Metalúrgicos param a GM após impasse sobre reajuste salarial

Os metalúrgicos da fábrica da General Motors em São José dos Campos cruzaram os braços ontem em protesto pela proposta de reajuste salarial oferecido pela montadora, de 7,5% para quem ganha até R$ 7.300. Segundo a direção do Sindicato dos Metalúrgicos, os cerca de 6.500 trabalhadores da indústria aderiram a greve de 24 horas. Além desse índice, a montadora propôs pagar, para quem ganha acima desse valor, um fixo de R$ 547,50. Ainda de acordo com a entidade, a GM também quer assinar um acordo até 2015, mantendo um reajuste apenas pela inflação nesse período, além de congelar a tabela salarial por 12 meses e excluir todos os mensalistas (supervisores e administrativo) do reajuste.

Na avaliação do sindicato, a GM, com a proposta criaria uma “política salarial própria da empresa”.
Os trabalhadores reivindicam 13,5% de reajuste salarial. Com a paralisação, deixaram de ser produzidos 300 carros S10, 2.400 motores e 2.800 transmissões, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. O presidente da entidade, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, afirmou que o movimento dos trabalhadores surtiu efeito. “A GM agendou uma nova reunião para amanhã (hoje)”, relatou Macapá. O sindicalista disse que a greve de ontem “foi um recado para a montadora”. A empresa informou que não comentaria o assunto. Macapá declarou que o próximo alvo é a Embraer. “Se não houver acordo, vai ter paralisação na fábrica”, afirmou o dirigente. Na semana passada, a empresa informou que antecipou o INPC do período para os seus funcionários enquanto aguarda a conclusão das negociações que acontecem no âmbito da Fiesp.

Em Taubaté, o Sindicato dos Metalúrgicos local informou que já fechou acordo salarial com 85% das empresas da base territorial da entidade. O índice de reajuste acordado é de 8,19%, incluso 2% de aumento salarial, informou o presidente do sindicato, Isaac do Carmo. Ele destacou que também foram acordados o pagamento de abonos salariais em um total de R$ 33 milhões. “Os abonos estão sendo pagos. Uma parte em setembro e outra este mês”, disse. No pacote já fechado estão incluídos acordos com as montadoras Volks e Ford. Segundo Isaac, a previsão é que até sexta-feira esteja concluída a campanha deste ano. “Faltam apenas pequenas empresas”, frisou.

Embraer Defesa assume grupo de tecnologia de tráfego aéreo

A Embraer Defesa e Segurança fechou contrato para a compra de 50% das ações da Atech Negócios em Tecnologia, empresa nacional de sistemas que atua na área de Defesa. Desde 2011, a divisão de Defesa da Embraer já era dona de 50% das ações da Atech. Com a aquisição, divulgada ontem, a Embraer Defesa e Segurança passa a deter 100% das ações da companhia, que presta consultoria, suporte técnico e logístico e desenvolve sistemas de tecnologia para as Forças Armadas. A empresa foi responsável por desenvolver, para a Aeronáutica, todo o sistema usado para o controle do tráfego aéreo no país.

Batizado de Sigma (Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos), o novo sistema foi testado, pela primeira vez, em junho deste ano, durante a Copa das Confederações. O produto foi criado para modernizar o Sisceab (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro), usado pelos controladores de voo. Segundo o presidente da Atech, Jorge Ramos, o Sigma é capaz de reduzir o impacto dos voos atrasados e os custos operacionais das companhias aéreas. Ele integra em uma base de dados as informações repassadas pelas empresas, aeroportos e órgãos de controle com as informações meteorológicas. “O objetivo é planejar melhor a movimentação do espaço aéreo brasileiro, com pelo menos uma semana de antecedência”, disse Ramos,em nota.

Segundo a Embraer, a conclusão do negócio ainda está sujeita ao cumprimento de determinadas condições usuais para esse tipo de transação, que deverá exigir avaliação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). “A associação entre as duas empresas tem sido extremamente positiva, criando diversas oportunidades de negócio e contribuindo para ampliar o portfólio de produtos e serviços nas áreas de sistemas, defesa e segurança e controle de tráfego aéreo, complementares ao negócio aeronáutico”, disse, em nota, Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. “Além disso, o fato de poder contar com o reconhecimento internacional da Embraer ajuda a reforçar o posicionamento da Atech no mercado brasileiro e no exterior.”

