Feira no setor aeroespacial fortaleza a cidade

A participação de São José dos Campos na Paris Air Show 2013, em Le Bourget, na França, confirmou a posição de referência nacional da cidade no setor aeroespacial. Durante a feira, o grupo EADS, controlador da Airbus, anunciou a implantação de um centro de pesquisa no município, Boeing e Embraer fecharam parceria para promoção e venda do cargueiro KC-390 e a fabricante de aviões brasileira conseguiu se destacar com acordos para a venda da nova geração de jatos regionais E2. A Embraer fechou 165 acordos de intenção de compra com companhias da África, Ásia, Europa e América Latina.

Para o prefeito de São José dos Campos, a participação da cidade na feira tem sido bastante positiva ao propiciar as empresas do Cluster Aeroespacial oportunidades de contatos e reuniões com potenciais clientes de diferentes países e pelos contratos e anúncios de investimentos realizados pela Embraer.

“A participação de São José tem sido bastante positiva com destaque para Embraer que anunciou investimentos que serão fundamentais para criar empregos, oportunidades na nossa cidade. Tivemos uma grande alegria com o anúncio da EADS. De maneira que nós temos as três maiores empresas do setor aeronáutico do mundo com presença em nossa cidade. Isso é fundamental porque representa desenvolvimento pra São José dos Campos”, afirmou o prefeito. O prefeito e o secretário de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia participam desde segunda-feira (17) da Paris Air Show para representar a cidade no evento e buscar oportunidades de negócios para o município.

Nesta quinta-feira (20), o secretário de Desenvolvimento Econômico participou de um seminário sobre a indústria aeroespacial e de defesa brasileira. O secretário falou sobre o cluster aeroespacial de São José dos Campos. O seminário encerrou a participação da Prefeitura no evento.

VLT

O prefeito e secretário visitaram nessa quarta-feira (19) a cidade de Reims, próximo a Paris, para conhecer o sistema do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Os representantes de São José dos Campos foram recebidos pelo secretário de transportes e o vice-prefeito de Reims e visitaram uma fábrica que desenvolve o sistema. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, o grupo conheceu as tecnologias mais recentes de implantação de sistemas de transporte leve sobre trilhos e obteve informações sobre os impactos na cidade com a adoção do VLT.

“São iniciativas que consideram a integração com carros, ônibus, bicicletas e pedestres de forma harmônica e eficaz. Verificamos o processo de implantação, planejamento logístico e infra-estrutura durante a obra. As lições aprendidas devem auxiliar no planejamento de um desenvolvimento em São José baseado na mobilidade”, disse o secretário. O prefeito afirmou que a visita possibilita levar para São José dos Campos experiências concretas e recentes do sistema uma vez que não há nenhuma cidade brasileira ou da América do Sul que tenha o VLT em funcionamento.

“Nós temos contato com estudos, mas é fundamental conhecer in loco o funcionamento e poder sentir com os usuários utilizam esse meio de transporte. Nós reforçamos aqui a nossa convicção que implantando o VLT muitas pessoas que hoje vão trabalhar de carro poderão deixar o carro em casa e utilizar no transporte diário o veículo leve sobre trilhos, o transporte coletivo da cidade”, afirmou o prefeito. O grupo viaja nesta quinta-feira (20) para Amsterdã, onde visita outra fábrica que desenvolve o sistema do VLT e também centros de inovação e tecnologia que têm interesse em se instalar em São José dos Campos.

Cidade tem plano para setor aeroespacial e defesa

O ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, anunciou no Parque Tecnológico de São José dos Campos investimentos de R$ 2,9 bilhões para apoiar as indústrias do setor aeroespacial e de defesa.  O anúncio foi feito durante o lançamento do edital do programa Inova Aerodefesa que pretende fortalecer o setor por meio de ações estratégicas para estimular a parceria entre iniciativa privada e instituições de pesquisa por meio da descentralização de crédito e subvenção econômica para o investimento em programas de inovação tecnológica.

Cerca de R$, 2,4 bilhões serão financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e os outros R$ 500 mil pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).  O programa se destinará desde a fase de pesquisa e desenvolvimento até a industrialização de equipamentos nos setores Aeroespacial, Defesa, Segurança Pública e Materiais Especiais.

O setor Aeroespacial inclui tecnologias para foguetes e veículos lançadores de satélites, plataformas espaciais e produtos industriais aeronáuticos. Em Defesa se incluem sensores remotos, sistemas de comando, controle e inovação tecnológica, enquanto na área de Segurança Pública, se financiará o desenvolvimento de sistemas de identificação biométrica e armas não letais, entre outros.

