Fim de fabricação de carro leva Sindicato as ruas da cidade

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai às ruas contra o fim da produção do Classic na fábrica da General Motors na cidade. Ontem, dirigentes estabeleceram uma agenda de mobilização até o próximo dia 30 de agosto, quando a GM promete encerrar a fabricação do modelo em São José. A data coincide com o final do período de licença remunerada de 897 trabalhadores ligados ao MVA. Eles estão em casa desde 5 de agosto.

Em anúncio feito anteontem, que surpreendeu os sindicalistas, a GM antecipou para agosto o fechamento do MVA. A empresa desconsiderou acordo assinado em janeiro deste ano, com o sindicato, que previa a continuidade da produção no setor até 31 de dezembro, com a manutenção dos empregos. “Criou-se uma nova situação que exige o fim da produção do Classic em São José, que tornou-se economicamente inviável”, explicou Luiz Moan, diretor de relações institucionais da GM, em reunião anteontem com o sindicato.

Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, disse que a mobilização começa na próxima quarta-feira, com uma assembleia, e segue no dia 30 de agosto, com um paralisação geral da categoria.

Fabricação de novo Jato é apresentado pela Embraer

A Embraer, de São José dos Campos, apresenta esta semana na Labace (Feira Latino-Americana de Aviação Executiva) o seu maior jato executivo, o Lineage 1000, que é utilizado pela Presidência da República. No final do ano passado, a companhia cedeu uma aeronave para uso da presidente Dilma Rousseff (PT).

O Lineage 1000 utiliza a plataforma do Embraer 190, o maior jato comercial da empresa, que tem 114 assentos. É a primeira vez que a Embraer expõe o Lineage no Brasil. O modelo tem capacidade para 19 assentos e custo estimado em US$ 55 milhões. A aeronave poderá ser visitada na Labace, que será realizada de amanhã até sexta-feira, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A entrada custa R$ 200.

Com a retração da economia nos Estados Unidos e a crise econômica na Europa, a Embraer reforçou suas atenções para o mercado da aviação executiva no Brasil, que já possui a terceira maior frota de jatos do mundo. Atualmente a frota soma cerca de 720 aeronaves. A Embraer já entregou 112 jatos executivos no país.

Segundo a empresa, até 2014 o Brasil passará a ter a segunda maior frota de jatos executivos, sendo superado apenas pelos Estados Unidos. A empresa estima que nos próximos 10 anos a demanda de jatos executivos no Brasil será de 550 aeronaves, mercado estimado em US$ 8 bilhões.

A empresa trabalha para disputar grande parte dessa fatia do mercado. A Embraer anunciou ontem também que começou a produção na última semana do primeiro Legacy 450, outro modelo do seu portfólio para a aviação executiva

O Vale

Investimento de R$ 800 Milhões para fabricação de nova Picape

A General Motors apresentou à imprensa especializada ontem à noite, em Campinas, a nova Chevrolet S10, picape exibida em vários salões de automóveis com o nome de Colorado.

Os jornalistas realizam hoje no campo de provas da GM, em Indaiatuba (SP), um test-drive da picape, que deve chegar à rede de 600 concessionárias da marca logo após o Carnaval. Até ontem à tarde, o preço do modelo não havia sido divulgado.

A nova S10, montada na fábrica de São José dos Campos, é um modelo totalmente diferente do anterior. A picape, lançada em 1995 e sempre produzida na cidade, nunca deixou de ser líder de vendas no segmento. Nos últimos anos, a picape registrou um volume médio anual de 40 mil unidades vendidas. Com o novo modelo, a GM espera, no mínimo, repetir este êxito de vendas.

“Há 16 anos, os designers e engenheiros americanos exportaram para o mundo a S10 atual. Hoje os designers e engenheiros brasileiros, orgulhosamente, oferecem ao mundo a nova S10, um projeto 100% desenvolvido no Centro Tecnológico da GM em São Caetano do Sul”, disse o vice-presidente da GM do Brasil, Marcos Munhoz.

A nova S10 será comercializada em várias partes do mundo. Além da produção em São José, a picape é montada também na Tailândia. Lá, ela mantém o nome Colorado. A nova S10 será também exportada a países da América do Sul.

O diretor do complexo industrial da GM em São José, Paul Buetow, disse que o projeto começou a ser desenvolvido há três anos, desde a concepção criativa a partir do design, depois a criação propriamente dita pela engenharia, o envolvimento da área de manufatura, até o início de produção, o que ocorreu em janeiro passado.

“A preparação específica da linha de montagem ocorreu no decorrer de 2011”, disse Buetow. A mesma equipe que fazia a S10 anterior trabalha nesta nova geração do veículo. A GM aplicou R$ 800 milhões em todo o desenvolvimento da nova linha da S10, desde a concepção até o ajuste necessário na linha de montagem e equipamentos. No início desta semana, a linha já tinha montado cerca de 1.500 unidades da nova picape.

A produção atual, ainda em avaliação e ajustes, chega a quase 10 unidades por hora. Em abril, quando toda a linha estiver operando em maior aceleração, a produção atenderá melhor a demanda, com quase 19 carros/hora. O motor flex da nova S10 é fabricado em São José, na unidade da Powertrain, que integra o complexo. O motor a diesel vem do fornecedor e é acoplado ao veículo montado em São José.

O Vale