Empresas de Aviação fazem acordo na cidade

A Embraer, de São José dos Campos, e a Boeing anunciaram ontem que vão formar parceria para a promoção e venda do cargueiro militar KC-390, projeto da fabricante brasileira em fase de projeto. O anúncio foi feito no Paris Air Show, salão aeronáutico que acontece no aeroporto de Le Bourget, em Paris. Segundo as companhias, pelo acordo, a Boeing irá liderar as campanhas de vendas do KC-390, oferecendo também suporte e treinamento, nos EUA, no Reino Unido e em mercados selecionados do Oriente Médio. A Embraer irá fabricar a aeronave e colaborar nas vendas, suporte e treinamento, informou a empresa.

“O KC-390 é uma aeronave extremamente capaz e que continua a atrair o interesse de várias nações e a experiência da Boeing no campo do transporte militar é ideal para uma parceria no mercado internacional”, disse em nota Luiz Carlos Aguiar, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, responsável pelo projeto do KC-390. “Este acordo fortalece o nível de cooperação entre ambas as empresas e as indústrias de defesa do Brasil e dos Estados Unidos”, concluiu o executivo. O KC-390, projeto contratado pela FAB (Força Aérea Brasileira), em 2009, é a maior aeronave a ser fabricada no Brasil e estabelece novos padrões em termos de desempenho, carga, capacidade, flexibilidade e custos de ciclo de vida, com emprego multi-missão de transporte militar de médio porte e reabastecimento aéreo com capacidades avançadas.

Segundo a Embraer, as estimativas iniciais do mercado potencial para o KC-390 são de aproximadamente 700 aeronaves, mas esse número poderá aumentar com a inclusão de novos mercados. A aeronave já concluiu a Revisão Crítica de Projeto (CDR) e o desenvolvimento está dentro do cronograma previsto. O primeiro voo deve ocorrer em 2014 e a produção seriada, a partir de 2015. A Embraer divulgou também a confirmação de vendas de 16 E-Jets para várias companhias aéreas.

A venezuelana Conviasa confirmou a compra de mais 7 Embraer 190. A JAL (Japan Airlines) também confirmou a aquisição de mais quatro jatos 170. Já a Air Costa, da Índia, confirmou a compra de dois E-Jets 170 e um 190. A Air Lituânica, da Lituânia, também confirmou a aquisição de um modelo 170 e outro 175, para suas rotas na Europa. A empresa é nova cliente da Embraer. Os anúncios foram feitos no salão aeronáutico de Le Bourget, em Paris, França.

O grupo europeu EADS, que possui entre suas divisões a Airbus, anunciou ontem que vai se instalar no Parque Tecnológico de São José dos Campos, com o objetivo de desenvolver atividades de pesquisa e tecnologia (P&T) em cooperação próxima com entidades brasileiras. A divulgação ocorreu no Paris Air Show, salão aeronáutico que acontece no aeroporto de Le Bourget, em Paris.

Numa primeira etapa, o novo centro vai acolher pesquisadores e técnicos da Cassidian, a divisão de defesa e segurança do Grupo EADS, que estará trabalhando no desenvolvimento e melhoramento de seus projetos de defesa e segurança, incluindo a transferência de tecnologia para o governo brasileiro e para as instituições de ensino, bem como as empresas nacionais. No Parque Tecnológico, o grupo vai ocupar uma área inicial de 140 metros quadrados. Entre os prováveis projetos do novo centro de pesquisas da Cassidian estará o desenvolvimento de uma solução de software para o monitoramento de zonas marítimas, dentro do programa conhecido como Amazônia Azul.

Empresa de Aviação ganha parceiros na cidade

A gigante da aviação mundial Boeing planeja impulsionar o Centro de Pesquisa e Tecnologia que irá implantar em São José dos Campos com as parcerias firmadas pela companhia com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O centro será instalado no Parque Tecnológico de São José. A empresa já iniciou a adequação do espaço, que terá inicialmente cerca de 400 metros quadrados no núcleo do complexo.

A previsão de inauguração é novembro, mas a empresa trabalha para iniciar as atividades antes dessa data, informou Antonini Puppin Macedo, diretor de Operações e Coordenação de Pesquisas da Boeing no país. “Uma da principais razões por termos escolhido São José dos Campos e o Parque Tecnológico é a sua proximidade a três de nossos parceiros colaboradores –DCTA, Inpe e Embraer”, disse o executivo.

