Com entrega prevista inicialmente para hoje, as obras do novo Fórum de São José, no Jardim Aquarius, não terminaram e a inauguração foi adiada para o dia 9 de novembro. As obras tiveram início em março de 2005. É a quinta vez que a entrega do prédio é adiada. A nova data foi confirmada ontem pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Segundo o desembargador do TJ, Paulo Ayrosa, o prazo extra de quatro meses é necessário em razão de atrasos em licitações na área de informática e mobiliário. De acordo com o magistrado, é preciso mobiliar e instalar o serviço de informática para que o Fórum possa ser aberto e funcionar plenamente.
“Estávamos certos de que a inauguração aconteceria em julho, depois pensamos em setembro, mas as licitações e uma impugnação retardaram nossas expectativas. Essa nova data é um aguardo factível.” Segundo Ayrosa, as duas licitações já foram concluídas e o funcionamento pleno do novo edifício depende da conclusão desses serviços.
A estimativa é que até o momento o TJ tenha investido R$ 10 milhões com as licitações e adequações no prédio.
Desfalques. Mesmo com o novo atraso, o prédio deverá ser entregue sem ar condicionado e o sistema de vigilância externa, que ainda é negociado com a prefeitura de São José.
“Sem informática, mobiliário e telefonia não dá para sobreviver. Agora, o ar condicionado é muito caro e ficará para depois”, disse Ayrosa. A instalação do ar condicionado deve custar R$ 4 milhões. A novela da construção do prédio teve início em 2005 e foi marcada por abandonos de empreiteiras e alterações no projeto original. As obras consumiram mais de R$ 30 milhões de um orçamento inicial de R$ 4,6 milhões.
A secretária de Obras de São José, Flávia Pitombo, negou qualquer relação com os novos atrasos. Segundo ela, as obras previstas em contrato foram entregues no dia 25 de novembro.
Para o vereador Wagner Balieiro (PT), a prefeitura também falhou ao iniciar uma obra de grande porte sem um projeto executivo. “A obra começou sem projeto executivo. E a medida que foi acontecendo ocorreram várias alterações no projeto, itens e materiais. Isso contribuiu para o atraso e também para o aumento no valor da obra”, disse. Estudo do PT apontou mais de 1.400 alterações na obra.
O Vale