A Atech desenvolve soluções estratégicas de comando, controle e inteligência e disponibiliza serviços de consultoria especializada e suporte técnico. Com sede em São Paulo, a empresa passou a atuar, também, no Parque Tecnológico de São José.

Embraer da cidade amplia acordos em Portugal

A Embraer, com sede em São José dos Campos, assinou no último dia 2 protocolo para desenvolvimen to comum de projetos na área industrial com a Universidade de Évora, instituição sediada na cidade portuguesa onde a fabricante brasileira mantém duas unidades fabris. A parceria prevê grupos de trabalho e projetos nas áreas de informática, mecatrônica e energias renováveis. “Com as competências instaladas na universidade e as necessidades da Embraer, podemos estabelecer projetos concretos de investigação e desenvolvimento”, disse João Nabais, pró-reitor da universidade, por meio de nota oficial.

Segundo ele, os projetos serão decididos nos próximos meses mas a primeira reunião já ocorreu logo após a cerimônia de assinatura do acordo. A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, possui duas fábricas em Évora, uma especializada em estruturas metálicas (de asas) e a outra em materiais compósitos.  O complexo fabril foi anunciado em 2008 e as unidades começaram a operar no final do ano passado.

Instalado em uma área de 877 mil metros quadrados, foi fruto de um investimento de 170 milhões de euros (cerca de R$ 429 milhões), dos quais 70 milhões de euros financiados pela Comunidade Europeia. Os materiais fabricados em Évora são exportados para montagem final nas unidades da Embraer no Brasil, na Flórida (Estados Unidos) e em Harbin (China).

Gm abre Plano de Demissões Voluntárias na cidade

A General Motors informou ontem que no dia 10 julho será aberto um PDV (Plano de Demissão Voluntária) na fábrica de São José dos Campos. O PDV terá vigência até o dia 19 de julho e foi dividido em três categorias: para os empregados do complexo, para os aposentados [e para os pré-aposentados. A empresa não informou os benefícios que oferecerá para quem aderir ao PDV. A GM informou que esse assunto é questão interna.

Segundo a montadora, também não será divulgado meta e nem balanço. A abertura de novo PDV no complexo da empresa em São José já havia sido anunciada pelo diretor de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan, durante as negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos para novo acordo trabalhista, para permitir que a fábrica local possa disputar investimento de R$ 2,5 bilhões que a empresa vai fazer para produzir novo modelo de carro. À ocasião, o executivo relatou que havia necessidade de abertura de novo PDV para enxugar o quadro de pessoal da unidade.

Os trabalhadores da Avibras, unidade 4, na avenida Cassiano Ricardo, fizeram uma paralisação de duas horas ontem para pressionar a empresa a regularizar o pagamento dos salários atrasados há mais de um mês. A empresa se reuniu ontem com o Sindicato e afirmou que ainda não tem data para liberação do dinheiro. Há apenas uma previsão não confirmada para o próximo dia 15. Os salários deveriam ter sido pagos no dia 30 de maio.

Na última terça-feira, os trabalhadores da unidade 2 (Tamoios) da Avibras deram três dias para que a empresa regularizasse a situação. O prazo termina hoje. Diante dessa situação, os trabalhadores já estão se organizando para engrossar as manifestações do dia 11 de julho.

Acordo que a GM realiza não é ideal, mais gera empregos

Nos últimos dois meses, São José dos Campos acompanhou apreensiva as negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a direção da General Motors para a vinda de um investimento de R$ 2, 5 bilhões. Nos ônibus, supermercados, elevadores, a pergunta era a mesma: o acordo entre a GM e o sindicato foi aprovado? O ‘fantasma’ das 598 demissões, ocorridas em março, e o medo de que os trabalhadores não aprovassem a proposta para que a GM investisse na produção de um novo carro, o que poderia causar mais demissões, fizeram com que todos torcessem pela aprovação.

