A Associação Joseense para o Fomento da Arte e da Cultura conseguiu captar a verba mínima necessária para a elaboração do projeto de restauro do antigo sanatório Vicentina Aranha, um dos principais patrimônios de São José dos Campos.
A diretora-geral da Ajfac, Ângela Tornelli, anunciou ontem que a entidade captou um total de R$ 158 mil, o que representa 20% do valor orçado para a elaboração do projeto de restauro, que é de cerca de R$ 799 mil.
No ano passado, a Ajfac obteve autorização do Ministério da Cultura para captar os recursos por meio da Lei Rouanet, de incentivo à cultura. A norma permite abatimento no Imposto de Renda devido por pessoas físicas e jurídicas que colaboram financeiramente com projetos culturais.
A autorização do MinC tinha validade até o final de 2010 e foi renovada para até julho deste ano. Caso não conseguisse atingir a meta, a entidade perderia os valores já captados e seria excluída do cadastro de beneficiados pela lei cultural.
Ângela afirmou que foi uma vitória, pois a Ajfac ganha fôlego para continuar o trabalho de captação, mas ela frisou que a recuperação e o restauro do conjunto arquitetônico ainda estão longe de ser efetivados.
A Ajfac aguarda agora a renovação pelo MinC da autorização para usufruir da Lei Rouanet por mais um ano. Segundo Ângela, a Ajfac obteve ajuda de pessoas jurídicas e físicas para atingir a meta, mas não revelou nomes.
Estratégia. A Ajfac planeja rever a estratégia de captação e irá desenvolver nova campanha de marketing para divulgar à sociedade a importância de preservação e restauração do Vicentina Aranha.
A Ajfac aguarda também para os próximos dias sinal verde da prefeitura para a aprovação do contrato de gestão que deve ser assinado pelo governo municipal com a Ajfac, que passará a ser a gestora do antigo sanatório.
Angela evitou detalhar o assunto, mas frisou que a questão “está bem encaminhada”.
Enquanto não assume efetivamente o gerenciamento do Vicentina, a Ajfac executa pequenos serviços de manutenção nas edificações.
Uma das propostas é fazer uma faxina geral em todos os pavilhões, que estão cheios de teias de aranha e bolor. Recentemente, um dos cinco pavilhões foi limpo.
No entanto, a prioridade é mesmo a obtenção de recursos para restauração do imóvel, que está orçada em pelo menos R$ 22 milhões. Transformado em parque, o Vicentina Aranha ocupa uma área de cerca de 84 mil metros quadrados.
O imóvel foi comprado pela prefeitura em 2006. É tombado pelo Patrimônio Histórico.
VICENTINA ARANHA
Sanatório Área
O antigo sanatório ocupa uma área de 84,679 metros quadrados, ao lado do Jardim Apolo
Construção Período
O hospital foi construído entre 1918 e 1924. Foi projetado pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo
Importância Saúde
O Vicentina Aranha foi o maior hospital do Brasil para tratamento da tuberculose
Compra município
O antigo sanatório foi comprado pela prefeitura em 2006, por R$ 22 milhões
Plano Ocupação
O plano elaborado pela prefeitura, com o apoio da comunidade, é transformar o Vicentina Aranha em um centro cultural, de lazer e educacional
O Vale