Após assistir a uma demonstração de lançamento de foguetes terra-terra, fabricados pela Avibras, no Campo de Instrução do Exército, em Formosa (GO), a 80 quilômetros de Brasília, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que está em negociação com o Ministério da Fazenda a aquisição do equipamento que considera de importância estratégica para o país.
O sistema conhecido como Astros 2 custa R$ 960 milhões, segundo informou o general Aderico Mattioli, diretor de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa. A expectativa é que a liberação dos recursos seja definida até o final do ano.
O ministro da Defesa explicou que, primeiro, é preciso resolver a situação da Avibras, com sede em São José dos Campos, que se encontra em processo de recuperação judicial. No início do ano, a empresa demitiu trabalhadores por falta de contratos na área militar.
Para que a empresa sobreviva, é preciso que haja um saneamento econômico e financeiro, que poderá ser obtido com a garantia da aquisição do sistema Astros 2020, pelo Exército, além de capitalização da Avibras por meio de refinanciamento de seus débitos pelo governo dentro do Refis.
Jobim, por sua vez, salientou que é preciso dar continuidade e garantir este acervo tecnológico, que não pode ser perdido, já que se trata de uma produção brasileira.
O ministro lembrou que há interesse mundial neste produto e a última exportação da Avibras foi para a Malásia, que adquiriu um conjunto de lançadores de foguetes da indústria brasileira em 2008, ao preço de R$ 500 milhões.
Hoje, o Exército brasileiro não possui o Astros 2 e a intenção é que o sistema possa ser adquirido ainda este ano, segundo Jobim.
Contrato. O sistema que o Exército quer comprar é composto por 49 viaturas.
São 18 veículos lançadores, 18 remuniciadores, 3 unidades de controle e monitoramento, 3 estações meteorológicas, 3 de manutenção, 3 veículos de comando e controle de bateria e um de comando e controle de grupo.
O Vale
fecha logo este contrato e deixa de enrolação