Embraer amplia as entregas de jatos em 10% no 3° trimestre

A Embraer, de São José dos Campos, registrou crescimento de 10% nas entregas de aviões no terceiro trimestre deste ano no comparado com o mesmo período do ano passado. No trimestre, a empresa também registrou alta de mais de 40% na sua carteira de pedidos na mesma base de comparação. A empresa despachou 44 aeronaves entre julho e setembro deste ano contra 40 no mesmo período de 2012. A Embraer informou que sua carteira de pedidos firmes atingiu US$ 17,8 bilhões no final de setembro, um crescimento de mais de 40% em relação a setembro do ano passado, que era de US$ 12,4 bilhões. O crescimento da carteira foi impulsionado pelos anúncios de vendas feitas na Paris Air Show, uma das principais feiras de aviação do mundo, ocorrida em junho, para a nova família dos E-Jets lançada no evento, a E-Séries. A nova família de jatos comerciais da empresa deve entrar em operação até o final da década.

Segundo a companhia, foram despachados no terceiro trimestre 19 aeronaves para a aviação comercial, principal segmento de vendas da companhia. No comparado com o ano passado, a empresa registrou baixa de 30% nas entregas de jatos para este segmento. Já para a aviação executiva, a empresa entregou no terceiro trimestre deste ano 25 jatos, quase o dobro em relação ao mesmo período do ano passado. Foram entregues 21 jatos leves (6 Phenom 100 e 15 Phenom 300 e 4 Legacy 650) e 4 jatos grandes. No total, a Embraer entregou este ano 124 aviões, sendo 58 comerciais e 66 jatos executivos. No ano passado, no mesmo período, foram despachadas 129 aeronaves. A fabricante trabalha com a expectativa de entregar este ano até 120 jatos executivos e até 95 jatos comerciais. A empresa sempre trabalha com a expectativa de que as entregas no quarto trimestre são melhores.

A carteira de pedidos firmes da companhia somava no final de setembro total de 396 jatos comerciais. A empresa contabiliza 6 pedidos firmes do E170, 140 do E715, 78 do E190 e 123 do modelo E195. Já da nova família de jatos, os pedidos firmes são de 100 do E175-E2, 24 do E190-E2 e o mesmo volume do E195-E2. As negociações de aumento salarial para os trabalhadores da Embraer está em um impasse. A empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos ainda não chegaram a um acordo. A companhia já anunciou a concessão de reajuste de 6,07% a partir de setembro, referente ao INPC do período. Já o sindicato reivindica aumento de 13,5% e redução da jornada de trabalho. As rodadas de negociações ocorridas entre as partes, no âmbito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) fracassaram.

Na semana passada, os metalúrgicos da empresa paralisaram as atividades durante quatro horas para pressionar a empresa a negociar. Na última sexta-feira, a Embraer anunciou, a primeira parcela da PLR 2013 ((Participação nos Lucros e Resultados). Segundo o sindicato, os trabalhadores receberão R$ 878 fixos mais 12,46% sobre os salários. Esse valor está entre os mais baixos de toda a categoria metalúrgica da região, inclusive em comparação com fábricas bem menores, de acordo com a entidade. O Sindicato defende que o cálculo seja a partir do lucro operacional (sem desconto de impostos, transações financeiras e investimentos).

FONTE: Chico Pereira – O Vale

Embraer projeta mercado de 805 jatos executivos na China

A Embraer Aviação Executiva prevê uma demanda de 805 jatos executivos para o mercado chinês na próxima década. A expectativa é que os jatos executivos de grande porte representem 51% das unidades ou 78% do valor total das entregas no país. Os números foram apresentados ontem na Feira Internacional de Aviação Executiva Chinesa, em Beijing, na China. A Embraer fez um balanço das previsões para o mercado de aviação executiva no país entre 2014 e 2023.

“Durante os últimos 12 anos, a Embraer construiu uma posição sólida entre os principais fabricantes de jatos executivos”, disse, em nota, Guan Dongyuan, presidente da Embraer China. “Com uma ampla e moderna linha de produtos que atendem e excedem às expectativas de clientes no mundo inteiro.” Segundo Dongyuan, os investimentos da Embraer durante 10 anos no mercado da aviação comercial na China resultaram em uma frota de 120 jatos em operação.

