Vandalismo de Protesto gera investimento de melhoria

Os atos de vandalismo ocorridos durante as quatro primeiras manifestações do MPL (Movimento Passe Livre), deixaram um saldo de R$ 300 mil de prejuízo aos cofres públicos de São José dos Campos. Entre os números que assustam está a quantidade de muros pichados e lixeiras destruídas, segundo dados apresentados com exclusividade pela Secretaria de Defesa do Cidadão a O VALE.

Ao todo foram 310 muros pichados, 13 cones de trânsito queimados e 80 lixeiras destruídas, sendo boa parte delas também queimada nas passeatas e confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar, segundo o secretário José Luís Nunes. “Tanto a prefeitura quanto a PM têm o processo de respeitar o movimento pacífico. Imaginávamos que as manifestações fossem pacíficas, conforme havia sido acordado com a liderança, mas o resultado foi isso que vimos nas últimas duas semanas. O prejuízo chega a R$ 300 mil para a prefeitura”, disse.

Foram muitos os tipos de vandalismo. Até árvores foram quebradas, paisagismo destruído, vidraças quebradas, cones que eram usados para a própria organização do trânsito durante a manifestação jogados em fogueiras, pontos de ônibus pichados e quebrados. “Tivemos ainda o custo redobrado com o funcionalismo, por conta da mobilização de todos os guardas, agentes de limpeza e trânsito, entre outros”, disse. “Não podemos deixar de citar que também tivemos um custo alto em logística e remanejamento de equipes que deveriam trabalhar em melhorias para a cidade.”.

Outro problema registrado foram as pichações em áreas e prédios públicos. “Isso é crime e custa caro para o município. Ainda encontraremos muitos problemas para consertar nas próximas semanas.” Para Nunes, não houve ausência de guardas municipais para a proteção do patrimônio público. “Todos trabalharam bastante e desenvolveram o papel de prevenção exemplar, não entrando em conflito com os manifestantes”, disse.

E quem pagará as contas do prejuízo? Segundo o secretário, quem paga sempre as contas são os próprios munícipes que já têm os seus impostos. “Por isso a população, de uma forma geral, está bastante revoltada com os atos de vandalismo e a prefeitura tem de dar uma resposta aos munícipes. A população não quer depredação do patrimônio público da nossa cidade e não aceita este tipo de situação.”

A prefeitura está selecionando imagens de mais de 100 câmeras interligadas ao COI (Centro de Operações Integradas) que registraram dezenas de atos de vandalismo. O material será encaminhado à Polícia Civil. “O material é vasto. São 60 horas de imagens dos equipamentos instalados na região central. Aguardaremos também as informações da polícia para que o Departamento Jurídico da prefeitura analise e cobre na Justiça as indenizações”, disse o secretário.

O prefeito Carlinhos Almeida (PT) disse que a prefeitura não irá tolerar ações violentas como as vistas nos últimos dias pela população. “Todos os autores de vandalismo serão responsabilizados pelo que fizeram. Vão responder na Justiça”, disse o prefeito.