Passagens para andar de Trem será de baixo valor

O governo do Estado pretende lançar em novembro o edital da licitação para construir o Trem Intercidades, também chamado de Trem Regional, projeto de uma malha ferroviária de 431 quilômetros que vai unir regiões metropolitanas à capital. Na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, o trem terá estações em São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e Pindamonhangaba.

A previsão do governo é de que o valor da tarifa da viagem entre São José e São Paulo seja em torno de R$ 18, mais barata do que o preço cobrado pelas empresas de ônibus que atuam na região, entre R$ 21 e R$ 23. O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), disse, por meio de nota, que a ideia do trem é estimular o transporte de passageiros sobre trilhos e criar uma alternativa para concorrer com os automóveis, que lotam as estradas.

Segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional, a premissa para o desenvolvimento dos estudos é que a tarifa dos serviços seja “competitiva com os outros modos, para ser atrativa em demanda de passageiros”. A pasta também não descartou viagens entre as cidades da RMVale. “O estudo funcional em desenvolvimento deverá determinar as melhores alternativas de paradas para captação de demanda e manutenção de tempo de viagem atrativa”.

Inicialmente, o Trem Intercidades interligará dois dos principais eixos do Estado. O primeiro entre capital e Campinas, Americana, Jundiaí, Santo André, São Bernardo, São Caetano e Santos. O segundo ligará São Paulo a Sorocaba, São Roque, São José, Taubaté e Pinda, passando por Jacareí. O projeto será feito por meio de PPP (Parceria Público-Privada) entre o governo estadual e a iniciativa privada, com custo estimado em R$ 18,5 bilhões. A duração do contrato será de 30 anos.

Em nota, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional informou que a parceria será na modalidade de concessão patrocinada, com um gasto público de 30% da obra, o que dá R% 5,5 bilhões. Os recursos públicos já estão previstos no orçamento. Serão licitadas a construção da infraestrutura, implantação de equipamentos e sistemas e compra de material para a operação. As obras devem começar no final de 2014.

O primeiro trecho que deve ficar pronto é o da capital até Jundiaí, em 2015. Depois, virão o de Sorocaba e o de Santos. O do Vale do Paraíba ainda não tem data definida para ser iniciado. Na Região Metropolitana de São Paulo, o projeto vai aproveitar a faixa de domínio da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que não tem linhas na RMVale, o que deve atrasar a construção do trem na região.

O Vale

Publicado em: 02/05/2013

Na cidade, o trem chegará a 80Km por hora

O projeto desenvolvido pelo Ipplan prevê que o futuro VLT de São José poderá trafegar a até 80 km/h em alguns trechos. A velocidade média, porém, será de 30 km/h. O futuro metrô de superfície terá capacidade para transportar 495 mil passageiros por dia, após a conclusão de todas as etapas da obra.

Pela modelagem divulgada no governo passado, as linhas que formarão o novo sistema contemplam todas as regiões da cidade eixo Andrômeda (região sul), Estrada Velha (Rio-São Paulo), avenida dos Astronautas (região sudeste), avenidas Juscelino Kubitschek e Pedro Friggi (região leste), Oeste (Urbanova), Santana (região norte) e Centro 1 e Centro 2, passando por avenidas como Teotônio Vilela, Sebastião Gualberto, São José, Madre Tereza e São João.

A presidente Dilma Rousseff disse ontem, durante a solenidade em Brasília, que os investimentos em mobilidade urbana vão impactar diretamente na qualidade de vida dos brasileiros. Ela destacou que, nesse contexto, a frente de investimentos previstas para as cidades de médio porte é fundamental.

“O Brasil tem quantidade [significativa] de grandes e médias cidades. As médias representam grande volume. Portanto, precisamos tomar providências agora para que não aconteça o que aconteceu com as grandes cidades brasileiras”, afirmou a presidente.

“Fazer metrô é fundamental. Esse é um passo importante porque tem a ver diretamente com a qualidade de vida das pessoas”, acrescentou. Além dos recursos para a obra do VLT, o governo liberou R$ 26,8 milhões para pavimentação de vias em Eugênio de Melo e no Pousada do Vale, além da avenida João Batista Ortiz Monteiro, que liga a Via Oeste à Cassiano Ricardo.

