Orçamento deixa de fora sugestões de moradores

O orçamento de São José dos Campos para 2014, o primeiro elaborado pelo governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT), será de cerca de R$ 2,2 bilhões, mas não contemplará sugestões da comunidade coletadas nos encontros do POP (Planejamento Orçamentário Participativo), realizadas entre junho e julho deste ano. O prefeito disse que a população irá opinar diretamente sobre prioridades para o Orçamento Anual do governo a partir de 2014. “No ano que vem, vamos realizar o orçamento participativo para a comunidade definir prioridades para 2015 e 2016”, disse.

Carlinhos afirmou que as sugestões coletadas este ano são para o PPA (Plano Plurianual) para definição das diretrizes gerais para os quatro anos do governo. “Este ano debatemos diretrizes para os próximos quatro anos”, afirmou. O prefeito relatou que saúde, educação, regularização de loteamentos populares e desenvolvimento econômico foram áreas que se destacaram entre as sugestões recebidas da comunidade.

“Em 2016, faremos um balanço das prioridades executadas”, destacou. Para Carlinhos, a população não vai se sentir frustrada porque os compromissos de execução de prioridades da comunidade são para os quatro anos de governo. “Já realizamos alguns compromissos este ano”, pontuou. O orçamento do município para 2014, de aproximadamente R$ 2,2 bilhões, representa um crescimento de 19,7% em relação ao deste ano, aprovado pela Câmara no final do ano passado, no valor de R$ 1,837 bilhão. Na avaliação do prefeito, o governo terá mais “condições de planejamento das ações com o orçamento de 2014”. “Este ano tivemos que promover contenção de despesas para garantir o cumprimento do que foi previsto”, disse.

Ontem, tomou posse a Comissão de Acompanhamento do POP, formada por 19 representantes da comunidade, com a tarefa de acompanhar a execução das prioridades a pontadas pela população. O secretário da Fazenda, José Walter Pontes, disse que a previsão orçamentária para o próximo ano foi incrementada principalmente pelas Operações de Crédito. “Estão previstos recursos de R$ 800 milhões do projeto do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho) e mais R$ 40 milhões para obras de pavimentação”, afirmou o secretário. Os recursos são do governo federal. Também haverá melhoria na arrecadação da receita própria, como IPTU e ISS.

Prefeitura identifica crianças fora da pré-escola na cidade

A Prefeitura de São José dos Campos iniciou nesta segunda-feira (13) um levantamento para identificar quantas crianças em idade pré-escolar (de 4 a 5 anos), da zona rural de São Francisco Xavier, estão fora da escola. A Secretaria de Educação solicita aos pais ou responsáveis para que procurem a subprefeitura de São Francisco, até o próximo dia 7 de junho, para preencher um cadastro com os dados das crianças. Estão sendo distribuídos cartazes em pontos estratégicos do distrito para ajudar na divulgação.

De acordo com o secretário de Educação, a iniciativa visa levantar os dados reais para iniciar um trabalho de antecipação à lei federal que determina a universalização da pré-escola para 2016. Ou seja, quando o ingresso à escola será obrigatório a partir dos quatro anos de idade e não mais aos seis, no primeiro ano do ensino fundamental, como ocorre atualmente.

“O município pretende antecipar a meta e começar a trabalhar para já incluir todas as crianças a partir dos quatro anos, incluindo as da zona rural, na pré-escola”, afirmou o secretário. O levantamento tem o apoio da Associação Cultural de Moradores de Lavras (Alavras).  Para a secretária da entidade, Cinthia Crelier, a universalização da pré-escola será um ganho enorme para as crianças da zona rural.

“É quando o aluno entra no primeiro ano do ensino fundamental, aos seis anos, que os benefícios da pré-escola ficam ainda mais evidentes. Há uma grande diferença de aprendizado entre os que já estavam na escola e os que estão chegando agora; o que acaba sendo prejudicial a todos”, disse Cinthia.