No centro das discussões, o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o “Macapá”, um figura tímida, mas “bom ouvinte”, como ele mesmo se define, que teve importante papel nessa negociação. Em entrevista a O VALE, ele falou sobre como foi chegar ao acordo com a GM e conseguir a aprovação em assembleia com os funcionários do complexo. Leia a seguir os principais trechos.

Como o senhor avalia a aprovação da proposta da GM em assembleia?
No dia seguinte da assembleia, eu fui numa concessionária de veículos na cidade e, chegando lá, fui abraçado por uma senhora porque conseguimos aprovar a proposta com a GM. Percebi que existia uma expectativa muito grande da cidade. Acho que o sindicato teve um grande acerto, defender os empregos na GM é defender a cidade.

O Sindicato dos Metalúrgicos sempre foi acusado de ter uma postura intransigente. O senhor, como presidente, está mudando esse perfil?
Eu não acho que o sindicato mudou de postura. Sindicato existe para defender o trabalhador. Numa negociação difícil como foi essa, é preciso fazer mediação. Nós buscamos um ponto menos desfavorável. Nós sofremos uma derrota, não foi bom o acordo, banco de horas não é saudável, as empresas não tem necessidade de rebaixar salários. Antes de tudo, o resultado dessa negociação foi um trabalho de equipe. Aqui quero falar da participação do Mancha (Luiz Carlos Prates) e do Toninho (Antonio Donizete Ferreira).

Como é o ‘presidente Macapá’?
Sou uma pessoa que procura ouvir, o mundo pode estar desabando e eu vou estar te ouvindo com tranquilidade, mesmo não concordando às vezes, consigo ouvir bem. Eu acho que se constroem grandes lideranças em momentos de conflitos grandiosos como esse que nós estamos atravessando aqui. Esse é o teste, ou você passa ou você se arrebenta.

O que o senhor achou do resultado da assembleia?
O trabalhador sabe que nós chegamos ao nosso limite. Na visão dos trabalhadores, para o que a empresa queria, do que foi o produto final da negociação, tiramos leite de pedra. Ficamos numa situação muito desfavorável. Poderíamos ter saído deste acordo numa situação muito pior do que esta aí. Nos últimos sete dias, foi uma pressão muito forte contra o sindicato. Nós chegamos para negociar na última segunda-feira numa situação muito complicada. A empresa chegou mais fortalecida. O sindicato não ia abandonar as negociações, porque essa não é nossa postura política. No fim, chegamos a um acordo que não foi para o trabalhador e nós falamos a verdade para eles. O acordo traz flexibilização, reduz direitos e rebaixa salários. Poderíamos mentir, mas a seriedade do sindicato é tão forte que a aprovação foi reflexo disso aí.

E as 750 demissões no MVA, linha de produção do Classic? Por que o sindicato não conseguiu reverter essas demissões que devem ocorrer no final do ano?
Em janeiro, fechamos um acordo com a GM que garante a produção do Classic até dezembro. Como todo acordo, pode ser prorrogado ou não. A fábrica nova vai ser construída no MVA, que vai precisar ser desativado para construir a nova fábrica. Nos últimos 18 meses, as negociações da GM são a nossa principal preocupação. Na semana que vem, vai ser aberto um Plano de Demissões Voluntárias. Hoje a empresa tem 130 aposentados e 900 no período de pré-aposentadoria. Se a GM quiser, ela aposenta todo mundo, como ela já fez no passado. Esse processo de negociação entre o sindicato e a GM continua. O PDV aberto para a fábrica toda. Nós vamos tentar negociar a transferência dos funcionários. Também garantimos neste acordo que os demitidos terão preferência no processo de seleção da nova fábrica em 2017. A luta pelos empregos continua.

Futuro da GM é definido hoje na cidade

Os funcionários da GM têm hoje um dia decisivo para aprovar ou não a proposta de acordo fechada entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a montadora, para viabilizar um investimento de R$ 2,5 bilhões na cidade. O sindicato vai reunir os trabalhadores às14h30,no bolsão da S-10, para que eles decidam em assembleia sobre o futuro dos investimentos da montadora.

