Passagem de ônibus vai a R$ 3,40 em São José dos Campos, SP

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O preço da passagem de ônibus em SJC vai subir para R$ 3,40 a partir de 25 de janeiro. A nova tarifa foi anunciada nesta segunda-feira (12) pela Secretaria de Transportes.

Com o aumento de 13%, a passagem em São José ficará apenas R$ 0,10 mais barata que a de São Paulo, que custa R$ 3,50 – na capital, a prefeitura subsidia parte da tarifa com investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano.

A taria atual em São José é de R$ 3 e foi rejustada pela última vez em fevereiro de 2013. Apesar do aumento, o índice de reajuste autorizado pela prefeitura é menor do que o pedido feito pela Saes Peña, Expresso Maringá e CS Brasil, operadoras do transporte coletivo na cidade. No dia 30 de dezembro, as empresas encaminharam uma planilha de custos pedindo a elevação da tarifa para R$ 3,79.

A Secretaria de Transportes justificou que o aumento foi dado com base em análises econômicas e no contrato de concessão do sistema. A fórmula considera custos com salário dos funcionários, insumos e índice de inflação no período.

Segundo o Secretário de Transportes de São José, Luiz Marcelo Silva, os custos da operação do sistema impedem que a tarifa continue em R$ 3. “Não era mais possível manter o valor de R$ 3 sem o aporte. A tarifa aqui em São José decorre dos custos, não é subsidiada pelo governo”, afirmou.

Aos domingos a tarifa também será de R$ 3,40 para quem utilizar dinheiro. Já para quem pagar com o bilhete único o preço será de R$ 2,90. O transporte coletivo tem atualmente cerca de 180 mil usuários em São José

Contrapartida
A prefeitura informou que vai encaminhar à Câmara um projeto para beneficiar estudantes de baixa renda de São José. A proposta prevê gratuidade na tarifa para estudantes do ensino médio. A medida também deve se estender a gestantes e pacientes oncológicos que estiverem fazendo tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

A Secretaria de Transportes informou também que nos próximos dias vai iniciar a operação do sistema e-passe (passe eletrônico), em que os estudantes vão poder comprar o bilhete-único escolar pela internet, sem a necessidades de preencherem formulários nas escolas.

Outra medida será a retomada da licitação do BRT  – o modelo prevê a construção de corredores exclusivos para ônibus.

Avaliação
Para o vice-presidente do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, José Roberto Gomes, o valor do reajuste é abusivo, por considerar como um dos parâmetros da fórmula o reajuste no salários dos trabalhadores das empresas de ônibus.

“Nosso último aumento de salário aconteceu em maio de 2014, e foi de 4,82%, enquanto o valor da passagem subiu 13%”, disse Gomes ao G1. O reajuste ficou abaixo da inflação no ano, de mais de 6%.

Fonte: G1

Transporte Coletivo integra tecnologia para melhorias

As empresas que operam o transporte coletivo em São José dos Campos sob concessão Expresso Maringá, Saens Peña e CS Brasil elegeram a tecnologia como a principal ferramenta para tentar resolver os gargalos do sistema na cidade. Segundo usuários, os principais problemas são a superlotação de passageiros nos horários de pico, atraso dos ônibus e golpes no cartão eletrônico.

Ao todo, as empresas estão investindo R$ 11 milhões para renovar, aumentar e modernizar a frota de 388 ônibus. Eles serão equipados com computadores, câmeras e sistemas que visam ampliar o controle da operação em tempo real. Em junho, segundo diretores das companhias, chegam à cidade os nove ônibus articulados capazes de levar 50% a mais de passageiros. Os veículos serão usados nas linhas com problemas de superlotação, especialmente nos horários de pico.

Mas as empresas cobram da Secretaria de Transportes a criação de faixas exclusivas para a circulação dos ônibus em corredores viários e em regiões adensadas, como a central, sul e leste. Segundo diretores das empresas, boa parte dos atrasos e da superlotação dos veículos se dá por causa do trânsito congestionado em São José, principalmente nos horários de pico, entre 5h30 e 7h30 e das 16h30 às 19h30.

Operando 35 linhas com 124 ônibus da cor verde, a Expresso Maringá tem 40 ônibus novos, mais econômicos e espaçosos, e faz testes com um modelo articulado, que está sendo empregado na linha da ECO (Estação de Conexão de Ônibus), no Campos de São José. “Vamos colocar quatro câmeras em todos os carros para aumentar o controle da operação em tempo real”, disse Kátia Moreira, coordenadora de Recursos Humanos da Expresso Maringá.

Os 130 ônibus da cor azul da Saens Peña, que trafegam em 32 linhas, estão ganhando computadores de bordo para melhorar a comunicação entre o motorista e a central de operação da empresa. “Sabemos onde está o veículo, se está atrasado ou adiantado, e poderemos interagir com o motorista para dinamizar a operação”, afirmou Cristina Melo, coordenadora de monitoramento da Saens Peña. As 35 linhas sob a responsabilidade da CS Brasil, que opera com 134 ônibus da cor amarela, irão ganhar 51 veículos novos neste ano, equipados com rede de internet sem fio para os passageiros. Em São José, as três empresas contam com GPS nos coletivos, que permitem o monitoramento da frota.

