Cidade é a quarta mais cara para comer fora de casa

Pesquisa realizada pela Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador) mostra que São José dos Campos é quarta cidade da região Sudeste mais cara para se comer fora de casa. O levantamento mostra que o custo médio da refeição fora de casa na cidade é de R$ 32,32.

O estudo foi realizado em 45 cidades do país. Somente no Sudeste o levantamento abrangeu 25 cidades. São José foi a única na RMVale. Segundo os dados, a refeição fora de casa em São José só não é mais cara em relação a Diadema (R$ 37,41), São Caetano (R$ 36,33) e Barueri (R$ 33,97). Em São Paulo, por exemplo, o custo médio da refeição fora de casa é de R$ 30,71, segundo a pesquisa. O preço apurado em São José é maior que a média verificada na região Sudeste (R$ 29,71) e no Brasil (R$ 27,40), aponta o estudo.

A pesquisa estratificou os custos conforme o tipo de refeição. O preço médio do prato comercial é de R$ 18,77. O serviço tipo self-service custa em média R$ 19,88. Já o menu executivo tem preço médio de R$ 39,16 e serviço A La Carte, R$ 51,46. Segundo a Assert, a pesquisa, realizada entre novembro e dezembro de 2012, consultou 4.440 estabelecimentos no país, com um total de 6.028 preços coletados.

O presidente da Assert, Artur Almeida, disse que a pesquisa retrata preços médios praticados, mas não é possível comparar com levantamento anterior. “Isto não é possível porque aumentamos o número de cidades, estabelecimentos e de coleta de preços”, afirmou o dirigente. O executivo afirmou que o estudo mostra que o preço médio da refeição fora de casa sofre diretamente pressão do preço dos alimentos que, no ano passado, teve reajuste maior que a inflação.

“A inflação no ano passado, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado), do IBGE, foi de 5,84%, enquanto que alimentos e bebidas sofreram reajuste de 9,86%”, disse Almeida. Ele ponderou que é preciso também levar em consideração outros fatores que contribuem para encarecer a refeição fora de casa. “Temos que computar custo de aluguel, mão de obra e carga tributária paga pelos empresários do setor”, disse.
O presidente da Assert frisou ainda que é preciso considerar as peculiaridades de cada cidade. “Muitas vezes, os preços da refeição A La Carte e o Menu Executivo são muito altos e influenciam na composição final do preço médio ponderado de cada cidade”.

Para o executivo, a pesquisa mostra a necessidade de medidas para conter a inflação, principalmente dos alimentos, que são fundamentais para o dia-a-dia do cidadão. “É a realidade que mostra os dados”, frisou. Para o presidente do Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes), de São José dos Campos, Antonio Ferreira Júnior, a pesquisa nem sempre traduz a realidade dos estabelecimentos.

“Não se pode comparar apenas o preço da refeição com a variação da inflação. Cada restaurante tem suas peculiaridades e produtos diferenciados”, destacou o presidente do Sinhores. Ele disse que, embora não tivesse conhecimento ainda da pesquisa, considerou realista e compatível com São José os valores apontados pelo estudo da Assert para a cidade.

Entre os consumidores, a sensação é que comer fora de casa é cada vez mais caro. “Costumo almoçar fora de casa com a família no final de semana e percebo que o preço tem variado”, afirmou o administrador de empresas Gustavo Buoro, 38 anos. “Sinto que é cada vez mais caro”, disse a dona-de-casa Cristiane Galvão.

O Vale

Publicado em: 03/04/2013

Pesquisas aponto que cidade é a mais cara para se comer

São José dos Campos é a segunda cidade mais cara do país para se comer fora de casa. É o que revela pesquisa da Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador) divulgada ontem. O consumidor gasta na cidade, em média, R$ 26,34 por uma refeição completa, com prato principal, bebida, sobremesa e café. O valor só não é maior do que em São Paulo, onde o cliente gasta R$ 26,80.

Na comparação com o ano passado, o valor da refeição em São José subiu 26%, bem acima da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que fechou 2011 em 6,5%, alta puxada justamente pelo setor de alimentação e bebidas.

Já o valor nacional médio da refeição foi de R$ 22,37, variação positiva de 6% em relação ao ano anterior. Na avaliação do presidente do Sinhores (Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares) de São José, Antônio Ferreira Junior, parte desse aumento se justifica pelo encarecimento dos produtos e serviços do setor alimentício.

“Para reajustar o preço, os restaurantes levam em conta itens diferenciados, que o IPCA não considera, como a mão de obra. No final do ano passado, vários cortes de carne subiram mais do que 60%”, disse Ferreira Junior, que considera o crescimento de 26% do preço da refeição acima do normal.

O aquecimento da economia, a geração de empregos e a chegada de novas indústrias ao Vale foram apontados pela Assert como responsáveis pela vice-liderança de São José no ranking nacional, à frente de capitais como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Quem tem que comer fora de casa em São José, seja por trabalho ou estudo, garante que está caro mesmo. Pela média da Assert, uma pessoa que almoça de segunda a sexta-feira em restaurantes desembolsaria, mensalmente, cerca de R$ 500.

“Por causa do trabalho, almoço fora quase todos os dias. Há um ano, com R$ 20 dava para comer bem. Hoje, já não é suficiente”, afirmou o analista de sistemas Roberto Rodrigues, 47 anos. O empresário Hélio Matsuo, 43 anos, foi outro a perceber a elevação do preço. “Não costumo comer fora, mas realmente aumentou, principalmente na região central.”

O proprietário do restaurante Adissai, Maurício Tsuji, afirma que a elevação de preço não foi tão alta no setor de comida por quilo, uma vez que a concorrência acaba freando o reajuste no valor. Os maiores reajustes teriam sido feitos nos estabelecimentos com sistema à la carte. “Se eu subir o preço em 26%, ninguém mais vem aqui”, disse. O economista Edson Trajano atribuiu o preço elevado ao padrão de renda de São José.

Ranking de preços

São Paulo: R$ 26,80
São José: R$ 26,34
Campinas: R$ 25,73
Rio de Janeiro: R$ 26,17
Belo Horizonte: R$ 20,41
Florianópolis: R$ 22,36
Curitiba: R$ 21,34
Recife: R$ 18,84
Salvador: R$ 21,17
Manaus: R$ 22,42
Vitória: R$ 23,90
Santos: R$ 25,67
Ribeirão Preto: R$ 21,37
Média nacional: R$ 22,37

O Vale