Secretária de Transporte colocara placa em inglês na cidade

A Secretaria de Transportes de São José dos Campos vai ampliar o número de placas indicativas com sinalização bilíngue nas vias urbanas na cidade. A intenção é instalar os dispositivos nas principais vias de acesso ao município, como as avenidas Mário Covas e Jorge Zarur.

Segundo o diretor de trânsito da pasta, Paulo Guimarães, o projeto será colocado em prática em 2013. “Mesmo sendo um outro governo, a equipe técnica da secretaria continua”, disse. Não foi informado o custo para a colocação das novas placas e nem a quantidade estimada de trocas que serão feitas.

Desde julho, 42 placas com inscrições em português e inglês foram instaladas nas vias indicando pontos turísticos ou de referência da cidade, como parques e prédios públicos. Entre as indicações, estão Burle Marx Park/City Park (Parque da Cidade, em Santana, zona norte), Dowtown (centro) e City Hall (Paço Municipal).

A sinalização com linguagem bilíngue facilita a localização de estrangeiros e visa a participação da cidade como sub-sede da Copa do Mundo de 2014. “Tudo começou com a necessidade substituição das placas, já que elas têm vida útil de sete anos. Nesse contexto, surgiu a ideia dos termos estrangeiros”, disse Guimarães.

Além das placas bilíngues, o programa de revitalização substituiu outras 28 placas por modelos com películas em que é possível avistar a indicação de vias a uma maior distância. As trocas foram feitas no complexo do Anel Viário. “Ficaram bem melhor, elas são mais visíveis, principalmente à noite. Poderia espalhar essas placas para mais lugares”, disse o motorista de ônibus, Robson de Lima, 41 anos.

O Vale

Publicado em: 08/11/2012

Multirão realiza limpeza de propaganda politica na cidade

Desafiando a legislação, placas e cavaletes de candidatos a vereador e prefeito continuam prejudicando pedestres e motoristas que circulam pelas principais vias de São José dos Campos. De acordo com levantamento feito por O VALE nos cartórios eleitorais da cidade, desde o início da campanha, em julho, foram apreendidos 246 materiais que estariam irregulares, entre bandeiras, cavaletes e placas.

O maior número de ocorrências foi registrado na região sul, da cidade onde 175 peças de propaganda já foram retirados. “A última grande apreensão que tivemos aconteceu há uma semana. Tiramos cerca de 135 itens e acabou enchendo um caminhão. Levamos para a Urbam, onde eles trituram ou reciclam no caso da madeira”, afirmou Luís Fernando Vaz, chefe do cartório da 412ª Zona Eleitoral.

A única região que não registrou nenhuma ocorrência foi a leste. Isso porque os candidatos retiraram as propagandas no prazo de 48 horas após terem sido notificados, como manda a legislação eleitoral. Os cartórios não informaram, no entanto, quais os candidatos, partidos ou coligações que mais infringiram as regras nesta campanha.

De acordo com o juiz da 411º Zona Eleitoral, Luís Guilherme Cursino de Moura, os cavaletes móveis podem ficar nas ruas das 6h às 22h, desde que não atrapalhem a passagem dos pedestres e a visão dos motoristas. Os cavaletes também não devem estar em lugares públicos como praças, templos e áreas verdes.

“Caso os cartórios recebam denúncias, o candidato com o cavalete irregular é notificado e tem 48 horas para retirar a propaganda. Caso contrário, ele pode ser multado por desrespeitar a lei”, disse o juiz. A multa para as propagandas irregulares com cavaletes, placas ou bandeira varia de R$ 2.000 a R$ 8.000.

O VALE constatou ontem excesso de propagandas eleitorais em locais de grande fluxo de pessoas e carros, como a avenida Nelson D’Ávila, na avenida dos Astronautas e na orla do Banhado. O grande volume de materiais espalhados pelos candidatos foram criticados pelos eleitores.

“Tem cavalete que atrapalha demais os motoristas, desviando a atenção. Acho que os políticos deveriam colocar algo mais decente e menos chamativo”, disse o pedreiro Manoel Rosa, 56 anos. Opinião semelhante tem o operador de máquinas Luciano Marcelo Silva, 40 anos. Ele acredita que as propagandas que ficam no meio da rua não ajudam o eleitor a definir seu voto.

