estatuto elaborou o documento e divulgou o texto, no final de agosto, para receber sugestões da comunidade acadêmica. Na próxima quinta-feira, a comissão se reúne e decide quais sugestões farão parte do texto final, que será enviado à Reitoria e ao Cius, que pode ainda pedir alterações.

“A previsão é que o estatuto seja aprovado no final de janeiro de 2013”, disse Sandra Maria Costa, vice-reitora e presidente da comissão. Segundo ela, o novo texto cria medidas democráticas e reforça os colegiados dentro da universidade, evitando que o reitor se perpetue no comando e tome decisões sozinho.

Os novos reitor, vice-reitor e diretores acadêmicos das faculdades serão escolhidos em uma lista tríplice formada após votação direta e secreta de professores, estudantes e funcionários a decisão final caberá à FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da Univap.

O mandato deles será de quatro anos e só será permitida uma única recondução sucessiva, de igual período. O estatuto cria ainda dois conselhos para dirigir a universidade, ambos formados por representantes da Reitoria, Pró-Reitoria, direção das faculdades, dos professores, alunos e funcionários.

Trata-se do Consun (Conselho Universitário), o órgão colegiado máximo para decidir a política geral da Univap, e o Consepe (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão), órgão colegiado técnico. “O reitor estará abaixo desses conselhos e não acima deles, como acontecia antes”, afirmou Sandra Maria. “A política da universidade deverá ser discutida pelos colegiados. É um avanço para a Univap, que é da comunidade.”

As mudanças propostas pelo novo estatuto da Univap (Universidade do Vale do Paraíba) foram bem recebidas em São José dos Campos. Representantes de alunos, professores e membros da sociedade organizada elogiaram a criação de mecanismos democráticos que evitem a perpetuação de uma só pessoa ou grupo à frente da instituição.

Para o aluno do 3° ano de Direito e presidente do Diretório Acadêmico da faculdade, Rodrigo Coelho da Cunha, as modificações estão na mesma linha daquelas feitas no estatuto da FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), que mudou após pressão do Ministério Público.

“Estamos vivendo uma fase de transição que sinaliza para novos tempos na Univap, com maior voz e participação dos alunos nos rumos da instituição”, disse. Para o professor Luiz Carlos Andrade de Aquino, a iniciativa é digna de louvor. “Devemos louvar e reconhecer os grandes avanços deste ante-projeto, sobretudo em relação ao atual, como, por exemplo, em relação aos procedimentos de escolha dos diretores.”

O Vale

Publicado em: 04/12/2012

Hospital Municipal pode passar por avaliação de Carlinhos

O candidato do PT à Prefeitura de São José dos Campos, Carlinhos Almeida, planeja reavaliar contratos firmados pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB) com Organizações Sociais, caso seja eleito em 7de outubro. O coordenador da campanha petista, vereador Wagner Balieiro, garante, no entanto, que nenhum contrato será rompido.

“Todos os contratos serão mantidos, mas a meta é dar mais transparência das parcerias à sociedade.” Balieiro disse que o assunto será melhor debatido após eleições.“Vamos aguardar o pleito para tratar do assunto, com tranquilidade. Cada caso é um caso. Vamos verificar onde é possível melhorar”, disse o coordenador.

Segundo ele, um dos tópicos que deve ser analisado é se para determinado tipo de prestação de serviço é melhor para a prefeitura ter parcerias com OSs ou criar uma nova entidade, como uma fundação, por exemplo. Atualmente, a administração tucana mantém parcerias com seis entidades reconhecidas como Organizações Sociais.

O valor global dos contratos soma R$ 223,1 milhões, incluídos repasses extras. A maior parceria é com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), no valor de R$ 119,6 milhões anuais, para o gerenciamento do Hospital Municipal da Vila Industrial.

O contrato com a SPDM foi firmado em 2006 e renovado em julho do ano passado, com vigência até 2016. A entidade é vinculada à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O segundo contrato de maior valor é com a Associação Parque Tecnológico, que administra o Parque Tecnológico do município, no valor de R$ 81,4 milhões, por cinco anos. O contrato foi celebrado em 2009 e renovado este ano, com vigência até 2017.

Essa Organização Social foi fundada pelo atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp. O governo Cury mantém ainda contrato com o Cecompi (Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista) até 2013, no valor de R$ 7,7 milhões.

Com o Instituto de Planejamento, Administração e Pesquisa, a parceria foi firmada em 2009. Este ano o Ipplan já recebeu R$ 3 milhões. O município também mantém contrato desde o ano passado com a Associação Joseense para o Fomento da Arte e da Cultura, para o gerenciamento do Parque Vicentina Aranha.
O valor inicial era de R$ 1,1 milhão. Este ano, a entidade recebeu R$ 3 milhões.

A mais nova parceria, com o Pró-Visão, foi firmada este ano para administrar o Hospital de Clínicas Norte, no valor de R$ 10,3 milhões, por um ano. Em nota, a prefeitura informou que: “a contratação de Organizações Sociais contribui para agilizar e qualificar o desempenho do poder público, permitindo alcançar metas mais ousadas, sem elevação de custos”. Consultadas, as entidades informaram que estão tranquilas com relação ao cumprimento dos contratos.

O Vale

Previdência Social da cidade é considerada Modelo

O Ministério da Previdência Social do Governo Federal reconheceu publicamente o Instituto de Previdência do Servidor Municipal de São José dos Campos (IPSM) como modelo de gestão pública de previdência. Com 20 anos de existência, o Instituto passa a ser exemplo para outros municípios do país.

O IPSM trabalha com o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e atende aproximadamente 11 mil servidores da Câmara Municipal e Prefeitura, entre ativos, aposentados e pensionistas, com um patrimônio de R$1,4 bilhão. Conhecido por uma administração sólida e competente, o Instituto tem uma equipe que trabalha com foco no cumprimento de metas financeiras anuais, não apenas de aposentadorias e pensões, mas também de vários benefícios que são disponibilizados aos segurados, como auxílio-doença e salário maternidade.

O superintendente do IPSM e servidor de carreira por 43 anos, Oilze dos Santos Filho, afirma que o Instituto não teria resultados tão positivos sem essa parceria com a administração municipal, e destaca duas iniciativas importantes no processo: a pontualidade nos repasses das contribuições ao Instituto e a eficiência e rapidez na implantação de novas leis previdenciárias.

Para o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Social, Leonardo Rolim, a cidade é um grande exemplo de sucesso devido ao foco na gestão. “São José dos Campos é uma cidade grande, mas nem de longe é a maior cidade do país. No entanto, é a cidade que tem hoje o maior patrimônio em RPPS. O que chama a atenção é que o regime não é novo e, mesmo naquele período em que não havia controle tão bom quanto o atual, o município sempre teve uma boa gestão. É um modelo, tanto em gestão financeira, como em gestão de pessoas”, destacou Rolim, em entrevista para uma publicação do Ministério.

Oilze dos Santos Filho afirma ainda que esse reconhecimento demonstra que o Instituto está no caminho certo e destaca o trabalho de equipe como responsável pelo sucesso. Para ele, “hoje somos uma família e esse reconhecimento se deve principalmente à seriedade com que o prefeito e demais secretários enxergam o IPSM, dando total apoio e suporte para a nossa gestão”. Oilze também acredita que o diferencial do Instituto está na forma de gestão, “que prima pela transparência, objetividade, legalidade, resultados e comportamento ético”.

Com o reconhecimento, a cidade de São José dos Campos passa a ser uma referência nacional em modelo de gestão pública de previdência municipal.

Prefeitura de São José