Creche para todos

A iniciativa de trabalhar para antecipar a universalização da pré-escola faz parte do programa “Todos para a creche – Creche para todos”, lançado pela Prefeitura com a meta de disponibilizar cerca de 5.300 novas vagas de creches em períodos integral e parcial até o final de 2014. Além disso, o programa prevê a abertura de mais de 3.700 vagas de pré-escola até 2016, somando assim 9 mil vagas no ensino infantil.

Mais informações sobre o levantamento da Prefeitura na zona rural de São Francisco Xavier podem ser obtidas pelo telefone 3901-2167, na Secretaria de Educação, ou pelo 3926-1121 na subprefeitura.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 14/05/2013

Cidade é a quarta mais cara para comer fora de casa

Pesquisa realizada pela Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador) mostra que São José dos Campos é quarta cidade da região Sudeste mais cara para se comer fora de casa. O levantamento mostra que o custo médio da refeição fora de casa na cidade é de R$ 32,32.

O estudo foi realizado em 45 cidades do país. Somente no Sudeste o levantamento abrangeu 25 cidades. São José foi a única na RMVale. Segundo os dados, a refeição fora de casa em São José só não é mais cara em relação a Diadema (R$ 37,41), São Caetano (R$ 36,33) e Barueri (R$ 33,97). Em São Paulo, por exemplo, o custo médio da refeição fora de casa é de R$ 30,71, segundo a pesquisa. O preço apurado em São José é maior que a média verificada na região Sudeste (R$ 29,71) e no Brasil (R$ 27,40), aponta o estudo.

A pesquisa estratificou os custos conforme o tipo de refeição. O preço médio do prato comercial é de R$ 18,77. O serviço tipo self-service custa em média R$ 19,88. Já o menu executivo tem preço médio de R$ 39,16 e serviço A La Carte, R$ 51,46. Segundo a Assert, a pesquisa, realizada entre novembro e dezembro de 2012, consultou 4.440 estabelecimentos no país, com um total de 6.028 preços coletados.

O presidente da Assert, Artur Almeida, disse que a pesquisa retrata preços médios praticados, mas não é possível comparar com levantamento anterior. “Isto não é possível porque aumentamos o número de cidades, estabelecimentos e de coleta de preços”, afirmou o dirigente. O executivo afirmou que o estudo mostra que o preço médio da refeição fora de casa sofre diretamente pressão do preço dos alimentos que, no ano passado, teve reajuste maior que a inflação.

“A inflação no ano passado, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), do IBGE, foi de 5,84%, enquanto que alimentos e bebidas sofreram reajuste de 9,86%”, disse Almeida. Ele ponderou que é preciso também levar em consideração outros fatores que contribuem para encarecer a refeição fora de casa. “Temos que computar custo de aluguel, mão de obra e carga tributária paga pelos empresários do setor”, disse.
O presidente da Assert frisou ainda que é preciso considerar as peculiaridades de cada cidade. “Muitas vezes, os preços da refeição A La Carte e o Menu Executivo são muito altos e influenciam na composição final do preço médio ponderado de cada cidade”.

Para o executivo, a pesquisa mostra a necessidade de medidas para conter a inflação, principalmente dos alimentos, que são fundamentais para o dia-a-dia do cidadão. “É a realidade que mostra os dados”, frisou. Para o presidente do Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes), de São José dos Campos, Antonio Ferreira Júnior, a pesquisa nem sempre traduz a realidade dos estabelecimentos.

“Não se pode comparar apenas o preço da refeição com a variação da inflação. Cada restaurante tem suas peculiaridades e produtos diferenciados”, destacou o presidente do Sinhores. Ele disse que, embora não tivesse conhecimento ainda da pesquisa, considerou realista e compatível com São José os valores apontados pelo estudo da Assert para a cidade.

Entre os consumidores, a sensação é que comer fora de casa é cada vez mais caro. “Costumo almoçar fora de casa com a família no final de semana e percebo que o preço tem variado”, afirmou o administrador de empresas Gustavo Buoro, 38 anos. “Sinto que é cada vez mais caro”, disse a dona-de-casa Cristiane Galvão.

O Vale

Publicado em: 03/04/2013