Pátio tem incêndio que destroí pelo menos 50 carros

Um incêndio na tarde deste sábado destruiu cerca de 50 veículos que estavam no Pátio União, no Jardim Limoeiro, na zona oeste de São José dos Campos. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou no terreno que fica ao lado do pátio e, com o vento, acabou atingindo os veículos. O local é credenciado pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Ninguém ficou ferido. Duas viaturas e seis homens do Corpo de Bombeiros conseguiram controlar o incêndio em 30 minutos.

No local havia muito material combustível, como pneu e sofás. Não se sabe ainda as causas do incêndio. Este é o segundo incidente desta natureza no período de um ano. Em setembro de 2012, um incêndio destruiu carros que estavam apreendidos no pátio Bola Branca, na Vila São Bento, zona sul, que também é credenciado pelo Detran.

Cidade tinha guincho operando sem licença durante 21 anos

Há mais de 20 anos não é realizada em São José dos Campos licitação para definir quem deve fazer os serviços de guincho para órgãos oficiais como Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito)e polícias Civil e Militar.  O VALE apurou que o último processo licitatório ocorreu em 1991. Desde então, o trabalho é realizado por meio de contratos informais entre os delegados e as empresas que fazem esse tipo de serviço.

O acordo prevê que os pátios guinchem os automóveis apreendidos sem nenhum custo ao Estado. Em troca, adquirem o direito de cobrar dos proprietários a taxa do guincho e a diária de permanência nos locais. Se o veículo não for retirado no prazo de 90 dias, vai para leilão e a empresa também lucra com esse processo.

O problema é que, como não existe contrato oficial, as empresas não têm compromisso com delegacias e batalhões e podem se recusar a fazer o serviço quando não acharem vantajoso.  Situação que tem ocorrido com mais frequência com a lotação dos pátios devido à falta de leilões dos carros. Atualmente, os pátios Bola Branca e União estocam juntos cerca de 5.000 veículos.

“Hoje, a gente depende do fator sorte. Se achamos veículo abandonado em estrada rural com corpo abandonado dentro, o dono do guincho pode se recusar a buscar o carro e você não pode fazer nada, pois ele não é obrigado. É vergonhoso porque a gente tem que ficar pedindo favor pelo trabalho”, afirmou um delegado, que pediu para não ser identificado.

Constrangimento que atinge também a Polícia Militar.  “Se uma viatura nossa quebra, temos que mendigar favor ao dono do guincho para levar o veículo, pois não tem empresa credenciada para rebocar nossos carros”, disse um PM, que pediu para não ter o nome identificado.

O dono do pátio São Bento, que seria responsável pelo recolhimento dos veículos apreendidos pela polícia, alega que desde o início do ano não tem mais espaço. O local abriga 876 automóveis, mas desde 1995 não ocorre leilão.

“Os veículos que são apreendidos pela polícia em operações contra o crime organizado ou ligados a algum tipo de crime podem levar vários anos para ser liberados Tenho carros aqui encalhados há mais de 10 anos e que já viraram sucata”, disse o proprietário do Pátio Bola Branca, Álvaro Cesário da Conceição.

O outro pátio existente na cidade, o Auto Socorro União, localizado no Parque Industrial (zona sul), deixou de atender a polícia em 2007. No local, estão estocados cerca de 4.000 veículos. “Nosso contrato não prevê o recolhimento dos carros da polícia e, como não tínhamos mais espaço, optamos por deixar de fazer o serviço”, afirmou James Torres, advogado da empresa.

Atualmente, só atende ao Ciretran e é o único autorizado a recolher os veículos aprendidos por infrações de trânsito e falta de pagamento de tributos, como o licenciamento obrigatório. A exclusividade foi concedida em licitação em 1991 e desde então vem sendo prorrogada. “Quando a licitação foi feita, a lei não previa prazo para os contratos. Então, o serviço foi sendo prorrogado, já que conseguimos atender a demanda do órgão”, disse Torres.

O Vale

Publicado em: 17/10/2012

Pátio do Bola Branca não comporta mais carros

Com 17 anos sem a realização de leilões, o pátio Bola Branca, o único de São José dos Campos responsável por abrigar veículos recolhidos pela Justiça, não tem mais espaço para receber novas apreensões. O último leilão ocorreu em 1995 e desde então os carros se acumulam no local. São 874 automóveis a espera de uma solução.

A situação foi agravada em 2007, quando o outro pátio existente na cidade deixou de receber esse tipo de apreensão. “A maioria desses carros está atrelada a pendências judiciais ou criminais, que muitas vezes levam anos para serem resolvidas, o que não é interessante para quem faz o serviço”, disse Álvaro Cesário da Conceição, proprietário do pátio.

De acordo com o empresário, hoje não existe nenhum tipo de contrato legal com o município ou Estado. Há somente um acordo em que as empresas recolhem os carros sem custo para a polícia e depois cobram dos proprietários o serviço de guincho e a diária do pátio.

“O problema é que muitas vezes a dívida com prestações atrasadas, multas, impostos e taxas é tão alto, que não compensa para o dono buscar o veículo. Ai esse carro pode ficar encalhado por mais de 10 anos.” Para piorar a situação o pátio, que fica na Vila São Bento, zona sul, planeja desativar parte de suas instalações.

“Hoje eu faço esse serviço em dois terrenos alugados, mas o dono de um deles não vai mais renovar o contrato de locação e eu terei que devolver a área”, disse o empresário. A solução do problema seria a realização de leilões mais frequentes. A legislação diz que após 90 dias, se o proprietário não recuperar o automóvel ele já está liberado para ser leiloado.