Antes de levar a proposta para a votação, os dirigentes sindicais distribuíram 5.000 informativos na empresa, para explicar aos trabalhadores os principais pontos do acordo. “A expectativa é de que seja uma assembleia muito participativa, em que a decisão final cabe ao trabalhador. Independente da opinião do sindicato, os trabalhadores vão votar e a decisão será acatada”, informou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o “Macapá”.

Nos bastidores, empresários, vereadores, prefeitura e sindicalistas acreditam que a proposta será aprovada em assembleia. Sindicalistas e montadora, demoraram cerca de dois meses para chegar a um consenso, sobre a proposta que será votada hoje.  O acordo é válido para os funcionários que vierem a ser contratados para a nova fábrica, que tem previsão de começar a funcionar em 2017.

A GM começou as negociações oferecendo um piso salarial de R$ 1.560, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 8.000 e 14 anos para a duração do acordo. O sindicato queria um piso de R$ 1.890, PLR a ser definida posteriormente (hoje é de R$ 15.384) e um acordo de, no máximo , 4 anos. A proposta fechada na última segunda-feira, definiu que o piso salarial para os novos funcionários será de R$ 1.700 (reajustado pelo INPC a partir de 2014), PLR de R$ 10 mil (reajustada a partir de 2015/16/17) e um prazo de 6 anos para a duração do acordo, contando a partir de 2017.

A direção da GM aguarda com expectativa a decisão da assembleia. Segundo o diretor de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan, a decisão será levada à direção geral da GM, que deve anunciar na primeira semana de julho, onde será investido os R$ 2,5 bilhões. “Estamos torcendo para que seja em São José”, disse Moan. Em entrevista ao jornal, o prefeito Carlinhos de Almeida, disse que acredita na aprovação da proposta. A prefeitura vai dar isenção fiscal e construir um distrito industrial para os fornecedores da GM se instalarem na cidade.

Investimento da GM é garantido na cidade

Um dia depois de a General Motors conseguir fechar um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José que pode viabilizar um investimento de R$ 2,5 bilhões para a montadora implantar uma nova fábrica na cidade, a prefeitura já se mobilizou para garantir os investimentos na cidade, que podem gerar até 6.000 empregos diretos e indiretos. O prefeito Carlinhos de Almeida (PT) disse que o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Sebastião Cavali, procurou ontem a GM para fazer o protocolo de isenção de impostos municipais.

A prefeitura vai oferecer isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto sobre Serviços) para a empresa se instalar em São José. O Estado também deve conceder isenção de impostos. Além disso, o governo municipal já anunciou que vai construir um distrito industrial, ao lado da GM para abrigar prioritariamente os fornecedores da empresa e outros setores produtivos.

O sindicato fará uma assembleia na portaria da GM amanhã, a partir das 14h30, para os trabalhadores decidirem se aprovam ou não o acordo que foi fechado anteontem. Os principais pontos do acordo, que valerá para os novos funcionários que vierem a ser contratados em 2017, são piso salarial de R$ 1.700, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 10 mil e manutenção da estrutura salarial atual. O acordo tem validade de 6 anos, a partir de 2017.

Carlinhos destacou o empenho feito pelos governos federal, estadual e municipal para que a montadora invista na cidade. “Vencemos várias etapas e estas negociações demonstraram a maturidade da empresa e do sindicato para o diálogo”, afirmou o prefeito. Carlinhos espera que os trabalhadores aprovem o acordo na assembleia de amanhã. “Confio que os trabalhadores irão decidir pelo melhor para a cidade”, afirmou.

Nos últimos dois meses, GM e sindicato se reuniram 8 vezes para discutir uma proposta de acordo. A reunião decisiva, realizada anteontem na sede do Ciesp na cidade, durou mais de 8 horas. “Trabalhamos bastante para buscar uma proposta que viabilize o investimento no município. Chegamos a um acordo que dá condições para São José competir com outras cidades e países que disputam esse investimento”, disse o presidente de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan. Ele também afirmou que o acordo não foi o ideal, “mas está factível de ser apresentado à diretoria geral da GM para decidir se o investimento vem ou não para São José”, afirmou o executivo. A previsão dele é de que essa decisão seja tomada na primeira semana de julho.