O quarto setor, o de Materiais Especiais, reúne fibras de carbono, ligas metálicas, resinas e propelentes sólidos, canos e outros equipamentos. O Inova Aerodefesa faz parte do programa Inova Empresa que prevê a articulação de diferentes ministérios e a disponibilização de apoio financeiro de mais de R$ 32 bilhões até 2014. Os recursos são destinados a empresas brasileiras de todos os portes que tenham projetos inovadores. O plano apoia setores considerados prioritários pelo Governo, como Saúde, Aeroespacial e Defesa, Energia, Petróleo e Gás, Sustentabilidade Socioambiental e Tecnologia da Informação.

De acordo com o ministro Marco Antonio Raupp, o lançamento do edital em São José reconhece a essencialidade da tecnologia e inovação nas indústrias do município e busca contribuir para o desenvolvimento das empresas da região.

“Quando se desenha no governo federal um grande programa de apoio a essa vertente a inovação nas empresas há de se lembrar da importância de São José dos Campos em todo esse setor de defesa e aeroespacial, que é tão intenso em tecnologia. Estamos colocando à disposição das empresas da região quase 10% dos investimentos de todos os setores do Inova Empresa para apoiar através do Inova Aero Defesa as indústrias”, afirmou Raupp.  De acordo com o prefeito, o município saberá aproveitar a oportunidade que está sendo oferecida às empresas e buscará colaborar no que for necessário para que os recursos possam ser utilizados para desenvolver a cidade.

“Os recursos são muito expressivos e tenho certeza que nossas indústrias vão estar engajadas nesse processo. Nossas empresas são inovadoras, têm iniciativa e temos em São José parceiros como o Parque Tecnológico e o Cecompi que estão a disposição a fazer que o Inova Aerodefesa possa ter um grande sucesso para o desenvolvimento de nossa cidade e ajudar o Brasil a consolidar esse bom momento”, afirmou o prefeito.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 21/05/2013

Setor aeroespacial negocia redução de Folha de Pagamento

A Embraer, de São José dos Campos, será beneficiada com medida a ser tomada pelo governo que visa desonerar a folha de pagamento dos funcionários de determinados setores da indústria. Ontem, o vice-presidente de Relações Institucionais da Embraer, Jackson Schneider, representando a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, se reuniu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em Brasília, para tratar do assunto.

A intenção do governo é substituir a atual contribuição das empresas de 20% da folha de pagamento à Previdência Social por uma alíquota única vinculada à receita bruta da empresa. Inicialmente, essa taxa seria de 1% do faturamento, valor que pode ser redefinido após reunião de Mantega com os setores a serem beneficiados pela medida.

Além da indústria aeronáutica, a mudança parte do programa de fomento da indústria Brasil Maior é direcionada aos setores têxtil, naval, moveleiro, autopeças, bens de capital e plástico. Ontem, o ministro Mantega também se encontrou com representantes da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), da Abimovel (Associação Brasileira das Indústrias de Móveis) e do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

Os benefícios a serem concedidos têm a finalidade de aumentar a competitividade da indústria brasileira e barrar o avanço dos importados, que estaria resultando em demissões em todo o país. Balanço divulgado essa semana pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) mostra que nos últimos cinco meses a indústria de São José fechou 1.600 postos.

“Toda medida para desonerar a folha de pagamento ajuda o setor. O peso da folha de pagamento é muito grande. Um trabalhador que ganha R$ 1.000 custa R$ 2.300 para a empresa, somados os encargos. É muita coisa”, afirmou o diretor regional do Ciesp de São José, Almir Fernandes.

Para o delegado do Corecon (Conselho Regional de Economia) do Vale do Paraíba, Jair Capatti Junior, a deso-neração da folha representa um certo ‘fôlego’ para a indústria. Ele considera uma medida válida para todo o setor. “As empresas podem ter fluxo de caixa um pouco mais favorável, o que deve auxiliar no dia a dia. É preciso que se equalize (a desoneração) para todos os setores para que haja crescimento em toda a indústria”, disse Capatti.

Ainda não há previsão de quando o governo deva formalizar a medida. As negociações com outros setores beneficiados devem continuar na próxima semana.

O Vale

Escola de ensino Aeroespacial ficará pronto apenas em 2014

O centro de capacitação aeronáutica e de defesa do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) que será instalado no Parque Tecnológico de São José dos Campos vai demandar investimento de R$ 84 milhões e será inaugurado em 2014.

Conforme antecipado ontem por O VALE, a unidade vai oferecer 5.800 vagas por ano, sendo 5.000 em cursos gratuitos voltados para a qualificação e aprendizagem. As demais vagas serão para ensino superior e destinadas por cursos tecnólogos, com mensalidade de R$ 650. No entanto, haverá condições especiais para alunos de baixa renda.

