Uma mudança no projeto faz com que o destino do prédio que será concedido à iniciativa privada fique carimbado –vai abrigar um ‘teatro alternativo’.
A transformação do prédio em elemento de preservação exige que as características originais como palco e escadas de acesso da plateia sejam mantidas.
A medida foi exigida pelo Comphac (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico) e atende a solicitação dos artistas e de entidades da sociedade civil da cidade.
O futuro do Cine Teatro, que está fechado há 8 anos, voltou aos holofotes em agosto durante anúncio do projeto ‘Centro Vivo’, que prevê revitalizar o centro.
Uma das propostas prevê conceder por período de 10 anos o prédio ao setor privado. A decisão foi alvo de protestos dos artistas que reclamam da falta de espaços para a cultura em São José.
O medo dos moradores é que a área fosse transformada em um comércio.
“Essa nunca foi a proposta da prefeitura, mas com a transformação do prédio em patrimônio histórico fica definido que ele irá abrigar um teatro”, afirmou o vereador líder do governo na Câmara, Fernando Petiti (PSDB).
Ele é autor do projeto de preservação que prevê manter a volumetria, fachada, o piso de ladrilho hidráulico, além dos ornamentos da plateia e do palco do Cine Teatro.
O projeto de lei que transforma o prédio em EP-2 (Elemento de Preservação 2), exige ainda que qualquer reforma futura seja aprovada pelo Conselho Deliberativo do Comphac, formado por representantes da sociedade civil.
Um projeto semelhante chegou a ser apresentado em setembro pela vereadora Amélia Naomi (PT), mas exigia ainda a preservação do telhado e do forro. “Decidimos retirar essa exigência porque o telhado está muito mal conservado o que poderia comprometer a segurança do prédio”, disse Petiti.
Petiti disse que decidiu elaborar o novo projeto, no lugar da Amélia, por ser um dos membros do Comphac.
A prefeitura deve apresentar em dezembro o edital que prevê conceder a área à iniciativa privada.
Fonte: O Vale