Escolas Particulares podem ficar com a mensalidade mais cara

Escolas particulares da região já começaram a enviar comunicados aos pais de alunos sobre o reajuste na mensalidade do próximo ano, que pode chegar a 11%. A meta da inflação fixada pelo Banco Central é de 4,5% para 2013. A inflação do setor de serviços, porém, tende a ser mais elevada que a inflação geral. Segundo a diretora regional do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Maria Helena Dutra Bitelli Baeza, o reajuste, que ocorre anualmente, é justificável não só pelo aumento da inflação.

“Além da inflação, houve aumento de insumos (bem ou serviço utilizado na produção de outro bem ou serviço), aumento real do salário dos professores e algum benefício pedagógico que a escola tenha feito. 70% dos custos de uma escola tem a ver com a folha de pagamento, por exemplo .” Já para a diretora administrativa do colégio técnico Opção, Janaína Dias, o aumento não se deve pela inflação. “Não existe uma conjuntura inflacionária, mas percebemos que os custos estão aumentando, desde as contas de água e luz à mão de obra”, disse.

Para ela, as escolas devem ser transparentes e explicar aos os pais a razão do aumento, assim como negociar as formas de pagamento para não haver inadimplência e nem mudança de escola. “A escola tem suas necessidades, mas entende que a família também precisa se adequar. É preciso ser flexível nas negociações”, diz. O índice gerou críticas de pais de alunos. “Eu não acho o aumento justificável. A gente gasta com mensalidade, lanche, que não está incluído,e livros didáticos, fora o material de apoio e aquela lista enorme de coisas, que vem no começo do 1º e do 2º semestres”, afirma o contador Eder Cursino, pai de um aluno de 7 anos da rede particular.
Para ele, parte do material solicitado deveria estar incluso no valor da mensalidade.

O Procon de São José está orientando pais de alunos sobre o reajuste. De acordo com a coordenadora do Procon, Aparecida Santana Borges, a regra é a seguinte: o valor será calculado sobre o valor da última parcela fixada no ano anterior, multiplicado pelo número de parcelas do período letivo. A esse valor poderá ser acrescido montante proporcional a variação de custos a título de pessoal e de custeio. O valor total terá vigência por um ano e será dividido em 12 ou 6 parcelas iguais.

Escolas Particulares tem reajuste para 2013 na mensalidade

A mensalidade das escolas particulares da região deve sofrer reajuste de até 12% em 2013. O aumento deve impactar no orçamento das famílias de 103 mil alunos matriculados na rede privada no Vale do Paraíba.  A alta para o próximo ano supera a estimativa dos analistas dos bancos para a inflação no próximo ano, projetada em 5,48%.

A região conta com mais de 500 estabelecimentos de ensino particular. São 39 mil alunos apenas em São José dos Campos. O período de matrícula e rematrículas começou na maioria das unidades no mês passado. De acordo com o sindicato das escolas particulares do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte (Sieeesp), o índice de reajuste é definido pelas entidades, sem interferência do sindicato.

A média de reajuste encontrada em todo o Estado varia de 8% a 15%. “O que recomendamos às escolas é bom senso na hora de estabelecer o reajuste. Em anos anteriores tivemos até escolas que optam pelo congelamento das mensalidades”, disse Maria Helena Dutra Baeza, diretora regional do Sieeesp. As escolas têm até o mês de dezembro – prazo de 45 dias antes do início do próximo ano letivo – para definir o índice de reajuste.

Segundo o sindicato, o aumento é calculado com base em melhorias pedagógicas que a unidade pretenda oferecer, reformas, compra de equipamentos, materiais e até o índice de inadimplência médio. Além disso, a projeção do dissídio dos professores, em março, também é levado em consideração.

“O que já se sabe para o ano que vem, por exemplo, é que um acordo coletivo com o sindicato dos professores prevê aumento real para a categoria. Então precisamos somar a inflação do período, mais esse índice de aumento real às nossas projeções de custos”, disse Heloísa Marques Silva, diretora financeira do Colégio Jardim das Nações, em Taubaté.

Índices
Em São José dos Campos, o Poliedro vai aumentar as mensalidades em até 10% em 2013. O colégio Anglo não reajustou as mensalidades para o ensino médio e no ensino fundamental o aumento foi de 2%. As escolas Mater Dei e Moppe foram procuradas pelo G1, mas até a publicação da reportagem não haviam informado se haverá reajuste e quais os índices que serão aplicados. Em Taubaté, o Colégio Idesa vai reajustar 7%, o Saad, 8% e o Jardim das Nações entre 10,66% e 12%.

Recomendação
Para o diretor técnico do Procon de São José, Sérgio Werneck, é fundamental que os pais peçam para ver a planilha de custos feita pela escola antes de fazer a matrícula. “O reajuste indicado pela escola tem que ser condizente com a planilha de custos apresentada. Senão tem algo errado, pode ser um aumento abusivo”, disse, por telefone, ao G1.

Ele alertou ainda sobre as reservas de vagas, feitas normalmente nesta época do ano. “Reserva de vaga só pode ser cobrada de aluno novo e, ainda assim, o valor tem que ser abatido da anuidade na efetivação da matrícula”, afirmou.

G1 (Vnews)

Publicado em: 13/11/2012

Escolas Particulares entram em periodo de reservas

As escolas particulares da região entram em setembro e outubro na temporada de reserva de matrícula para as aulas de 2013. O reajuste, que ainda não foi definido, deve girar entre 5% e 20%, dependendo dos investimentos, dos custos e da proposta pedagógica da escola. O setor segue as regras do livre mercado.

Pais podem aproveitar para negociar descontos nas mensalidades, principalmente nos casos de irmãos que estudam no mesmo colégio e de quem paga em dia. Segundo Selma do Amaral, diretora de atendimento do Procon São Paulo, os pais têm direito de saber em detalhes e motivo de eventuais reajustes nas mensalidades.

Por lei, o valor tem que ser divulgado aos pais 45 dias antes do início das aulas. A maioria das escolas costuma divulgar em dezembro. Os pais podem ainda negociar pagamentos alternativos com número de parcelas superior a 12, mas isso depende das escolas.

“A unidade tem que informar aos pais quanto será o custo anual do aluno na escola, podendo negociar formas alternativas de pagamento.” A diretora regional do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo, Maria Helena Baeza, disse que o reajuste nas mensalidades depende de vários fatores, entre eles a inflação, o salário dos professores e os investimentos na estrutura e no projeto pedagógico.

No mínimo, o aumento deve repor a inflação acumulada de 2012, em torno de 5%. Maria Helena defendeu a reserva de vagas como o melhor instrumento para as escolas planejarem o próximo ano letivo. “Temos que conhecer o tamanho da nossa clientela para saber os recursos que teremos para usar nas escolas.” Na região, de acordo com o sindicato, há mais de 500 escolas particulares, com cerca de 100 delas só em São José.

E trata-se de um mercado que não para de crescer, incorporando novos conceitos de educação. Em março de 2012, a empresária Juliana Hellbrugge trouxe a franquia norte-americana Gymboree para São José e abriu um Centro de Desenvolvimento Infantil no Jardim Aquarius, na região oeste. A metodologia aposta em atividades lúdicas, criativas e feitas na companhia das mães para desenvolver crianças de 0 a 5 anos. “Esperamos crescer 50% em 2013 na quantidade de alunos”, disse Juliana.

O Vale