“Se a pessoa vai votar, ela estuda antes, assiste a pessoa falando na televisão e na rádio. Não é uma foto em um cavalete ou em uma placa que vai definir meu voto. Isso pode até prejudicar os próprios candidatos”, afirmou Silva.

Na opinião do cientista político da Unitau (Universidade de Taubaté) José Maurício Cardoso Rego, os eleitores têm que denunciar as propagandas irregulares para impedir que elas se proliferem. “É importante que as pessoas postem fotos nas redes sociais ou até mesmo façam denúncias pelo site do Tribunal Regional Eleitoral para que essas infrações não se repitam”, afirmou o especialista.

Para ele, os candidatos são os culpados pelos erros na divulgação de seus nomes e têm que orientar corretamente seus auxiliares. “Não importa se quem colocou os cavaletes ou placas tenha sido o cabo eleitoral. O candidato deve orientar sua equipe para que ele não venha a ser punido”, disse o cientista político da Unitau.

O Vale

Campanha Eleitorais são retiradas no Anel Viário

A Justiça Eleitoral de São José dos Campos determinou a remoção de todas as placas com propagandas de candidatos fixadas em terrenos no entorno Anel Viário.

A notificação foi encaminhada anteontem pelo juiz eleitoral da 127º zona eleitoral, José Loureiro Sobrinho, às coligações dos candidatos Alexandre Blanco (PSDB), Antonio Alwan (PSB) e Carlinhos Almeida (PT). No documento, o magistrado determina a remoção do material publicitário afixado no Anel Viário, em frente a uma concessionária de veículos, e na marginal da rodovia Presidente Dutra.

Loureiro estabeleceu um prazo de 48 horas para a retirada das placas a partir da notificação, sob pena de prosseguimento de processo fiscalizador que pode culminar com ingresso de representação no Ministério Público e aplicação de multa.  O juiz não comentou a ação fiscalizadora.

Funcionários do cartório da 127ª zona eleitoral confirmaram o envio das notificações, que teriam partido do magistrado após recebimento de uma denúncia por meio do site do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). A área que concentra o maior número de placas fica no Anel Viário, próximo à concessionária da Toyota. O terreno, de propriedade particular, recebeu mais de 50 placas publicitárias nas duas últimas semanas de candidatos à Câmara e à prefeitura.

No barranco, oposição e situação ficaram lado a lado para chamar a atenção dos motoristas. Candidatos ao Paço também ocuparam esse filão de visibilidade. Dos sete candidatos à Prefeitura de São José, três mantinham placas no local: Alexandre Blanco, Carlinhos Almeida e Antonio Alwan (PSB).

O local apelidado, de ‘morro da vergonha’ pela própria classe política, em razão da elevada poluição visual, é trajeto de cerca de 90 mil carros por dia. A via liga a região sul à zona central. Quem trafega pelo corredor se divide sobre a decisão da Justiça Eleitoral. “A gente acaba prestando um pouco de atenção nessas propagandas. E essa distração pode até provocar um acidente. Esse trecho da via exige muita atenção”, disse o empresário Gustavo Monteiro, 31 anos, que considerou acertada a decisão da Justiça.

Já o aposentado Givaldo Nascimento da silva, 67 anos, acredita que as placas não dificultam em nada o trânsito.
“Foi um exagero. Tanta coisa errada acontecendo na cidade e eles se preocupam com as placas”, disse.  Para Givaldo, as placas não representam perigo, mas poluição visual. “Essas placas ajudam o eleitor a escolher em quem não irá votar. Isso só faz sujeira na cidade”.

Para o especialista em legislação eleitoral, Alberto Rolo, se a área for particular e o candidato tiver autorização do proprietário, não há impedimentos, desde que respeitado o limite de no máximo quatro metros quadrados de material por candidato exposições acima desse limite podem ser punidas com multa.  “Se a área é particular, só depende da autorização do proprietário. Agora se existir passeio público, mesmo que seja de terra, a publicidade deve ser removida”, disse.

O Vale