Usuários do sistema de transporte coletivo em São José ainda sofrem com ônibus lotados, atrasos nos pontos e uma das passagens de ônibus mais caras do país. Para eles, o sistema precisa melhorar, e rápido. “Tenho que pegar três ônibus por dia e sempre encontro os coletivos muito cheios. Já cheguei a perder a viagem por causa disso”, disse Maria Ester Brito, 43 anos, doméstica que mora na região sul da cidade.

Diretor da Avetep (Associação das Empresas de Transporte do Vale do Paraíba), Rubens Fernandes disse que o valor da passagem não é repassado integral para as empresas, em razão da gratuidade no sistema. “Mais de 33% dos usuários não pagam. Em março, da tarifa de R$ 3,30, as empresas receberam R$ 2,07”, afirmou. “Por isso, por contrato, o reajuste da tarifa tem que ser anual”.

O Vale

Publicado em: 06/05/2013

Prefeitura não cumpri e projeto de Transporte Coletivo para

Um ano após a conclusão do processo que remodelou o transporte público, a Prefeitura de São José não cumpriu projetos essenciais para a melhoria do sistema. Todas as exigências ignoradas são de responsabilidade da administração municipal e são um dos motivos do encarecimento da tarifa aprovado no ano passado.

Além de mexer no bolso, os projetos que foram deixados de lado mexem no desempenho do sistema como as faixas exclusivas em horários de pico para aumentar a velocidade dos coletivos. Prometido para 2010, as faixas ainda não tem previsão de serem implantadas. A Secretaria de Transportes informou que o projeto ainda depende de obras de adequação em alguns corredores.

Outro projeto que não saiu do papel está a divulgação do teste de satisfação dos usuários. A medida está prevista no edital de licitação do sistema. De acordo com o contrato, a cada semestre a prefeitura deveria elaborar e divulgar uma pesquisa que aponte o desempenho das empresas e a avaliação dos moradores.

Além de tornar transparente o atendimento prestado à população, o teste iria criar um mecanismo objetivo na decisão de distribuição das novas linhas. Segundo o edital, a empresa que tivesse o melhor desempenho na pesquisa teria preferência em operar novas linhas aumentando seu faturamento.

Até agora, no entanto, o governo do prefeito Eduardo Cury (PSDB) não divulgou nenhuma pesquisa, apesar de ter prometido a divulgação em agosto e depois em dezembro do ano passado. A Secretaria de Transportes informou na última semana que a tabulação do índice está finalizada, mas não informou quando irá divulgar os dados. De acordo com a pasta, as novas linhas estão sendo distribuídas de forma que ‘não afete a logística e o operacional’ das concessionárias.

A prefeitura também não instalou os painéis eletrônicos nos pontos que iriam informar o tempo de espera para a chegada das linhas. Esse projeto ainda está em fase de elaboração do edital de licitação, segundo o secretário de Transportes, Anderson Farias Ferreira.

A Prefeitura de São José construiu apenas uma das 13 estações de conexão que, segundo o edital, estariam prontas até julho de 2009. As concessionárias de ônibus quando pediram o reajuste da tarifa no ano passado informaram que a inexistência dos terminais aumenta o custo operacional das linhas.

As estações tem objetivo de dividir as linhas do centro das que seguem sentido bairro. Isso porque é ponto final das linhas que vieram da região central e o de partida das linhas que vão para os bairros mais distantes daquela região.

Apesar da proposta prever dar mais agilidade e facilidade de locomoção, o único terminal criado pela prefeitura no Campos de São José (zona leste) foi reprovada pelos usuários. Entre as críticas está a cobrança dupla que ocorre em casos. A prefeitura informou que irá fazer mudanças no terminal e que não existe cronograma para instalação das demais estações, mas que o projeto não está descartado.

“Sobre a ECO, avalio que seja mais uma prova da falta de transparência de como vem sendo conduzida a política de transporte público na cidade”, afirmou o defensor público, Jairo Salvador dos Santos que ingressou com uma ação civil pública na Justiça contra a prefeitura.

“A ação segue seu trâmite, após apresentação da contestação da prefeitura, acabei de apresentar réplica, desconstruindo os argumentos apresentados de que toda a legislação estaria sendo cumprida”, afirmou Santos. O sistema de transporte público de São José atende uma média de 280 mil usuários por dia.

O Vale

Prova da OAB

A Prefeitura de São José dos Campos disponibilizou ônibus extras para atender aproximadamente 600 candidatos que prestarão a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no domingo (17). A avaliação foi realizada na Escola Estadual João Cursino.

Serão 16 carros extras circulando em oito linhas da cidade entre 12h e 20h para facilitar o deslocamento dos candidatos. Linhas que receberão carros extras são: 116- Taquari; 204B- Novo Horizonte (via José Longo); 214- Tesouro; 218- Terminal Central/ Rodoviária; 302- Putim; 309- Pq Industrial/ Rodoviária; 317- Campo dos Alemães; 330- Campo dos Alemães

As demais linhas do sistema também receberão reforço extra de acordo com a necessidade.

Fonte: O Vale