Com o DCTA e seus institutos, principalmente IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) e ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), serão desenvolvidas pesquisas na área de voo, energia e meio ambiente (biocombustíveis), materiais, sistemas de lançamento de órbita baixa e ensino e treinamento em engenharia.

A Boeing planeja também trabalhar com o ITA e universidades parceiras da empresa, entre elas o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e Stanford, parcerias acadêmicas e para a expansão do ITA. Com o Inpe, a Boeing vai trabalhar em projetos nas áreas de sensoriamento remoto com foco no manejo de culturas energéticas para a produção de biocombustíveis para a aviação, espaço, desenvolvimento e integração de sensores aéreos e terrestres, entre outras atividades. A seleção de pessoal deve começar em breve.

A Boeing e a Embraer estabeleceram cooperação em pesquisa de biocombustível para a aviação e no programa do cargueiro militar KC-390 em fase de desenvolvimento pela empresa brasileira. No campo de novas fontes de energias sustentáveis, a duas empresas lançaram esta semana o “Plano de Voo para Biocombustíveis de Aviação no Brasil”.

O programa é em parceria com a Fapesp (Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). O objetivo é incentivar a criação de uma indústria do biocombustível para a aviação no Brasil. O país tem algumas linhas de pesquisa para o desenvolvimento do biocombustível, tendo como matéria-prima a cana-de-açúcar, a soja, o eucalipto ou o pinhão manso. A questão é a produção de biocombustível em larga escala para substituir o querosene específico para a aviação. Segundo as empresas, o próximo passo é criar uma coordenação nacional e o envolvimento da iniciativa privada e de órgãos governamentais.

Já para o programa do KC-390, as duas empresas assinaram cooperação para compartilhamento de conhecimentos técnicos específicos e a avaliação conjunta de mercados onde poderão estabelecer estratégias de vendas no segmento de aeronaves de transporte militar de médio porte. A cooperação para o programa KC-390 é parte de um amplo acordo assinado pela Boeing e pela Embraer em abril do ano passado, quando as empresas anunciaram cooperação em diversas áreas, incluindo funcionalidades para aeronaves comerciais que aumentem sua segurança e eficiência, pesquisa e tecnologia. No acordo está estabelecido a possibilidade de parcerias comerciais entre as duas indústrias.

Embraer tem plano para Desenvolvimento Ambiental

A Embraer e a Boeing lançaram hoje, em parceria com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), um plano de ação para desenvolver a indústria do biocombustível para a aviação no país, o bioQAV.

“O Brasil tem uma grande vantagem competitiva para desenvolver essa indústria, com toda a experiência do Pro Álcool e do biodiesel”, afirmou a presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinack. O país já tem algumas linhas de pesquisa para o desenvolvimento do biocombustível, tendo como matéria-prima a cana-de-açúcar, a soja, o eucalipto ou o pinhão manso. A grande questão é criar escala para que esses produtos cheguem na bomba de abastecimento dos aeroportos a um preço competitivo com o QAV (querosene de aviação).

O presidente da Fapesp, Celso Lafer, afirmou que a entidade do governo paulista está aberta a receber propostas de financiamento por parte do setor privado e universidades para o desenvolvimento de pesquisas na área. As companhias aéreas do mundo todo estão sendo pressionadas a reduzir as emissões de CO2. A meta é reduzir pela metade as emissões em 2050, tendo como base de comparação as emissões realizadas em 2005. Já há algumas refinarias certificadas para vender o bioQAV, mas os custos são de três a 10 vezes mais do que o combustível de petróleo.

“Como fabricantes, estamos concentrando esforços para fazer aviões mais eficientes. Mas a única forma de atingir a meta é com o combustível alternativo”, afirmou o vice-presidente executivo de engenharia e tecnologia da Embraer, Mauro Kern. Para o especialista em aviação Adalberto Febeliano, falta uma política governamental para o fomento do setor. “A companhia aérea já está pressionada pelos custos do combustível e ela só vai trocar pela alternativa verde se o custo for o mesmo ou mais barato”, diz Febeliano. “Mas o petróleo um dia vai acabar e não podemos ser pegos de surpresa, precisamos começar a viabilizar essa indústria hoje.”

Para ele, o Brasil tem todas as condições agrícolas para produzir muito bioQAV. “Mas é preciso coordenar esforços e dar uma diretriz. Sem isso a gente não avança.” Um dos pleitos do setor seria a redução de impostos sobre o bioQAV.

