Prefeito pretende realizar cortes na área de esportes

O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), busca apoio da bancada aliada do seu governo na Câmara às medidas de redução de verba para os esportes de alto rendimento. Carlinhos ainda não conversou formalmente com a bancada mas tem tratado do assunto em encontros informações com parlamentares.

Nas redes sociais, vereadores do bloco governista postaram comentários e defenderam a postura do governo, que responsabiliza a gestão do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB) pelo corte de R$ 5 milhões na verba dos esportes de alto rendimento.

A medida deve afetar a manutenção de 125 equipes que contam com patrocínio oficial, inclusive a verba do basquete, que no ano passado foi de R$ 3,7 milhões. O vereador Shakespeare Carvalho (PRB) relatou que conversou informalmente com Carlinhos a respeito do impasse. “O prefeito disse a redução dos recursos financeiros para as equipes será gradual, para que os times possam ter tempo para buscar patrocínio na iniciativa privada”, afirmou.

O parlamentar afirmou que a possibilidade implementar a Organização Social formatada na gestão anterior para cuidar dos esportes de alto rendimento precisa ser bem analisada. “É uma alternativa, mas é preciso avaliar outras”, afirmou.

Nas redes sociais, outros vereadores também comentaram a questão. Calasans Camargo (PRP) afirma que os ajustes que estão sendo feitos, embora tenham causado “susto às equipes, acabarão por beneficiar a todas no futuro, uma vez que este susto obrigará os gestores, tanto do poder público quanto das equipes, procurem alternativas para viabilizar a captação de recursos para o desenvolvimento das suas atividades, seja através das Leis de Incentivos Fiscais ou do patrocínio da iniciativa privada”.

Ele avalia que há uma situação de extrema dependência do Fadenp (Fundo de Apoio ao Desporto não Profissional) e “quanto mais eram aportadas verbas para este órgão, mais as modalidades se acomodavam em um ciclo vicioso”. Já Rogério Cyborg (PV) disse que está empenhado em achar meios legais para que o esporte saia fortalecido. “Estamos avaliando todos os meios para que as empresas privadas confiem e invistam no esporte e cultura de nossa cidade.”

O secretário municipal de Esportes, João Bosco da Silva, reiterou ontem que uma solução para o patrocínio das equipes de alto rendimento tem que ser encontrada até junho deste ano. “Estamos avaliando as possibilidades, mas vamos encontrar uma solução até o meio do ano para não prejudicar as equipes”, afirmou.

Ele evitou entrar em detalhes, mas disse que o grupo formado para tratar do assunto trabalha diariamente na busca de alternativas. O grupo é formado pelo secretário, pelo vice-prefeito Itamar Cóppio (PMDB), pelo ex-prefeito Pedro Yves Simão (PMDB), atual diretor da Secretaria de Esportes, e pelo ex-vereador e presidente do DEM, Jorley Amaral. Na quinta-feira, o secretário da Fazenda, José Walter Pontes, volta à Câmara para falar sobre a situação financeira e orçamentária da prefeitura, na Comissão de Finanças.

VERBA DAS EQUIPES DE ALTO RENDIMENTO

Basquete Masculino
Este ano, a verba destinada à equipe é de R$ 1.686.208,30,
sendo R$ 200 mil captados pela LIF (Lei de Incentivos Fiscais) e R$1.486.208,30 repassados diretamente pelo Fadenp

Basquete feminino
Verba captada por meio da LIF este ano é de R$ 400 mil e repassado pelo Fadenp, R$ 63,1 mil

Futebol feminino
Recursos da LIF de R$ 630 mil e do Fadenp, R$ 491,4 mil

Vôlei Feminino
Não tem verba captada pela LIF e do Fadenp, R$ 236.675,88

Vôlei Masculino
Recursos captados por meio da LIF é de R$ 80.200, e do Fadenp, R$ 218.846,32

O Vale

Publicado em: 26/02/2013

Sindicato ameaça cortes da GM na cidade

Metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos prometem partir para o ataque para evitar a demissão de 1.600 trabalhadores da empresa em janeiro, mês que concentrará as mobilizações da categoria. “Teremos um ‘janeiro vermelho’ em São José com paralisações, ocupações na via Dutra e greves. É um absurdo o que a GM quer fazer”, disse Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José.

Hoje, sindicalistas e representantes da montadora terão uma nova reunião para discutir a situação dos 779 funcionários da GM que estão com o contrato de trabalho suspenso (layoff) desde 30 de novembro. Amanhã, o sindicato espera levar uma massa de trabalhadores à região central de São José, às 9h, para uma passeata de protesto, a segunda desde que a crise estourou.

Eles tentarão sensibilizar a empresa a reintegrar os trabalhadores em layoff e manter a linha de produção MVA, onde atualmente só é produzido o Classic. O prazo para término da suspensão temporária dos contratos de trabalho é 26 de janeiro de 2013.

Em declarações recentes, que revoltaram os sindicalistas, o presidente da General Motors América Latina, Jaime Ardila, teria sinalizado com a possibilidade de levar a produção do Classic para Rosário, na Argentina, e demitir em São José. A GM não fez comentários sobre o assunto ontem.

Pelas contas do sindicato, pelo menos 1.600 trabalhadores seriam colocados no olho da rua, sem contar os 200 que já teriam deixado a empresa por meio de um PDV (Programa de Demissão Voluntária). “Executivos da GM disseram que esperam um acordo com o sindicato para resolver a questão. Estamos abertos a fazer todos os acordos necessários para evitar as demissões, o que não vamos aceitar”, afirmou Barros.

O sindicalista acusa a GM de “radicalismo” e de não aceitar nenhuma proposta feita pelos trabalhadores. A crise na GM de São José começou em 2008, quando a empresa desistiu de investir na planta, trazendo novos veículos, por falta de acordo com o sindicato. Ela queria diminuir os salários. Os altos salários pagos na planta estariam afetando a competitividade da empresa.

O Vale

Publicado em: 06/12/2012

Metálurgicos da GM realizam protesto na cidade

Na véspera de importantes reuniões que poderão decidir o destino de 1.500 trabalhadores da indústria, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos promove hoje ato em frente à planta da General Motors na cidade. A manifestação acontecerá a partir das 13h, na portaria da unidade de produção da S10.

Segundo a entidade, a manifestação terá a presença de representantes de sindicatos de diversas cidades e centrais sindicais do país. Entre as entidades que confirmaram presença estão Sindicatos de Metalúrgicos de Santos, Campinas, Limeira e São Caetano do Sul.

Amanhã, a direção do sindicato se reunirá com representantes da montadora, em São José, para discutir o futuro dos 1.500 empregados da linha de produção conhecida como MVA, onde são montados o Corsa e o Meriva. A GM não descarta a possibilidade de demissão.

O encontro está pré-agendado para as 11h, a pedido do Ministério do Trabalho. No entanto, até ontem à tarde ainda não havia sido definido local. Às 16h, acontecerá outra reunião entre as partes no Ministério Público do Trabalho, para tratar de demissões na planta, a pedido do sindicato. A Câmara também vai promover amanhã um encontro sobre o assunto. A plenária está marcada para as 18h, na sede do Legislativo, que vai convidar sindicato e GM.

O Vale