Agência apresenta relatório com melhoria da água do Paraíba

O relatório “Conjunto dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2012” divulgado pela ANA (Agência Nacional das Águas) aponta melhorias da qualidade da água do rio Paraíba do Sul no Vale do Paraíba. No trecho de São José, o oxigênio dissolvido nas águas do rio subiu de1,2 miligrama por litro em 2009 para 5,2 miligrama por litro em 2011.

A maior concentração de oxigênio, além de melhorar a qualidade da água, contribui para a proliferação de peixes. No entanto, de acordo com o Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) concentração ideal de oxigênio dissolvido em um rio tem que ser entre 7 e 11 miligramas por litro. No Vale, a nota do rio Paraíba subiu em quatro pontos de medição espalhados por São José, Jacareí e Lorena.

Para fazer a comparação, a ANA utiliza o IQA (Índice de Qualidade das Águas). Esse parâmetro reúne diversas análises e é resumido com uma nota de 0 a 100.  De acordo com o relatório, em São José dos Campos a água do rio passou de regular para boa, saltando de 44 para 61 em um determinado trecho e de 50 para 65 em outro. Em Jacareí, o trecho analisado continua em situação considerada boa e a nota também subiu, de 56 para 66. Já em Lorena, a nota do Paraíba do Sul deixou de ser regular e saltou de 50 para 60.

De acordo com o relatório, a melhoria na qualidade da água estaria relacionada a investimentos em saneamento. O gerente distrital da Sabesp em São José dos Campos, José Carlos Vilela, informou que a Sabesp elevou o índice de tratamento de esgoto nos 24 municípios da região onde opera de 53% para 86%, por meio da Unidade de Negócios Vale do Paraíba. A meta é chegar a 100% até 2014.

Segundo ele, na semana passada foram iniciadas as obras do Sistema de Esgotamento da Bacia do Pararangaba, em São José, que devem ser entregues em 30 meses e beneficiarão diretamente 127,5 mil moradores da região leste. O serviço deveria ter sido concluído no ano passado, de acordo com cronograma inicial.

Para o ambientalista Vicente Cioffi, do Fórum Permanente em Defesa da Vida, estas medidas não são suficientes. “Só vamos conseguir reduzir realmente poluição do rio Paraíba com a revitalização das margens. É preciso também reduzir a ocupação imobiliária na região e a extração de areia no rio”, disse Cioffi.

O Vale