Trabalhadores. O sindicato também considerou que esse não foi o acordo “ideal”, mas que eles conseguiram garantir novos benefícios. “Fica mantida a atual grade salarial da empresa. Os funcionários que vierem a ser contratados para a nova fábrica, se a GM investir em São José, não poderão ser transferidos para as demais áreas da empresa”, afirmou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’.

O diretor da regional do Ciesp em São José, Almir Fernandes, aguarda apreensivo a decisão sobre o investimento da GM. “O que nos preocupa é que o acordo que foi fechado ficou acima do que era esperado pela GM. Vamos ver se, com isso, a montadoa vai querer investir na cidade.” A GM chegou a oferecer piso de R$ 1.560. O valor foi fechado em R$ 1.700. A empresa ofereceu PLR de R$ 8.000. A proposta fechou em R$ 10 mil. A montadora queria que o acordo fosse para 14 anos. O sindicato falou em 4 anos. O acordo tem validade de 6 anos, a partir de 2017.

Mesmo que os funcionários aprovem amanhã o acordo entre o sindicato e a empresa, ainda não é certo que a GM invista na cidade. O resultado da assembleia,segundo o diretor da GM Luiz Moan, será levado para a diretoria geral da empresa decidir sobre os investimentos. “A decisão vai depender do comparativo com as demais propostas para que a gente possa ter a boa ou a má notícia por parte da empresa”, afirmou Moan após o acordo.

Produções de carros aumenta nas fabricas da cidade

As montadoras registraram um avanço de 30,7% na produção de veículos em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a março, a alta foi de 6,8%. As 340,9 mil unidades fabricadas representam o maior volume já registrado no ano. O resultado, divulgado ontem pela Anfavea (associação das montadoras), reflete o forte avanço nas vendas de abril. O crescimento de 29,4% garantiu o melhor mês do ano (333,7 mil unidades), e surpreendeu positivamente o mercado. A prorrogação da alíquota reduzida de IPI até dezembro, anunciada pelo governo no final de março, afastou temor de redução nos volumes ao longo do ano.

Na região, as concessionárias de veículos comemoram. “Oferecemos muitas oportunidades para quem quiser sair da loja de carro novo. O mercado está bem aquecido”, disse William Graciola, diretor da Veibrás, concessionária de carros da General Motors. Em abril, segundo ele, a empresa vendeu 400 veículos, incluindo modelos seminovos. “Foi um ótimo número comparado com março. Esperamos que a tendência se mantenha”. “O cliente vai encontrar muitas ofertas nas promoções e nos feirões, seja na loja ou em lugares especiais”, disse Marco Aurélio Silva, gerente da Itavema Fiat, em São José.

O Vale

Publicado em: 08/05/2013

Empresa GM tem planos para tentar resgatar a fabrica

A General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos iniciaram negociações, com base no último acordo firmado entre as partes, em janeiro deste ano, para tentar viabilizar investimentos de R$ 2,5 bilhões na planta da empresa no município. A GM planeja lançar um novo carro e o complexo industrial de São José dos Campos é candidato a receber a nova linha de montagem.

Outros dois países também disputam os investimentos, segundo informou Luiz Moan, diretor de Assuntos Institucionais da GM. O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, disse que as conversações com a GM foram iniciadas em abril e são reflexo do acordo firmado pela entidade com a montadora em janeiro. “Uma das cláusulas do acordo prevê que qualquer novo investimento da empresa no Brasil precisa, primeiro, ser negociado com São José dos Campos. Foi uma conquista, depois de muita luta”, disse o dirigente.

Por questões de sigilo, o sindicato não dá detalhes sobre o que vem sendo negociado, mas Macapá disse que a entidade está “empenhada em fechar novo acordo para garantir que os investimentos sejam aplicados no complexo de São José”. Segundo o sindicalista, trata-se de um projeto de vulto que implica ampliação da fábrica de São José, caso seja escolhida para receber a nova linha de montagem.

