Prefeitura da cidade intensifica prevenção a chuva

Todos os anos a Prefeitura de São José dos Campos trabalha para evitar alagamentos, deslizamentos de terra e outros transtornos causados pelas fortes chuvas de verão. Nos últimos cinco anos a Secretaria de Obras executou mais de 15 mil metros de galerias de águas pluviais no município, realizando neste período um total de 36 obras de drenagem, além da limpeza de rios e córregos, com investimento de cerca R$ 28,5 milhões.

Um bom exemplo é a obra de abertura e ampliação do córrego Lavapés, na Avenida Teotônio Vilela (trecho do Anel Viário) e Rua Turquia. Os 909 metros de abertura deram fim às constantes enchentes da Rua Turquia e adjacências.

Em 2011 foram entregues a galeria de águas pluviais no Jardim Morumbi, na região sul, e a GAP da Vila Rossi, na zona norte. Também foi concluída este ano a obra na Avenida Benedito Bento, no Jardim Morumbi, uma área que sofria com alagamentos constantes durante o período de chuvas e que agora teve o problema sanado. A secretaria de Obras também concluiu neste segundo semestre o prolongamento da galeria de águas pluviais no Morro do Regaço, na Vila Industrial, região leste da cidade, e está finalizando a contenção da encosta no local.

A Prefeitura de São José dos Campos também realiza todos os anos o trabalho de desassoreamento e dragagem dos rios e córregos que cortam a cidade. Com o uso de máquinas especiais (escavadeiras hidráulicas de braço longo, que se locomovem sobre esteiras), os trabalhadores retiram todo o tipo de lixo e detritos do fundo dos canais, aumentando a vazão dos rios.

O assoreamento é resultado do acúmulo de lixo, entulho e até mesmo terra e areia no fundo dos rios, que passam a suportar cada vez menos água, provocando enchentes em época de grande quantidade de chuva.

No último mês de setembro a Prefeitura iniciou o trabalho de desassoreamento, dragagem e limpeza dos principais córregos do município. As máquinas irão dragar 30,6 quilômetros de extensão de córregos, entre eles Cambuí, Pararangaba, Alambari e Buerinho. O prazo para o término do serviço é janeiro.

Outras ações importantes foram realizadas pela Secretaria de Serviços Municipais (SSM), que investiu cerca de R$ 3 milhões na instalação de gabiões às margens do Vidoca (contenções de pedra instaladas nas margens do córrego para evitar erosões) e mais R$ 976 mil em obras de drenagem em diversos locais da cidade. Entre eles o Jardim Majestic, Residencial União, Avenida Salinas, Vila das Flores, Avenida Ouro Fino.

Além de realizar obras, a Prefeitura também mantém as regiões de risco mapeadas e monitoradas, por meio da Defesa Civil.

Os locais suscetíveis a escorregamento de encosta, as chamadas áreas de risco, são em geral áreas com declividade superior a 30%, com ações antrópicas como lançamento de águas servidas, supressão de vegetação, direcionamento incorreto das águas pluviais, lançamento de lixo e plantio de vegetação inadequada, como bananeiras.

A orientação que os técnicos da Prefeitura passam à população que reside nessas áreas é tomar algumas medidas para amenizar o risco de escorregamento:

– Procurar a Prefeitura antes de realizar qualquer tipo de construção;
– Não construir em áreas com declividade superior a 30%;
– Não lançar águas servidas (de uso doméstico) na encosta e sim em fossa séptica;
– Não desmatar a área;
– Direcionar as águas pluviais de forma correta;
– Não jogar lixo e entulho;
– Não plantar bananeiras.

Além disso, quando a situação de risco de escorregamento é iminente, a recomendação é a desocupação imediata do imóvel. Entre transferências e indenizações, a Prefeitura de São José dos Campos já assistiu mais de 1 mil famílias nos últimos dois anos.

O ano de 2011 começou com a tragédia do bairro Rio Comprido, onde cinco pessoas morreram. Menos de três meses após o ocorrido 43 famílias já haviam sido transferidas para os conjuntos habitacionais Frei Galvão (região leste), Boa Vista (região Norte) e Santa Luzia (Putim). Outras 153 famílias do Rio Comprido foram transferidas para o Conjunto Habitacional do Parque Interlagos, na região sul do município, no mês de julho e mais 13 no mês de novembro.

O conjunto do Parque Interlagos recebeu também 115 famílias de diversas áreas de risco do município, sendo 32 famílias do Banhado, 27 do Jardim das Indústrias e o restante de bairros como Águas de Canindu, Buquirinha, Jardim Guimarães, Vila São Bento e outros. Até o final do ano, outras 146 famílias que vivem em áreas de risco receberão suas casas nesse mesmo conjunto.

A Prefeitura de São José dos Campos está em negociação com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) para definir a construção de mais 1.100 unidades habitacionais nas regiões norte e sudeste.

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