“Agora, estamos consolidando nossa presença no mercado chinês, oferecendo a mesma qualidade de suporte e serviços de que os nossos clientes comerciais já desfrutam.” Desde 2004, quando a Embraer entregou o primeiro jato executivo na China, a empresa já recebeu pedidos para 38 aeronaves, incluindo cinco opções. A Embraer instalou uma linha de montagem para jatos executivos na China. Em junho de 2012, a empresa firmou um acordo com a Avic (Aviation Industry Corporation of China) para os jatos Legacy 600 e 650, utilizando a infraestrutura da sua joint-venture Heai (Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd.).

No final de agosto deste ano, o primeiro jato executivo Legacy 650 montado pela Heai na China realizou seu voo inicial. A entrega está programada para o final deste ano. Baseada em estudos do cenário econômico do país, a Embraer disse que mantém uma previsão favorável para o potencial do mercado chinês da aviação executiva. A frota de jatos executivos no país cresce, em média, 27% ao ano, impulsionada por um aumento de 26% da população de indivíduos ricos entre 2008 e 2012. Além disso, o ambiente econômico requer desenvolvimento da aviação executiva para atender à demanda para viagens de negócios e de lazer.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José começou nesta semana a campanha salarial para o setor aeronáutico, até agora o único que apresentou proposta de reajuste. Segundo o sindicato, as empresas ofereceram, de aumento, a reposição da inflação do período, de 6,07%. “Essa proposta não faz o menor sentido”, disse Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato.

Nova Geração de Jatos será vendidos pela Embraer

A Embraer, de São José dos Campos, divulgou ontem que a sua unidade Embraer Aviação Comercial e a International Lease Finance Corporation (ILFC), líder global no mercado de leasing e revenda de jatos para companhias aéreas, assinaram um acordo final para a venda firme de 50 jatos E-Jets E2, sendo 25 E190-E2 e 25 E195-E2. O pedido firme tem um valor estimado de US$ 2,85 bilhões, a preço de lista. O contrato, anunciado como Carta de Intenções durante a feira aeroespacial Paris Air Show, em junho, também contempla opções para 25 E190-E2 e 25 E195-E2 adicionais, o que eleva o potencial do pedido para até 100 aviões da nova família de jatos da Embraer para a aviação comercial. A primeira entrega de um dos E-Jets E2 (o E190-E2) está prevista para o primeiro semestre de 2018. O E195-E2 está programado para entrar em serviço em 2019 e o E175-E2 em 2020.

Os três novos aviões (E175-E2, E190-E2, E195-E2) são designados “E2”, que significa uma mudança geracional em tecnologia que foi incorporada ao projeto. Cada um dos três aviões tem a versatilidade para uma gama de configurações de classe única ou multi-classe para atender às necessidades dos operadores. A cabine das aeronaves tem um novo conceito de design que oferecerá um padrão ainda melhor de conforto e uma experiência excepcional aos passageiros. Motores de última geração, em conjunto com novas asas aerodinamicamente avançadas, controles de voo totalmente fly-by-wire e avanços em outros sistemas resultarão em melhorias de dois dígitos no consumo de combustível, custos de manutenção, emissões e ruído externo.