Pelo último acordo firmado com a GM, o piso salarial que era de R$ 1.840 foi rebaixado para R$ 1.712, além de flexibilização da jornada de trabalho, entre outros itens negociados. A GM também mantém conversações com a prefeitura e com o governo do Estado sobre a concessão de benefícios fiscais para completar as negociações. O anúncio do local da produção do novo modelo deve ser feito no começo de junho, segundo Macapá.

O Vale

Publicado em: 06/05/2013

1° Semestre marca Embraer com queda nos lucros

A Embraer registrou queda de 67% no lucro líquido do primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2012. Balanço financeiro divulgado ontem à noite pela companhia mostra que o lucro da empresa no período foi de R$ 61,7 milhões ante R$ 187,6 milhões na mesma base de comparação de 2012. A receita líquida da empresa cresceu 5,6% e saltou de R$ 2,042 bilhões para R$ 2,15 bilhões no período comparado, segundo o relatório.

A empresa informa que a receita cresceu impulsionada pela desvalorização do real frente ao dólar. No entanto, a redução do volume de entregas de aeronaves e os custos impactaram o resultado financeiro do trimestre. O balanço mostra que os custos de mão de obra e o mix de produtos com menor valor agregado entregues no período derrubaram a rentabilidade da empresa.

Os custos cresceram 6,8%, acima do aumento da receita, o que levou a margem bruta a uma queda de 1,2 ponto percentual na comparação anual, para 22,3%. “O mix de produtos e as receitas de diferentes segmentos de negócio, em conjunto como díssidio coletivo no final de 2012, contribuiram para uma menor Margem Bruta no primeiro trimestre de 2013”, informa o relatório financeiro.

As despesas operacionais cresceram 25,6% e somaram R$ 400,7 milhões, levando o lucro antes de juros, impostos e depreciação e amortização (Ebtda, na sigla em inglês) a um recuo de 23,8%, para R$ 200 milhões. A margem Ebtda caiu de 12,9% no primeiro trimestre do ano passado para 9,3%. Outro fator apontado pela companhia que impactou as finanças foi o Imposto de Renda. No primeiro trimestre deste ano, a Embraer pagou R$ 4milhões de IR. No ano passado, a companhia registrou receita de R$ 50,1 milhões com a reversão de impostos.

O balanço mostra que a receita da aviação comercial no primeiro trimestre foi de R$ 1,272 bilhão ante R$ 1,345 bilhão em igual período do ano passado. O segmento de Defesa & e Segurança registrou crescimento de receita no período. Os dados mostram que o setor atingiu receita de R$ 498 milhões ante R$ 404 milhões na base de comparação do ano passado. A Aviação Executiva atingiu receita de R$ 347 milhões no primeiro trimestre deste ano. No ano passado, o segmento faturou R$ 270 milhões no período comparado.

A empresa entregou 17 aeronaves comerciais e 12 aeronaves executivas no primeiro trimestre. Isso representa uma redução de 4 aeronaves comerciais e 1 aeronave executiva em relação ao mesmo período do ano passado. A Embraer anunciou ontem assinatura de um contrato com a United Airlines, dos Estados Unidos, para a venda de 30 jatos Embraer 175, com opções para mais 40 aeronaves do mesmo modelo, com potencial para um total de até 70 aviões. Se todas as opções forem exercidas, a encomenda combinada tem um valor estimado de US$ 2,9 bilhões a preços de lista.

Este é o segundo maior contrato para a venda do modelo dessa aeronave efetivada este ano. Em janeiro, a companhia anunciou a venda de 47 jatos E175 para a Republic Airways, com opção para 47 unidades, em contrato que pode chegar a US$ 4 bilhões, se todas as opções foram exercidas pela aérea norte-americana. Os E175 para a United Airlines serão operados sob a marca United Express. Os aviões serão configurados com 76 assentos e a primeira entrega está prevista para o primeiro trimestre de 2014. “Estamos muito satisfeitos com este pedido, pois reforça e amplia a nossa parceria com a United Airlines, então como Continental Airlines”, disse em Paulo Cesar Silva, presidente da Embraer Aviação Comercial.

O Vale

Publicado em: 30/04/2013