Cidade terá instalação de Centro de Pesquisa da Boeing

A gigante da indústria aeronáutica e espacial norte-americana Boeing anunciou ontem que implantará seu Centro Brasileiro de Pesquisa e Tecnologia no Parque Tecnológico de São José. Inicialmente, a Boeing vai ocupar uma área de 400 metros quadrados no núcleo do Parque Tecnológico, mas a empresa tenciona comprar uma área no entorno do núcleo para a expansão do novo Centro de Pesquisa e Tecnologia no Brasil.

A previsão é que o novo polo de pesquisas seja inaugurado em novembro deste ano, segundo informou a assessoria da empresa. O valor do investimento não foi divulgado. O anúncio ocorreu na LAAD (Feira Latino-Americana de Defesa e Segurança), aberta ontem, no Riocentro, no Rio de Janeiro.

O centro será composto por até 12 pesquisadores e cientistas da Boeing que vão investigar e desenvolver projetos de tecnologia aeroespacial com instituições de tecnologia do governo brasileiro, incluindo o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) bem como empresas brasileiras como a Embraer.

O Centro de Pesquisa e Tecnologia da Boeing Brasil servirá como ponto central de colaboração da empresa com universidades de todo o Brasil, incluindo a Universidade de São Paulo e a Universidade Federal de Minas Gerais. “O ambiente inovador do Parque Tecnológico de São José dos Campos, a proximidade com instituições de pesquisa parceiras e o apoio municipal tornam o local ideal para o trabalho de pesquisa e tecnologia da Boeing no Brasil”, disse Al Bryant, vice-presidente da Boeing Pesquisa e Tecnologia Brasil.

“Estamos muito animados em dar esse próximo passo no fortalecimento do nosso relacionamento com a comunidade brasileira de pesquisa e desenvolvimento para desenvolver tecnologia para o mundo”, acrescentou Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil. Presente ao evento, o prefeito de São José, Carlinhos Almeida (PT), disse que “como uma cidade que busca estar na vanguarda da inovação para o Brasil, é fundamental que estabeleçamos parcerias com empresas como a Boeing, que desenvolvem tecnologia para uso global”.

Sendo o sexto centro de pesquisa avançada da Boeing fora dos Estados Unidos, o Centro de Pesquisa e Tecnologia da Boeing Brasil concentrará seu trabalho em biocombustíveis sustentáveis para aviação, gestão avançada de tráfego aéreo, metais e biomateriais avançados e tecnologias de suporte e de serviços. A companhia já possui parceria com a Embraer em pesquisas de combustível limpo.

O Vale

Publicado em: 10/04/2013

Empresa Norte-Americana quer instalação na cidade

Representantes da norte-americana Boeing visitaram o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (11), para fechar acordos para desenvolvimento de pesquisas. A colaboração deve acontecer em áreas como ciências de vôo, energia e satélites.

As parcerias são o primeiro passo para a implantação do centro de pesquisas que a fabricante de aviões pretende instalar no ano que vem no Brasil. A Boeing ainda não fez o anúncio oficial, mas existe a possibilidade do centro ser em São José dos Campos.

O vice-presidente da Boeing, Matthew Ganz, disse que não é à toa que a primeira cidade que ele visita é São José dos Campos e que ele gostaria de estar próximo de seus principais parceiros, o DCTA e o INPE.

“No INPE eu tive exemplos excelentes de tecnologia espacial, grandes oportunidades de cooperação futura e nós vamos trabalhar fortemente com eles. Além disso, no DCTA e no ITA, além de toda variedade de tecnologias, de possibilidades de trabalho conjunto e desenvolvimento em conjunto, a Boeing tem grande interesse de trabalhar com educação, engenharia, treinamento e isso vai ser desenvolvido fortemente”, revelou.

Programa FX-2
A norte americana Boeing é uma das fábricas concorrentes que quer vender caças para o programa brasileiro FX-2. O Brasil deve comprar 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). As outras empresas que estão na disputa são a francesa Dassault e a sueca SAAB. O governo brasileiro precisa anunciar a compra até o dia 31 de dezembro. O vice-presidente da Boeing disse que o projeto da empresa para o Brasil é de longo prazo e não depende do programa FX-2.