O lançamento da nova família ocorreu na feira aeroespacial de Le Bourget, em Paris. Durante o salão, a Embraer anunciou a venda firme de 100 aeronaves E175-E2 para a aérea norte-americana SkyWest, que será um de seus clientes-lançadores. A empresa também tem mais 100 opções do mesmo modelo de aeronave. Marcos Barbieri, economista da Unicamp, destaca que o sucesso dos E-Jets da Embraer deve se repetir com a sua nova família. “Os jatos da Embraer para a aviação comercial fazem grande sucesso pelo bom desempenho”.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos iniciou campanha para que a Embraer mantenha na produção da segunda geração de jatos para a aviação comercial as empresas que já prestam serviço na fabricação dos atuais E-Jets. Edmir Marcolino, diretor da entidade, informou ontem que na próxima semana uma comissão do sindicato vai se reunir com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico) para tratar da questão. “O nosso o objetivo é evitar que a Embraer transfira para empresas em outros países a produção de partes dos novos jatos, o que é uma desnacionalização da produção dos aviões”, disse. Segundo ele, pelo menos três empresas fornecedoras da fabricante podem ser afetadas e cerca de 600 postos de trabalho fechados nos próximos anos. “Quando a Embraer lançou o jato 145, ocorreu a mesma coisa. No começo, a maior parte da produção era feita fora do país. Depois, o BNDES obrigou a empresa a nacionalizar parte da produção”, disse. “Não é justo que a Embraer receba incentivos do governo federal e não de a sua contrapartida, contratando empresas nacionais”, afirmou.

Embraer fecha trimestre um pouco a baixo do que o ano passado

A Embraer, de São José dos Campos, entregou no segundo trimestre deste ano 51 aeronaves, o que representa um recuo de 7,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa informou ontem que entregou 22 jatos para o mercado da aviação comercial e 29 para o de aviação executiva. No segundo trimestre do ano passado, a companhia despachou 55 aeronaves. Se comparado as entregas efetivadas no primeiro semestre deste ano com o mesmo do ano passado, a empresa registrou redução de 10,11%. As entregas no segmento de aviação comercial caíram 37,1% no trimestre, e tiveram recuo de 30,35% no semestre. As entregas da aviação executiva subiram 45% no trimestre e cresceram 24,24% no primeiro semestre deste ano. De acordo com o relatório da companhia, foram despachados no segundo trimestre deste ano 14 Embraer 190, 6 Embraer 195, 1 Embraer 175 e um Embraer 170. Na aviação executiva foram entregues 23 jatos leves e 6 jatos grandes. No semestre, totalizou 41 jatos para esse segmento da aviação.

Em 30 de junho deste ano, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) somava US$ 17,1 bilhões, um incremento de US$ 3,8 bilhões sobre o valor de março. Segundo a empresa, esse montante é o maio valor de backlog desde o terceiro trimestre de 2009. No período, a empresa enfrentou dificuldades por causa da crise econômica mundial. O relatório divulgado ontem pela companhia os pedidos firmes de aviões comerciais somam total de 1.313 A empresa possui ainda outras 849 opções de compras de aeronaves.

As entregas somam 947 jatos, informa o documento. Segundo o relatório, o maior número de pedidos firmes a entregar de jatos da família 170/190 é do modelo E175, em um total de 149 unidades. A Embraer adicionou na carteira as 100 unidades do novo modelo dessa aeronave o E175-E2. A carteira de pedidos firmes a entregar demonstra que há 8 unidades do E170, outros 90 do E190 e 19 do E195. Para especialistas, o recuo de entregas pode estar vinculado a ajustes de produção. “É difícil detalhar uma razão, mas podem ser ajustes de produção”, afirmou o economista Marcos Barbieri, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Tradicionalmente, a Embraer tem feito maior volume de entregas no segundo semestre.

Um dos destaques do segundo trimestre da Embraer foi o lançamento da nova família de jatos para a aviação comercial, os E-Jets E2, ocorrido em junho, na Paris Air Show, a tradicional feira de Le Bourget, na França. A empresa destaca que os E-Jets E2 teve a SkyWest como um de seus clientes-lançadores, com pedido firme de 100 aeronaves e mais 100 opções do modelo E175-E2. O backlog do segundo trimestre inclui também os pedidos anunciados para 40 jatos E175, também vendidos para a SkyWest, bem como 30 jatos E175 para a United Airlines. A nova família de jatos da companhia para a aviação comercial entra em operação a partir de 2018. O economista Marcos Barbieri, da Unicamp, afirmou que o sucesso do lançamento dos novos jatos da empresa demonstra o potencial que essas aeronaves têm no mercado da aviação comercial.