A delegacia seccional de São José, responsável pela realização dos leilões, informou que no momento está fazendo um levantamento dos veículos existentes para a programação de um leilão. O órgão informou ainda que também estuda a realização de uma nova licitação para regularizar a situação dos pátios. “Primeiro precisamos fazer esse estudo, para saber o que existe e depois saber o que pode ser feito”, disse Antônio Alvaro de Sá, delegado assistente da delegacia.

O Vale

Publicado em: 09/10/2012

Pátio de carros da cidade pega fogo e consome carros

Um incêndio na tarde de ontem no pátio de carros Bola Branca, localizado na Vila São Bento, zona sul de São José, consumiu pelo menos 60 carros, de acordo com o proprietário do pátio. Alguns carros explodiram. Segundo o dono do local, Álvaro Cesário, o fogo começou em uma extensa área à direita do pátio.

“O fogo estava a cerca de 500 metros daqui. Quando começou a ventar, ele se alastrou em meia hora”, afirmou. “Logo que percebi que a queimada tinha atingido os veículos, por volta das 14h, chamei os bombeiros”. Segundo Cesário, o lugar possuia por volta de 300 automóveis, todos apreendidos por irregularidades pela Polícia Civil. Alguns, inclusive, com os tanques cheios de combustível.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, para combater o fogo foram necessários quatro veículos da corporação e a ajuda da rede integrada de emergência, formada por empresas da região, que os auxiliam em incêndios de grandes proporções. A Embraer e a Petrobras enviaram equipes.

Ainda segundo os Bombeiros, para controlar o fogo foram preciso 24 homens, sendo 16 bombeiros, três brigadistas de cada uma das empresas que prestaram auxílio, além dos profissionais da Defesa Civil e funcionários do próprio pátio.

O incêndio durou 3 horas. Os bombeiros estimam a perda de 35 carros, mas Cesário acredita que foram no mínimo 60. “Não fizemos essa lista porque não conseguimos chegar lá perto. Apesar do fogo ter sido apagado, a fumaça no local e o cheiro forte de borracha queimada está muito forte”, afirmou. O seguro foi acionado, mas até o fim da tarde de ontem os prejuízos ainda não haviam sido calculados.

Cesário acredita que o incêndio pode ter sido criminoso. “Do jeito que começou, a partir do canto do pátio, acho que alguém colocou fogo de propósito”, disse o proprietário do local, que deverá registrar boletim de ocorrência.

Há possibilidade também de que o fogo tenha começado a partir de uma bituca de cigarro acesa jogada de algum veículo que transitava na região. As queimadas são mais frequentes com o tempo seco. “Com esse tempo seco, o fogo se alastra rapidamente. As pessoas precisam estar atentas”, afirmou José Benedito da Silva, chefe da Defesa Civil do município.

O Vale

Promoção para esvaziar pátio de Concessionária

Para ‘desovar’ o estoque de veículos no pátio das montadoras, as concessionárias da região apostam em novas taxas de financiamento e campanhas promocionais. A diminuição no ritmo de vendas desde o início do ano fez com que o estoque das montadoras fosse suficiente para 43 dias de venda, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

A tentativa de reaquecer o mercado é motivada pela redução na taxa de juros para financiamentos. De acordo com representantes de concessionárias ouvidos ontem por O VALE, há procura por veículos, no entanto, os clientes aguardam promoções para comprar.

Na Veibras, concessionária da rede Chevrolet, da General Motors, em São José dos Campos, uma campanha promocional iniciada no final do mês passado elevou o ritmo das vendas. “Vendemos 200 carros em quatro dias, sendo que no restante do mês havíamos vendido 100. O mercado estava parado, mas agora deu uma agitada”, afirmou o gerente de vendas da loja, William Graciola.

Nas próximas semanas, uma campanha voltada aos semi-novos deve ser lançada pela GM. “Os usados são uma preocupação, mas com taxas mais baixas as vendas devem aumentar. Os clientes querem aproveitar promoções”, disse o gerente de vendas.

Em Taubaté, a Original, concessionária da Volkswagen, registrou leve queda nas vendas em março e abril, e aposta nos atrativos oferecidos pela montadora, como financiamento sem juros do banco da própria Volks. “As taxas oferecidas pelo nosso banco são tão baixas como as dos bancos federais, só que nesses bancos, o cliente não consegue aprovação fácil de crédito, pois para ter essa taxa que é mostrada na TV é preciso dar uma entrada muito grande, financiar em poucas vezes”, disse o gerente de vendas da Original, Deivid Reis.

Para o analista de mercado automobilístico Frederico Sarto, a diminuição da oferta de crédito motivada pelo aumento da inadimplência resultou na diminuição do ritmo de vendas e consequente aumento no estoque. “Nos últimos anos, a oferta foi exacerbada. Essa retração é algo natural depois de um período como esse. A tendência é que o governo adote incentivos para facilitar esse fluxo no mercado, que é o objetivo da indústria”, disse Sarto.

Assim como especialistas do setor automotivo, ele acredita que a retomada nas vendas aconteça somente a partir do segundo semestre. “O fim de ano geralmente traz aumento nas vendas. O mercado é assim”, afirmou.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, o estoque no pátio da GM está normal. O VALE, no entanto, flagrou o uso do pátio secundário da montadora em São José com grande concentração de veículos. Em Taubaté, a Volkswagen já cancelou o expediente de dois sábados em que os trabalhadores deveriam atuar. Outros dois dias de produção também ainda podem ser suspensos em breve.

O volume de produção das montadoras do país caiu 10,1% no acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados da Anfavea. Em abril, foram 260 mil unidades produzidas, queda de 15,5% ante março e de 7,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

O Vale