G1 (Vnews)

Publicado em: 12/12/2012

Força Aérea Brasileira tenta modernizar frota do país

Relatório técnico da FAB (Força Aérea Brasileira) aponta o caça norte-americano F-18 Super Hornet, produzido pela Boeing, como a melhor opção para modernizar a frota brasileira, foco do programa F-X2, que se arrasta desde 2001. Além do caça americano, concorrem ao contrato do governo brasileiro, estimado em R$ 10 bilhões, o modelo francês Rafale e o sueco Gripen NG.

O documento da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate) da FAB, divulgado no último sábado pela revista IstoÉ, mostrou que a escolha seguiu critérios técnicos e que fora apresentada ao governo federal havia dois anos, tendo sido engavetada pelo então ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A preferência dele era pelo modelo francês, uma opção mais política do que técnica e que chegou a ser comentada publicamente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apoiava a escolha. Contudo, a decisão pela compra dos caças ficou nas mãos da presidente Dilma Rousseff (PT), que deve se apoiar nos critérios técnicos da FAB para definir o modelo.

O Ministério da Defesa informou que a presidente é quem fará a escolha e que não há um prazo definido para a decisão. Em nota, a FAB informou que “aguarda a aquisição das aeronaves” e que este “é um assunto que está na alçada da Presidência da República”.

Os militares disseram ainda que a compra de “qualquer uma das três aeronaves representaria um salto considerável na capacidade operacional”. Para assessores, Dilma teria revelado que está disposta a resolver a questão antes do vencimento das propostas comerciais, em 31 de dezembro. Para tanto, a presidente escolheria a proposta que trouxesse mais vantagens ao desenvolvimento do país.

No relatório, a FAB garante que a compra do modelo americano é a mais vantajosa. Uma das vantagens seria a parceria entre a Boeing e a Embraer, que já estariam trabalhando na minuta de um contrato de cooperação. A Boeing se comprometeria a entregar o maior programa de contrapartida já oferecido pelos EUA a qualquer país fora da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Oficialmente, nenhuma das empresas comenta o acordo. Para Agliberto Chagas, gerente executivo do Cecompi (Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista), a Boeing estaria em uma posição mais favorável pelo relacionamento que vem estabelecendo com empresas do setor aeroespacial da região.

O Vale

Publicado em: 11/12/2012

Empresário participaram de encontro de apresentação

Fabricante norte-americana de aviões, a Boeing promove amanhã encontro com empresários da região no Parque Tecnológico de São José, das 9h às 11h30. A entrada é aberta a empresários interessados na cadeia de fornecimento aos projetos da Boeing no Brasil.

Também participarão do encontro representantes de fornecedores do caça F-18 Super Hornet, como as empresas General Electric, Raytheon, Northrop Grumman e Honeywell. A Boeing disputa a concorrência do F-X2, programa da Força Aérea Brasileira para a compra de 36 caças estimado em R$ 10 bilhões e que se arrasta há 16 anos. As outras concorrentes são a francesa Dassault, com o caça Rafale, e a sueca Saab, com o avião Gripen NG.

O encontro busca alavancar fornecedores para os projetos que a Boeing está discutindo com empresas brasileiras, principalmente a Embraer, que será responsável pela montagem e desenvolvimento do caça.  Trata-se de estratégia da empresa para fortalecer o lobby pela vitória do caça F-18 na concorrência da FAB.

Embora a empresa negue que o desfecho do FX-2 tenha relação com as parcerias, nos bastidores é sabido que a palavra da Embraer terá importante peso na decisão do governo brasileiro, que deve ser anunciada ainda neste ano. No mês passado, a Boeing formalizou parceria com a Embraer para o cargueiro KC-390. Em março, fez acordo com a AEL, subsidiária da Embraer com a israelense Elbit.

O Vale

Imagem: Veja.Abril

Embraer realiza associação para aumento de vendas

Para ampliar as suas opções de mercado e adquirir a ‘expertise’ de uma empresa com experiência do setor de defesa, a Embraer firmou uma parceria com a norte-americana Boeing para o desenvolvimento do cargueiro militar KC-390.

O acordo, anunciado ontem em São Paulo, prevê elaboração de estratégia de vendas em locais onde a Boeing já possui contratos, além dos próprios Estados Unidos, vitrine que a Embraer tem buscado desde que entrou no mercado militar.