Ontem, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo, o presidente estadual do Senai, Paulo Skaf, assinou parceria com o governo francês para auxiliar na formalização da grade curricular e estrutura da unidade, que terá 21 mil metros de área construída.

O acordo envolveu empresas do setor aeroespacial francês, entre elas a Dassault, que concorre com a sueca Saab e a norte-americana Boeing no fornecimento de caças à Força Aérea Brasileira pelo programa F-X2, e a Thales, líder mundial em tecnologia para o mercado aeroespacial, de defesa e transportes.

As empresas e o governo francês ficarão responsáveis pelo intercâmbio de informações para a realização dos cursos. “A intenção é que nossos técnicos e professores vão à França e os deles venham para cá, e assim formarmos o melhor conteúdo teórico e prático”, disse Skaf.

O embaixador da França no Brasil, Yves Edouard Saint-Geours, creditou a assinatura da parceria de ontem ao acordo firmado entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da França Nicolas Sarkozy em 2008.

“A parceria envolvia transferência de tecnologia e recursos humanos. O alvo do governo não são parcerias comerciais, mas algo mais integrado”, disse o embaixador. Skaf salientou que o centro não terá exclusividade dos franceses e revelou interesse de outros países, como os Estados Unidos, em novas parcerias em troca de transferência de tecnologia.

A implantação da unidade do Senai depende da aprovação do conselho administrativo do Parque Tecnológico e da prefeitura para a doação de área, o que, segundo Skaf, deve acontecer nos próximos dois meses. O Senai custeará 100% do prédio, sem financiamento. “Serão R$ 64 milhões para a unidade de aeronáutica e outros R$ 20 milhões para a unidade de defesa, que ficará no mesmo local”, disse o presidente do Senai e da Fiesp.

A Prefeitura de São José não comentou o assunto. Por meio de sua assessoria, informou que aguarda a aprovação do convênio para a instalação da unidade entre Parque Tecnológico, prefeitura e Senai para falar sobre o centro.

O Vale

Centro de formação Aeroespacial será instalado na cidade

O Parque Tecnológico de São José dos Campos vai ganhar uma unidade do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) voltada para a formação de mão de obra para os setores aeroespacial e de defesa. O centro terá 5.800 vagas por ano e funcionará em uma área de 20 mil metros quadrados nas dependências do Parque.

A criação do centro teria partido de uma demanda das empresas Embraer e Helibras. Além de engenheiros, o setor aeronáutico sente a falta de projetistas e especialistas no manuseio de materiais compostos. Hoje, o presidente do Senai, Paulo Skaf firma parceria com o governo francês para a implantação da unidade no Parque Tecnológico. O evento acontece na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) com a presença das empresas Thales, Dassault, Safran e EADS.

“É um convênio para transferência de tecnologia, pois a França tem uma escola aeroespacial muito boa. Professores de lá virão dar aula”, disse o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, Almir Fernandes, que se encontrou ontem com Skaf.

Ele negou que a parceria represente exclusividade das empresas francesas no centro de formação do Senai. “O Senai sempre tem parceria com empresas de fora. A França é uma dessas parceiras e é lógico que acordos serão assinados com outros países onde a escola desses setores é forte”, disse Fernandes.

Implantação. A instalação da nova unidade do Senai em São José depende da aprovação do conselho administrativo do Parque Tecnológico. A expectativa é que o lançamento oficial do centro de formação aconteça, no mais tardar, no início de abril.

“É um projeto completo, que contempla um centro de desenvolvimento e instituto de pesquisa”, disse o diretor do Parque Tecnológico, José Raimundo Coelho. A real participação do governo francês no desenvolvimento do centro de formação de mão de obra será conhecida hoje, bem como o valor do investimento e os detalhes sobre a grade curricular da unidade, que tem previsão para funcionar ainda este ano.

Reforço vai auxiliar na qualificação
Para o diretor do Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista), Agliberto Chagas, a unidade do Senai chega “em boa hora”. “O melhor é que os alunos irão aprender fazendo, com o ‘know-how’ dos franceses. Temos novos projetos não só no setor aeronáutico como na área de defesa, então (o centro) é fundamental”, disse.

Anúncio acontece em meio à transição
O atual diretor do Parque Tecnológico, José Raimundo Coelho, não irá participar do evento na Fiesp. Em meio à sua transferência para a presidência da AEB (Agência Espacial Brasileira), Coelho irá permanecer cumprindo sua agenda em São José. A presença de seu substituto na direção geral do Parque, Horácio Forjaz, também não foi confirmada.

O Vale