Novo diretor define Reciclagem de PMs da cidade

Nos próximos dois meses, todos os 1.400 policiais civis da Região Metropolitana do Vale passarão por uma reciclagem, que inclui um curso de boas maneiras no atendimento à população. Até junho, as delegacias também terão atendimento padronizado com funcionários uniformizados. Quem trabalhar no atendimento terá de cuidar da aparência.

“Nada de policial barbudo ou displicente. A pessoa tem de confiar no policial para quem vai relatar um problema”, diz o diretor do Deinter-1, João Barbosa Filho. A ideia é encorajar a população a denunciar crimes e, com isso, aumentar a produtividade da Polícia Civil.

Segundo José Vicente da Silva, consultor sobre segurança, 50% dos crimes, como roubos e furtos, não são registrados. O curso será realizado por etapas na sede do Deinter, em São José. Um edital irá selecionar a empresa responsável pelo treino.

Os policiais também serão treinados para filtrar as ocorrências antes de começar o registro. A ideia é evitar casos de estelionato. “Tem gente que, por exemplo, deixa o carro com chave no contato para ser furtado porque quer pegar o seguro. Isso aumenta a estatística e é um golpe que a pessoa está aplicando”, diz Barbosa.

A dona de casa R.C.O, 29 anos, registrou na última sexta-feira uma denúncia na Corregedoria da Polícia Civil por ter sido mal atendida na DDM (Delegacia da Mulher). Segundo o irmão de R, no final do mês de março, a dona de casa foi à DDM denunciar as ameaças que sofria do ex-marido, um policial de Minas Gerais.

“Esperamos quatro horas e na hora do atendimento, nos aconselharam a não fazer o boletim de ocorrência”, afirmou o irmão. Uma semana depois, R. foi baleada pelo ex-marido, que foi preso em seguida.

O Vale