O governo do Estado prevê terceirizar, a partir do primeiro semestre de 2014, o atendimento de emergência da Polícia Militar, o 190, em São José dos Campos. A mudança na operação do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior 1) atende a um projeto-piloto da Secretaria de Segurança Pública, que visa tirar os policiais dos atendimentos e coloca-los nas ruas a fim de aumentar o efetivo. O projeto foi anunciado pelo secretário Fernando Grella ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no início desta semana durante visita a Campinas. A data para o início da mudança ainda não foi definida.
Segundo Grella, a alteração do sistema atenderá em sua primeira fase apenas São Paulo e Osasco (região metropolitana), além de São José, onde o Copom (Comando de Operações da Polícia Militar) é responsável pelas 39 cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. O secretário disse ainda que o edital para a contratação do serviço e como deverá acontecer está em fase de finalização. “A medida colocará mais policiais nas ruas, o que terá bons resultados à população”, disse Grella aos jornalistas.
Para Alckmin, transferir os policiais do atendimento telefônico para o operacional é positivo e contribuirá com o policiamento nas ruas. “Eu vejo de maneira positiva ter cada vez mais o policial na rua, em sua atividade preventiva, ostensiva e repressiva. Você pode ter civis nesse trabalho”, disse Alckmin em referência aos PMs que atuam no atendimento. Por meio de nota, a Polícia Militar disse que o objetivo da terceirização provocará o ‘melhor atendimento ao cidadão’. “No início, os atendentes terão acompanhamento dos policiais militares que trabalham no atendimento das chamadas de emergência até que se tenha certeza do mesmo nível de excelência de atendimento”, conclui a nota da PM.
Hoje, o Copom de São José atende cerca de 186 mil ligações por mês, uma média de 6.200 pedidos de socorro. Do total de contatos, 21% são trotes, um velho problema. A comunicação é gravada para o controle de procedimentos. Hoje são 130 policiais no processo de atendimento. “A medida chega tarde, mas é importante este novo passo da polícia, que deve estar nas ruas”, disse o especialista em segurança pública, José Vicente da Silva Filho.