Cidade pode ter investimento de bilhões pela Embraer

A Embraer, de São José dos Campos, lançou oficialmente ontem a segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais, que vai consumir investimento de US$ 1,7 bilhão nos próximos oito anos. A nova geração de jatos comerciais da companhia nasce com uma carteira de pedidos firmes, opções e intenções de compra de 365 aeronaves da nova linha, o que pode significar valor de US$ 18 bilhões. O anúncio foi feito ontem no Paris Air Show, um dos principais salões aeronáuticos do mundo, no aeroporto de Le Bourget, em Paris.

A nova geração foi denominada E-Jets E2 e composta por três novos aviões – E175-E2, E190-E2 e E195- E2. O jato Embraer 170 ficou de fora da nova geração. Segundo a empresa, o E190 E2 deve entrar em serviço no primeiro semestre de 2018. O E195-E2, em 2019 e o E175-E2, em 2020. “O lançamento do E2 se baseia na nossa visão de oferecer jatos comerciais com tecnologia de ponta e capacidade adequada para o segmento de 70 a 130 assentos, com o mesmo padrão superior de conforto e desempenho dos grandes aviões”, afirmou em nota o presidente da Embraer S.A, Frederico Fleury Curado

A nova família de jatos da Embraer terá configuração diferenciada. Em configuração única, o E175-E2 foi estendido em uma fileira de assentos, em comparação com o modelo atual e terá capacidade para até 88 passageiros. O E190-E2 mantém o mesmo tamanho que o modelo atual, de até 106 lugares, enquanto que o E195-E2, em comparação com o atual, cresceu três fileiras de assentos e pode acomodar até 132 passageiros.

A Embraer anunciou a assinatura de contrato com a SkyWest Inc. de pedido firme para 100 jatos do novo modelo E175-E2, com outros 100 direitos de compra. Se todos os pedidos forem confirmados, o contrato tem valor de US$ 9,36 bilhões pelo preço de lista. A aérea norte-americana já havia assinado contrato para a compra de até 200 jatos E175, da geração atual, o que significa que o pedido da empresa para os E-Jets pode alcançar pacote de 400 aeronaves. A SkyWest se torna o cliente-lançador da nova versão do E175. Ela é o maior grupo aéreo do mundo.

A Embraer divulgou que também assinou carta de intenções com a ILFC, líder global no mercado de leasing e revenda de aviões a jato para a venda firme de 50 jatos da nova família com opção para mais 50 aeronaves, dos modelos E190-E2 e E195-E2. A brasileira anunciou ainda a assinatura de carta de intenções para a venda de 65 E-Jets da nova família para companhias aéreas da África, Ásia e Europa, não divulgadas pela fabricante nacional.

O anúncio do lançamento da nova geração de jatos para a aviação comercial fez as ações da Embraer na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) subirem 4,69% no período da manha. Por volta das 10h30, os papéis da companhia valiam R$ 19,63. Às 13h45, o Ibovespa tinha valorização de 0,95%, para 49.801 pontos. Entre os maiores ganhos do índice no mesmo horário estavam as ações da Embraer, que subiam 6,08%, para R$ 19,89.

No final do dia, às 18h48, os papéis da companhia fecharam em alta de 6,24% e valiam R$ 19,92.
Segundo a Bovespa, foram fechados 11.898 negócios com os títulos da Embraer. Hoje, a empresa pode fazer novos anúncios no salão aeronáutico de Le Bourget. Está programada coletiva da Embraer Defesa & Segurança com a gigante norte-americana Boeing.

Nova Era de Jatos é preparada pela Embraer

A Embraer, de São José dos Campos, pode anunciar amanhã a nova versão da sua família de jatos para a aviação comercial, no Paris Air Show, em Le bourget, Paris, França. A empresa irá promover coletiva de imprensa com o presidente da companhia, Frederico Curado, e com o presidente da Embraer Aviação Executiva, Paulo César Silva. A nova versão modernizada família E-Jets 170/190 deve entrar em operação em 2018.

Este ano, a Embraer já efetivou a venda de 119 jatos para a aviação comercial. Os maiores contratos foram firmados com aéreas norte-americanas para a venda do modelo 175. A Embraer promoverá mais duas coletivas de imprensa no salão aeronáutico, na terça-feira, com a Embraer Aviação Comercial, e Embraer, Defesa e Segurança. A expectativa é que poderão ser anunciados novos contratos de vendas.

