Abrigos do Pinheirinho, disponível por tempo indeterminado

A Prefeitura de São José já admite manter parte dos ex-moradores do Pinheirinho em abrigos municipais por tempo indeterminado em razão da dificuldade que os desalojados enfrentam para alugar casas com o dinheiro do auxílio-moradia.

A meta inicial do governo era concluir até a última segunda-feira a transferência de todas as famílias abrigadas para casas alugadas ou de familiares, mas pelo menos 200 ainda estão nos ginásios do Morumbi, Vale do Sol e Dom Pedro 2º.

E, apesar da dificuldade apontada pelas famílias, a prefeitura fez um balanço positivo dos trabalhos. “Estimamos que 85% das famílias já estão em casas alugadas ou na casa de parentes. E isso foi feito em grande velocidade”, disse o secretário de Desenvolvimento Social, João Francisco de Sawaya de Lima, o Kiko. Segundo ele, as famílias serão abrigadas nos ginásios públicos “até quando for necessário”.

Desativação. Ontem, o primeiro dos quatro abrigos improvisados pela prefeitura foi desativado. Ao todo, 43 famílias que estavam na escola Dom Pedro de Alcantara, conhecida como Caic Dom Pedro, foram transferidas para outros abrigos ou para a casa de parentes.

“Eles queriam que saíssemos do abrigo de qualquer jeito. Mas eu não vou para outro abrigo. Não aguento mais viver dessa forma. Vou dormir no quintal na casa de familiares”, disse Josefa Adevina da Silva, 42 anos. A última família a deixar o Caic seguiu rumo ao abrigo do ginásio Ubiratan Maciel, no Dom Pedro. No local, estão cerca de 50 famílias.

Por volta das 16h30, o auxiliar de serviços gerais Luiz Alberto Ferreira Nunes, 27 anos, e a cuidadora de idosos Rafaela Araújo de Lima, 26 anos, se juntaram aos abrigados.

Para garantir um pouco de privacidade, usaram colchões como paredes. O casal, que tem dois filhos, reclamou da demora na liberação do aluguel social. “Perdemos tudo, até o enxoval do nosso bebê. Nossas duas filhas pequenas estão com os avós, porque não podemos deixa-las viver dessa maneira”, disse Rafaela, grávida de quatro meses.

“Aqui é nosso novo lar até entramos em uma casa. Já levei toda a documentação necessária e o cheque ainda não saiu”, disse Nunes. Segundo balanço do governo, 750 cheques do aluguel social e do auxílio-mudança, no valor de R$ 1.000, já foram distribuídos. A estimativa é que sejam entregues 1.250 cheques. A prioridade é atender as famílias dos abrigos.

Ao todo, governo do Estado e prefeitura irão investir nesse primeiro mês do benefício R$ 1,250 milhão. A liberação da próxima parcela está prevista para o dia 28. Kiko afirmou que muitas famílias ainda permanecem nos abrigos para antecipar o recebimento do aluguel social.

“Muita gente voltou para o abrigo para ter prioridade no aluguel social. Mas, estamos repassando os cheques também para quem está na casa de parentes e amigos”, disse. De acordo com ele, 960 famílias cadastradas foram identificadas no cadastro oficial da prefeitura realizado em julho de 2010 no Pinheirinho. Segundo ele, “a maior parte” das 290 famílias restantes comprovou que vivia no Pinheirinho por meio de outros cadastros.

O Vale

Com o auxilio moradia, famílias começam a deixar abrigos

A Prefeitura de São José pretende concluir a entrega de 1.250 cheques do aluguel social às famílias removidas do Pinheirinho, na zona sul da cidade, até a próxima semana. Ao todo serão repassados R$ 1,250 milhão em recursos. Cada família receberá nessa primeira parcela R$ 500 do aluguel social e uma parcela única de R$ 500 de auxílio mudança. A segunda parcela de R$ 500 será disponibilizada no dia 28 de fevereiro.

A meta da prefeitura é concluir a remoção das famílias dos quatro abrigos municipais até sexta-feira. Das 1.100 pessoas abrigadas, cerca de 800 já teriam saído.

De forma paralela, a Secretaria de Desenvolvimento Social começa a convocar hoje as famílias abrigadas na casa de parentes e amigos. Elas também serão contempladas. “Todos os cheques já estão impressos. E agora iremos chamar as famílias que não estão nos abrigos”, disse o secretário, João Francisco de Sawaya Lima.

Nos abrigos, as famílias aguardam com expectativa pela liberação do cheque do aluguel social e reclamam da dificuldade de encontrar um imóvel ára alugar. “Estamos esperando pelo cheque, mas ainda não encontramos uma casa. As imobiliárias querem um fiador”, disse o pedreiro I.J., 44 anos.

O presidente da Asseivap (Associação das Empresas Imobiliárias do Vale do Paraíba), Marco Aurélio Peneluppi, afirmou que em todas as cidades são necessários fiadores nos casos de locações. “Essas exigências não se aplicam somente aos moradores do Pinheirinho”, disse.