Na fase de estudos iniciais do KC-390, a Embraer havia excluído de seu leque de opções para venda países onde outras companhias já fabricavam cargueiros, como os Estados Unidos, Canadá, Índia e Rússia. Com o acordo assinado ontem, a intenção é expandir sua chance de venda. No entanto, os executivos de Embraer e Boeing evitaram detalhar quais mercados serão alvo da nova estratégia.

“Uma das partes deste acordo é rever esse estudo que inicialmente excluía EUA, Canadá, Índia e Rússia, mas não significa que todos serão incluídos nessa parceria”, disse o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar. A mesma linha foi adotada pelo presidente da Boeing Defesa, Espaço e Segurança, Dennis Muilenberg. “Vamos aguardar a nossa análise de mercado”, disse o executivo norte-americano ao ser questionado sobre que mercados seriam focados com a nova parceria.

Ainda assim, Aguiar admitiu que a entrada do cargueiro nos EUA teria importante significado para a Embraer. “Teria muita importância. Basta ver o exemplo do C-17 cargueiro produzido pela Boeing que completou 20 anos de operação no ano passado, com 270 unidades entregues, trabalhos em diversos países”, disse Aguiar.

Os representantes das fabricantes de aeronaves também não detalharam como será a participação financeira da Boeing sobre as vendas do KC-390. Questionado se a empresa norte-americana receberia comissão pelas vendas, Aguiar disse que o modelo da parceria ainda seria definido.

“Nós brasileiros temos a mania de achar o que o outro está ganhando. Esse é um processo para ajudar as duas empresas”, afirmou Aguiar. O KC-390 é um projeto da FAB (Força Aérea Brasileira) iniciado em 2009, no qual a Embraer foi selecionada para desenvolver o projeto e selecionar as empresas parceiras.

O cargueiro KC-390 já possui 60 intenções de compra de diversos países. O primeiro voo da aeronave está programado para 2014 e sua primeira entrega foi projetada para 2016.

O Vale

Empresas e Fapesp iram desenvolver combustível alternativo para aviões

A Embraer, de São José dos Campos, assina amanhã com a ‘gigante’ norte-americana Boeing e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) uma parceria para o desenvolvimento de pesquisas na área de biocombustível para o setor aeronáutico.

O acordo prevê a criação de um centro de pesquisas a ser incorporado por uma universidade paulista que será escolhida por edital. A proposta foi anunciada em julho e confirmada ontem durante a Fapesp Week, evento sobre ciência e tecnologia que acontece em Washington (EUA).

Com verba inicial de R$ 300 mil, o projeto será tocado, nos primeiros nove meses, por uma equipe liderada pelo engenheiro agrícola da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Luís Augusto Cortez e pelo pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) Francisco Nigro, que farão estudo sobre dificuldades da produção de biocombustível.

A intenção é definir qual combustível trará mais benefícios ao setor bioetanol ou biodiesel. Depois desses nove meses, o edital para a escolha da universidade parceira será lançado. Para participar das pesquisas, a Boeing, líder mundial no mercado de aviação, criou uma divisão chamada Boeing do Brasil, presidida por Donna Hrinack, que já foi embaixadora dos Estados Unidos no Brasil.

Para o economista da Unicamp, especializado no setor aeronáutico, Marcos Barbieri, a parceria vai de encontro com o que ele considera ideal para o sucesso do desenvolvimento de novos combustíveis para o setor de aviação.

“A busca por alternativas de combustíveis chamados ‘verdes’ no mundo está cada vez maior. Essas pesquisas devem ser fruto de uma união entre governo, empresas ligadas ao setor e os institutos de pesquisa das universidades. O país se prepara para ser, se não o maior, um dos maiores exportadores de biocombustível do mundo nos próximos anos”, afirma Barbieri.

O valor a ser desembolsado pelas empresas para as pesquisas não foi divulgado. De acordo com o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, projetos da mesma espécie custam cerca de R$ 3 milhões por ano. Presidente da Boeing Internacional, Shep Hill, a presidente da Boeing Brasil, Donna Hrinak, o vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Mauro Kern, além dos representantes da Fapesp Suely Vilela e Joaquim Engler.

SAIBA MAIS

Parceria
Embraer, Boeing e Fapesp se unem para criação de um centro de pesquisas de biocombustível para aviação

Colaboração
Uma universidade paulista será escolhida por edital para receber o centro de pesquisa

Projeto
Por 9 meses, equipe elaborará estudo para definir qual combustível trará maior benefício para o setor

Líder
Economista considera Brasil como um dos principais exportadores de biocombustível

O Vale