As avenidas mais perigosas de São José dos Campos vão receber um pacote de mudanças para redução de acidentes. Entre as alterações está limitar estacionamentos, suspender conversões e implantar dispositivos nas calçadas, como grades, que obrigam o pedestre a atravessar na faixa.
Plano de ação da Secretaria de Transportes prevê que as intervenções comecem em cinco corredores entre os considerados mais problemáticos, como as avenidas Pedro Friggi, leste, Perseu, zona sul, e João Guilhermino, Nélson D’Ávila e José Longo, na região central.
O trabalho faz parte da primeira etapa do projeto ‘Década’ implantado em maio do ano passado com objetivo de reduzir pela metade o índice de acidentes nesses corredores nos próximos dez anos.
Além deles, integra a ‘lista de alerta’ da administração municipal as avenidas Juscelino Kubitschek, Barbacena, Andrômeda, João Marson, Anel Viário e a Paraibuna. Esse grupo de corredores concentra a maior taxa de acidentes, mortos e feridos no trânsito da cidade.
O secretário de Transportes de São José, Anderson Farias Ferreira, afirmou que as principais alterações estão relacionada a segurança dos pedestres. “A parte de travessias terá mais intervenções para que vão resultar em uma sinalização melhor. Em algumas esquinas vamos ter fechamento da calçada com gradil, em outras haverá rebaixamento da calçada e implantação da sinalização de solo”, afirmou.
O pacote de mudanças foi elaborado após um diagnóstico minucioso que a pasta elaborou sobre esses corredores viários. O levantamento aponta o perfil da avenida se tem muito comércio, escolas e pontos de ônibus e traz ainda um quadro histórico de acidentes desde 2006 com horário e tipo de colisão registrada em cada trecho da via.
A avenida que deve sofrer mudanças mais significativas é a Francisco José Longo, que começa na PIB (Primeira Igreja Batista) e vai até a praça Cândido Dias Castejon, no centro, próximo a Univap.
Nela, os técnicos em trânsito constataram que a permissão do estacionamento em um dos lados e a formação natural do corredor de ônibus acabam prejudicando a fluidez do trânsito. A avenida, que conta com hospitais e escolas, também conta com pontos de travessia de pedestres muito distantes e carece de pontos em alguns trechos que há demanda do morador.
A Secretaria de Transportes pretende rever os pontos de travessia e a permissão do estacionamento no corredor. Já na avenida Nelson D’Ávila está previsto reforçar a fiscalização e colocar grades para obrigar os pedestres a atravessar no local seguro. A prefeitura não divulgou o valor do investimento que será necessário para as mudanças.
O Vale