O Vale

Auxilio moradia é antecipado para famílias do Pinheirinho

A Prefeitura de São José começou a distribuir ontem os primeiros cheques do aluguel social às famílias sem-teto expulsas da área do Pinheirinho, na zona sul da cidade. As primeiras 31 famílias contempladas estavam abrigadas no poliesportivo do Jardim Morumbi, considerado o mais precário dos alojamentos municipais em razão da superlotação. Das 1.100 pessoas acolhidas pela prefeitura, 420 estavam neste abrigo até ontem.

Cada família recebeu um cheque de R$ 1.000, sendo uma parcela única de R$ 500 a título de auxílio mudança e outra de R$ 500 para o aluguel. O recebimento do benefício está condicionado à saída imediata dos abrigos da prefeitura. A entrega dos cheques continua hoje. Segundo o secretário de Desenvolvimento Social João Francisco de Sawaia, o Kiko, outras 700 famílias já estão aptas a receber o aluguel.

São requisitos do programa que famílias possuam renda de até três salários mínimos (R$ 1.866), tenham se cadastrado na prefeitura e estejam alojadas nos abrigos ou na casa de parentes ou terceiros. Ao todo, foram cadastradas 1.250 famílias. Os dados de todas elas estão sendo submetidos a uma triagem para verificar quais se enquadram no perfil social do programa. Os sem-teto contemplados receberão o auxílio até ganharem novas moradias no programa habitacional.

O projeto de lei que liberou o auxílio-moradia para as famílias desalojadas tramitou em tempo recorde. O texto foi aprovado em sessão extraordinária na manhã de ontem e sancionado pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB) no final da tarde, permitindo a liberação dos primeiros cheques minutos depois.

Uma emenda da bancada governista ampliou o benefício a famílias alojadas na casa de parentes. O texto original limitava o repasse aos alojados em abrigos municipais. A emenda também garantiu que o benefício seja renovado até haja dê uma solução definitiva de moradia (por parte de qualquer uma das esferas de governo) às famílias.

Todas as oito emendas da bancada do PT foram rejeitadas, inclusive a que garantia transporte e vaga em escola para crianças do Pinheirinho. O valor do aluguel social será dividido entre Estado e prefeitura: o primeiro pagará R$ 400 mensais por família e o segundo complementará o valor com mais R$ 100.
O Estado liberou ontem R$ 1,040 à prefeitura para o início dos pagamentos.

O Vale

Poupatempo vai a abrigos para emissão de novos Documentos

O Poupatempo vai desenvolver um esquema especial de atendimento e emissão de documentos pessoais para as famílias que saíram do Pinheirinho e estão nos abrigos montados pela Prefeitura de São José dos Campos.

Neste sábado (28), uma equipe de servidores administrativos da Prefeitura fará a triagem das pessoas que perderam documentos durante a reintegração de posse da área. Para receber o auxílio-aluguel (R$ 500), que será pago pela Prefeitura, essas pessoas precisam da documentação em dia.

Após a triagem, o Poupatempo desenvolverá, a partir desta terça-feira (31), uma ação nos quatro abrigos: CAIC Dom Pedro, Centro Esportivo Vale do Sol, Centro Esportivo do Jardim Morumbi e Centro Esportivo Dom Pedro.

A Prefeitura vai dar suporte logístico para o trabalho, disponibilizando 20 servidores administrativos. Só após a triagem prevista para este sábado, a Prefeitura saberá quantas famílias perderam os documentos e serão atendidas.

Auxílio-mudança – Além do auxílio-aluguel, a Prefeitura vai pagar a cada família do Pinheirinho uma parcela única de R$ 500 a título de auxílio-mudança. O valor é uma ajuda para as famílias poderem transportar seus pertences para o local onde vão morar.

O auxílio deverá ser pago juntamente com a primeira parcela do auxílio-aluguel. A Câmara Municipal já foi convocada para uma sessão extraordinária na terça-feira (31), para votar o projeto de lei que cria o auxílio-aluguel e o auxílio-mudança para as famílias do Pinheirinho.

Prefeitura Municipal

Abrigos de ônibus em São José têm gastos de R$ 912 mil

A Secretaria de Transportes de São José dos Campos abriu licitação para comprar 100 abrigos metálicos para pontos de ônibus.

O valor referencial da licitação é de R$ 912 mil.

Os novos abrigos, similares aos instalados na praça Kennedy, centro, serão implantados em substituição a abrigos de madeira e em novos pontos em corredores de transporte de grande movimento de passageiros.

Atualmente, São José dos Campos possui cerca de 2.800 abrigos. Do total, 860 são de madeira, segundo informou o diretor do Departamento de Transportes Públicos, Ronaldo Gonçalves ao jornal O Vale.

Ele relatou que se trata da primeira compra de abrigos este ano. No ano passado, a pasta adquiriu 200 unidades.

O diretor disse que foram criadas várias linhas este ano e que será necessário a implantação de abrigos.

Desativação. A partir do dia 24 de outubro, a Secretaria de Transportes irá desativar o único ponto de ônibus da rua Siqueira Campos, em frente ao Mercado Municipal.

Segundo o diretor de Transportes Públicos, a partir de hoje a pasta começa uma campanha de orientação aos usuários sobre a desativação do ponto, que fica em um local de calçada estreita e sem conforto para os usuários.

Fonte: O Vale