A Prefeitura de São José dos Campos resolveu assumir a limpeza do terreno do Pinheirinho, zona sul, depois que a massa falida da empresa Selecta S/A ignorou várias notificações. Como a área é privada, a Secretaria de Defesa do Cidadão informou que se baseou numa lei municipal para realizar o serviço, que custou R$ 7.900 aos cofres públicos.
A administração diz que vai cobrar o valor dos proprietários na Justiça. Para o governo, o local oferece riscos de proliferação do mosquito transmissor da dengue e de animais peçonhentos. As cerca de 1.700 famílias que viviam na área há quase oito anos foram expulsas com ajuda da PM no dia 22 de janeiro, após determinação da Justiça. A limpeza do terreno foi determinada pela prefeitura em 2 de fevereiro.
No total, a massa falida da Selecta recebeu 14 multas, sete delas por reincidências, que juntas somam R$ 28 milhões. Avaliada em R$ 187 milhões, a área será leiloada dia 3 de outubro.De acordo com a prefeitura de São José, a limpeza do Pinheirinho foi realizada há uma semana, numa pequena área que compreende o trecho onde a estrada do Imperador cruza com a rua Almirante Barroso.
Foram removidas 37 toneladas de lixo e entulho. O gasto com o serviço foi de R$ 7.900, entre recolhimento, separação e transporte. “É gastar dinheiro público em um terreno privado. O valor não será cobrado. Depois, eles vão perdoar a dívida”, disse Antônio Donizete Ferreira, advogado dos sem-teto.
Ontem, O VALE esteve no Pinheirinho e verificou dois tratores e um caminhão retirando entulho do local. Um carro da prefeitura também foi avistado dentro do terreno. A assessoria da prefeitura informou que o serviço ontem não era feito pelo Executivo que isso foi feito somente na quarta-feira passada e que desconhecia algum veículo oficial deslocado para a área. A Secretaria de Assuntos Jurídicos informou que irá cobrar da massa falida os gastos com a limpeza. A secretária de Defesa do Cidadão, Marina Oliveira, não comentou o caso.
O Vale