O salão de Le Bourget é considerado um dos mais importante do mundo e reúne as principais empresas do setor aeronáutico mundial. Também presente no salão, o Cecompi (Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista) lidera um grupo de 16 médias empresas do cluster aeroespacial de São José dos Campos. O Cecompi ocupa espaço no estande da Abimde.

Embraer cria nova geração de novos Jatos na cidade

Nove anos após ter entrado em operação, os jatos da Embraer para a aviação comercial entre 70 e 120 assentos vão ganhar uma segunda geração de aeronaves, que deve garantir a permanência da família no portfólio da empresa pelo menos por mais 20 anos. O lançamento oficial do projeto ocorrerá ainda este ano, mas sem data prevista.

Existe expectativa de que a companhia anuncie o lançamento durante a Paris Air Show, em Le Bourget, a maior e mais importante feira mundial de aviação, que será realizada em junho. A previsão é que a nova geração de jatos comerciais da companhia entre em operação a partir de 2018. Sucesso de vendas, os EJets 170/190 vão passar por modernização tecnológica, chamada de remotorização.

A Embraer já selecionou as empresas que vão modernizar a família para a segunda geração de aviões. Os novos jatos serão equipados com motores Pratt & Whitney e sistemas aviôni-cos da Honeywell. Os atuais voam com motores GE. A UTC Aerospace Systems fornecerá o sistema de geração e distribuição elétrica, rodas e freios de carbono, e a Unidade de Potência Auxiliar (APU) da Pratt & Whitney. Segundo a Embraer, os motores de última geração resultarão em melhorias de dois dígitos no consumo de combustível, manutenção e ruídos externos.

Desde o lançamento dos EJets, em 2004, a Embraer já comercializou 1.136 aeronaves da família, segundo informações da empresa. Já foram entregues 925 jatos e a companhia possui uma carteira firme de encomendas de 211 unidades. O Embraer 190 é o modelo mais vendido, com um total de 556 encomendas firmes e 264 opções. Foram feitas 459 entregas e a carteira tem 97 pedidos firmes, segundo o balanço financeiro do primeiro trimestre da empresa, divulgado no dia 29 de abril.

Após amargar um período de três anos de baixas vendas por causa da crise econômica mundial, a Embraer voltou a fechar bons negócios este ano na aviação comercial. O reaquecimento do mercado aeronáutico proporcionou à empresa retomar as vendas para os Estados Unidos, principal destino da suas aeronaves para a aviação comercial. O modelo Emb raer 175 é o destaque. As aéreas norte-americanas estão renovando a sua frota de jatos de 50 assentos para modelos de 70 a 80.

No começo do ano, a empresa anunciou a venda de 47 jatos desse modelo para a Republic Airways com opção para a compra de mais 47 unidades, negócio que pode atingir US$ 4 bilhões. Para a America Airlines, foram vendidos 30 jatos 175 com opção para mais 40. A Embraer registrou recuo de 67% no lucro líquido apurado no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa registrou lucro de R$ 61,7 milhões ante R$ 187,6 milhões no período comparado. A companhia faturou no primeiro trimestre R$ 2,156 bilhões. As entregas também foram menores em relação a 2012.

O Vale

Publicado em: 13/05/2013

Vendas de Jatos a China realiza reforço na produção

A Embraer Aviação Executiva leva para a China na próxima semana o seu portfólio para o segmento, de olho em um mercado potencial de até US$ 24 bilhões nos próximos 10 anos. A empresa, que está presente no mercado da aviação executiva da China desde 2004, quando efetuou a primeira entrega ao país, vai participar da ABACE (silga em inglês para Conferência e Exibição Asiática de Negócios da Aviação), que acontecerá em Xangai, entre 16 e 18 de abril.

É a maior feira de aviação executiva da Ásia. A Embraer terá em exposição estática com as aeronaves Lineage 1000, Legacy 650 e Phenom 300. Desde 2004, a companhia registrou pedidos firmes de 28 aeronaves e opções para mais cinco. No momento, 10 aeronaves executivas estão em operação na China.

