Novo Fórum já aponta problemas na estrutura do Prédio

Inaugurado no último dia 17 dezembro após sete anos de obras, o novo Fórum de São José foi reaberto ontem ao público, no Jardim Aquarius, na zona oeste, com inúmeros problemas estruturais e de segurança. Falta de detectores de metais e câmeras, falhas nos sistemas de computação e ar-condicionado, elevadores desligados e até corte de água transformaram o primeiro dia de atendimento em um verdadeiro caos.

Advogados e usuários reclamaram durante todo o dia da disponibilização de vagas de estacionamento no prédio somente para funcionários, enquanto nas ruas ao redor o estacionamento foi proibido. Na Avenida Salmão, por exemplo, agentes de trânsito aplicavam multas nos carros estacionados.

Iniciada em 2004 e concluída em novembro do ano passado, a obra custou R$ 30 milhões. Diante dos problemas, a direção do Fórum garantiu que o prédio estará em pleno funcionamento até o fim do mês. Entre os advogados, a maior reclamação era a proibição de estacionar dentro e no entorno do prédio. “Isto está errado. Onde vamos colocar o carro? Na cabeça? E ainda terei de andar pela rua carregando um monte de processos na mão”, disse a advogada Maria Clara Cartaxo, 59 anos.

A presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Sílvia Dias, afirmou que irá pedir solução para o caso. “Não tem onde estacionar ao redor do prédio. Estou enviando um ofício solicitando reunião com o presidente do Tribunal de Justiça.”

O prédio estava com o ar-condicionado desligado. Não bastasse o calor, um problema na bomba hidráulica cortou a água no período da tarde. Até o início da noite, o problema continuava. Os elevadores também não estavam funcionando.

Para piorar, o sistema de computadores sofreu uma pane que impediu a geração de novos protocolos e distribuição de processos este trabalho teve que ser feito manualmente, por meio de roleta de bingo operada pelo próprio diretor do Fórum, José Loureiro Sobrinho, que sorteava as varas que receberiam as ações. “O Colégio Recursal está com o sistema desligado e não tem como procurar meu processo. Disseram que talvez na quarta-feira amanhã”, disse o professor Cézar Cruz, 35 anos.

O VALE constatou que alguns computadores da sala permaneciam nas caixas. Funcionárias confirmaram a falta de sistema de computação. Outro problema dentro do prédio é a falta de informação sobre a localização das salas. Não há placas de sinalização. Ontem, apenas quatro guardas armados faziam a segurança no prédio, onde não havia detectores de metais nem câmeras de segurança.

O Vale

Publicado em: 08/01/2013