O Vale

Publicado em: 07/03/2013

Presidente libera verba para criação de trem na cidade

O governo federal aprovou ontem a liberação de R$ 800 milhões para a construção do primeiro trecho do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) de São José dos Campos. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff (PT), no Palácio do Planalto. O projeto do VLT foi contemplado pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) de Mobilidade.

A verba contempla o desenvolvimento de estudos de viabilidade, do projeto e a obra do VLT, em um prazo estimado de quatro anos. O trecho selecionado vai atender a região sul da cidade e tem cerca de 15 quilômetros. Começa na região dos bairros D. Pedro 2° e Campo dos Alemães, passa pela região do Bosque dos Eucaliptos e Jardim Satélite até a Via Dutra, em frente ao Vale Sul Shopping a partir de então, a meta do governo é interligá-lo nas etapas seguintes do projeto ao centro e, posteriormente, à região leste.

Segundo a prefeitura, a população que será atendida direta e indiretamente nesta primeira fase é de cerca de 215 mil habitantes. Presente ao evento em Brasília, o prefeito Carlinhos Almeida (PT) disse que foram feitas adequações ao projeto original do VLT, elaborado pelo Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) no governo do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB), para facilitar a aprovação da proposta pelo Ministério das Cidades.

“A zona sul é a que tem maior demanda. São cerca de 400 mil deslocamentos diários nos bairros da região e em direção ao centro”, afirmou o prefeito. Carlinhos destacou que o VLT é um projeto de longo prazo e vai ser implantado em módulos. “É um projeto de fôlego que não será implantado apenas em um mandato”, frisou.

O projeto inicial elaborado pelo Ipplan prevê a criação de um metrô de superfície com 94 quilômetros de extensão, dividido em 8 linhas. O estudo tem como horizonte o crescimento de São José até 2030. Também foi aprovada uma verba de R$ 26,8 milhões para pavimentação e qualificação de vias urbanas de São José.

O Vale

Publicado em: 07/03/2013

Trem de Alta Velocidade é anunciado Hoje pela Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) anuncia hoje a retomada do projeto do TAV (Trem de Alta Velocidade) entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Com 510 quilômetros de extensão, a ferrovia de alta velocidade cortará a Região Metropolitana do Vale do Paraíba, que terá pelo menos duas estações: uma em Aparecida e outra a ser definida pelo operador do sistema. São José dos Campos é uma das cidades cotadas para abrigar a segunda parada.

A retomada do projeto do TAV será anunciada pela presidente em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença de empresários e de representantes de diversos segmentos, entre eles a Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

O pacote de medidas, denominado de Plano Nacional de Logística Integrada, com investimentos que podem chegar a R$ 90 bilhões, será divulgado em etapas. As ações contemplam obras em portos e aeroportos e a concessão de rodovias e ferrovias. O TAV foi embutido no pacote.

O primeiro passo para a retomada do Trem-Bala aconteceu na semana passada, com a posse da diretoria da Etav, estatal que irá cuidar do projeto. A empresa tem como presidente Bernardo Figueiredo, ex-diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), um dos condutores do projeto do Trem-Bala. Após o fracasso dos dois leilões de concessão do TAV, o governo federal decidiu rever a modelagem do processo e optou por “fatiar o projeto”.

A previsão é implantar a ferrovia de alta velocidade em duas fases. Uma seria para a definição do consórcio operador, que também será o responsável pelo fornecimento e transferência da tecnologia da ferrovia de alta velocidade. A outra fase é a construção da ferrovia, as obras do projeto.

Nesse item, o governo estuda também “fatiar” a implantação da ferrovia em lotes que seriam concedidos a empreiteiras nacionais e internacionais para acelerar a construção. A expectativa do governo agora é que a obra da ferrovia de alta seja iniciada em 2014, com conclusão em 2020.

Para o presidente da Abifer, Vicente Abate, a sinalização do governo de que planeja mesmo construir a ferrovia é positiva para o setor ferroviário nacional. “A ferrovia de alta velocidade é uma alternativa importante para o transporte de passageiros no país. Ela é segura e ambientalmente correta”, disse o executivo.

Para o vice-presidente da ADTrem (Agência de Desenvolvimento de Trens Rápidos entre Municípios), Gerson Toller, a iniciativa com relação ao projeto do TAV é positiva. “Quanto mais tempo o governo levar para implementar o TAV, mais caro o projeto irá ficar”, afirmou.

O Vale