A estimativa da Embraer Aviação Executiva é que o mercado chinês deve precisar entre 440 e 650 jatos executivos, movimentando entre US$ 16 bilhões e US$ 24 bilhões nos próximos 10 anos. “A China é um potencial mercado e ficamos o pé lá. Temos entregues aviões para os chineses, mas produzidos no Brasil”, disse o vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Executiva, Marcos Túlio Pellegrini. Em junho de 2012, a Embraer assinou um acordo com a AVIC (Aviation Industry Corporation of China para a montagem final dos jatos Legacy 600/650 na China, utilizando os recursos de sua joint-venture, a Harbin Embraer Aircraft Industry.

Pellegrini relatou que o primeiro Legacy montado em território chinês deve ser entregue até o final do ano. A expectativa da companhia é manter uma cadência produtiva anual de 4 a 6 jatos executivos da família Legacy. Por ser um país continental, a China demandará muito do transporte aéreo executivo. Jackie Chan, ator de cinema mundialmente conhecido, tornou-se o embaixador global da Aviação Executiva e participou do lançamento do Legacy 650 na China. Pellegrini contou que o astro tem contribuído para a divulgação do Legacy no mercado asiático.

“Recentemente foi fechado negócio para a venda uma aeronave dessa família, a partir da divulgação que o ator tem feito do Legacy”, afirmou. Estudo da Embraer aponta que a cultura de aviação executiva da China está ganhando maturidade. Os jatos executivos são cada vez mais reconhecidos como ferramentas de produtividade para as elites empresariais. Atualmente, o país tem uma frota de 267 aeronaves, 77% das quais são de grande porte, entre as categorias super mid-size e ultra-large.

Para comparação, em 2007, a China tinha apenas 78 jatos executivos. Globalmente, o mercado aviação executiva deve movimentar nos próximos 10 anos cerca de US$ 200 bilhões. A demanda prevista é de 9.300 aeronaves. O mercado dos EUA deve absorver 50% desse volume.

O Vale

Publicado em: 09/04/2013

Embraer amplia produção para Jatos na cidade

A Embraer Aviação Executiva concentrou em São José dos Campos e nos Estados Unidos as atividades de produção e entregas de jatos executivos. No ano passado, a empresa transferiu da fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, interior paulista, a linha de produção dos jatos Phenom 100 e 300. Na fábrica de São José dos Campos já são montados o Legacy e o Lineage.

A mudança está atrelada a vários fatores. Entre eles, permitir à Embraer Defesa e Segurança ampliar suas atividades em Gavião Peixoto, principalmente com a produção do cargueiro militar KC-390, que vai entrar em operação em 2015. “Houve necessidade de otimizar espaço. Em São José temos a competência da montagem final, do interior da aeronave, da aceitação do avião em voo. Toda essa dinâmica favorece a concentração das atividades em um único local”, explicou o vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.

Além disso, o executivo destaca outro fator favorável à fábrica de São José: o setor produtivo e o corpo de engenharia estão na planta local. A localização da cidade, no eixo Rio-São Paulo, favorece as entregas. “O cliente normalmente fica hospedado em São Paulo, que está há 15 minutos de voo de São José, e que tem mais ofertas de hotéis, restaurantes e lazer e vem à Embraer para receber o seu jato”, disse Pellegrini.

Ainda em fase de recuperação, após atravessar sérias turbulências entre 2008 e 2012 por causa da crise da economia mundial, a aviação executiva mostra sinais de retomada. “A aviação executiva caminha em paralelo com a situação da economia. Em 2008, foram entregues 1.100 jatos no mundo. No ano passado, 663.

Esperamos que a partir deste ano ocorra uma estabilização e até um certo crescimento.” Nesse contexto, o desempenho da Embraer foi positivo se comparado com a concorrência. Nos últimos dois anos a empresa despachou 188 jatos executivos. O restante da indústria mundial registrou redução de 6%. Foram 703 aviões em 2011 e 663 no ano passado. A empresa também registrou crescimento de receita no período, de 15%. No ano passado, faturou US$ 1,2 bilhão. A previsão para este ano é atingir receita de até US$ 1,6 bilhões e aumentar sua participação na receita global da empresa de 21% para 25%.

A estimativa do mercado mundial para a aviação executiva nos próximos dez anos é de negócios em torno de US$ 200 bilhões, com demanda de 9.300 jatos. A Embraer trabalha para abocanhar uma boa fatia desse mercado, informou o vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.
O executivo relatou que os Estados Unidos deve consumir 50% dessa demanda.

Atualmente, o país tem uma frota de 11 mil jatos executivos, a maior do mundo. Por isso, a Embraer investe nos EUA, onde já possui uma unidade industrial em Melbourne, na Flórida, para a montagem final do Phenom. Pellegrini disse que o mercado brasileiro também é promissor. “O Brasil tem mercado potencial com perspectivas de crescimento”, disse.

A China é outro mercado promissor. A Embraer montou uma unidade industrial no país para produzir o Legacy. A empresa estima que o primeiro Legacy montado em território chinês será entregue até o final do ano para um cliente da própria China. Apesar da crise econômica, a Europa também tem mercado potencial. O Oriente Médio é visto como uma promessa para o futuro.

O Vale

Publicado em: 08/04/2013

Depois da crise, Embraer vende mais de 90 jatos

A Embraer, de São José dos Campos, anunciou ontem a venda de um pacote de jatos Embraer 175 para a empresa norte-americana Republic Airways, em um contrato que pode atingir US$ 4 bilhões. O contrato firmado com a aérea é para a venda firme de 47 aeronaves 175, com a opção para o fornecimento de mais 47 jatos adicionais.

A preço de lista, cada jato 175 custa, em média, aproximadamente US$ 42 milhões. O contrato divulgado ontem é um dos maiores já firmados pela fabricante brasileira e o maior depois da crise econômica mundial de 2008, que atingiu duramente a aviação comercial em todo o mundo e levou a empresa a reduzir a cadência produtiva e a demitir mais de 4.000 empregados.

De acordo com o comunicado da Embraer, os novos aviões serão operados pela Republic Airlines, subsidiária da Republic, nas cores da American Eagle em rotas regionais da American Airlines. A fabricante informou, no entanto, que o acordo está sujeito à aprovação do Tribunal de Recuperação Judicial da American, o que está previsto para ocorrer no primeiro trimestre de 2013.

Os papéis da fabricante na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registram alta ontem após o anúncio da venda de jatos. As ações chegaram a subir mais de 10% durante o dia e fecharam cotadas a R$ 15,87 (alta de 8,48%).

Os E175 serão configurados em duas classes de serviço, com capacidade para 76 passageiros, segundo a empresa. A primeira entrega está programada para este ano. A Embraer começou a implementar uma série de melhorias para a atual geração de E-Jets, incluindo novas pontas de asa (wingtips), otimização de sistemas e refinamentos aerodinâmicos que reduzirão o consumo de combustível em até 5%.

A Republic será o primeiro cliente a receber o jato E175 com estes aprimoramentos. A venda dos jatos foi viabilizada por causa de um acordo firmado pelas companhias aéreas norte-americanas com a associação dos pilotos para permitir que a aviação regional possa operar jatos com capacidade superior a 50 passageiros.

A Embraer estima entre 300 e 400 unidades a demanda de jatos para a aviação regional nos Estados Unidos. “É muito significativo que a Republic Airways, nosso cliente de longa data, um verdadeiro inovador no ramo de transporte aéreo regional, seja o primeiro cliente do E175 com os novos aprimoramentos que estamos implementando na frota”, disse em nota Paulo Cesar Silva, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

“Este é um marco significativo na história da nossa companhia”, afirmou em nota Chuck Schubert, vice-presidente de Planejamento da Rede de Voos da American. Para o especialista Expedito Bastos, da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a venda sinaliza processo de recuperação do mercado da aviação. “Depois da crise de 2008, as aéreas dos Estados Unidos se retraíram. É bom sinal para a Embraer, que tem excelentes produtos”, disse.

O Vale

Publicado em: 25/01/2013