Hotel de Luxo deverá ser erguido na cidade devido a Copa

A Associação Desportiva Atletas de Cristo, entidade interessada em explorar o centro poliesportivo do Tea-trão em São José, quer usar parte da área do complexo para a construção de um hotel cinco estrelas e de um centro de treinamento.

O pacote de investimentos inclui também a recuperação da estrutura esportiva, que está abandonada. Mas, para efetivar os investimentos, orçados em R$ 57 milhões, a entidade quer arrendar o poliesportivo por um período de 50 anos.

O complexo do Teatrão foi doado pela prefeitura ao São José Esporte Clube em 1981, na gestão do ex-prefeito Joaquim Bevilacqua. O arrendamento do poliesportivo depende de uma mudança na legislação municipal, já em discussão na Câmara. Atualmente, somente 30% da área do Teatrão pode ser alugada a terceiros.

A Associação Desportiva Atletas de Cristo foi criada no fim do ano passado exclusivamente para assumir o Teatrão. A entidade não tem ligação com o movimento Atletas de Cristo.

Segundo o tesoureiro da associação, Abdo Calil, a proposta inicial prevê investimentos de R$ 7,3 milhões na recuperação do complexo, além do pagamento de um aluguel mensal no valor de R$ 30 mil ao São José. Em troca, a entidade quer explorar toda a área de 64 mil metros quadrados do Teatrão.

“Esperamos obter, em um prazo de dez anos, o valor do investimento. Não podemos fechar por um período inferior a 30 anos”, disse Calil. Segundo ele, a construção do hotel e do centro de treinamento exigirá um investimento extra de R$ 50 milhões.

“Para esse investimento, precisamos deixar no contrato uma renovação por mais 20 anos. Se houver redução de prazo, haverá redução de investimento”, afirmou. Segundo ele, o novo empreendimento não irá ferir a legislação, porque as novas construções serão edificadas nos 30% da área onde são permitidas outras atividades.

“Um andar desse hotel seria destinado aos jogadores do clube, além do uso do centro de treinamento. Pensamos nesse investimento como um atrativo para a cidade, que é cotada para ser subsede da Copa do Mundo”, disse Calil.

O restante da área manteria sua vocação esportiva e recreativa com atividades de esporte e lazer disponíveis para a população a preços populares. De acordo com o grupo, em seis meses seria possível recuperar toda a estrutura do poliesportivo, que inclui três piscinas, campos de futebol, ginásio, refeitório e dez salas no subsolo do ginásio.

As salas receberiam iluminação, ventilação e ar condicionado. Também está prevista a reconstrução dos sistemas de águas pluviais, esgoto e energia elétrica e paisagismo.

Os locais seriam sublocados a empresas especializadas no setor de saúde e esporte. A meta do grupo é conquistar 25 mil sócios para o novo centro de convivência, que poderá oferecer academias de ginástica, um parque aquático, campos de futebol e um ginásio para shows e eventos.

“A ideia é transformar o local em um centro de convivência com escolinhas de futebol, academias e atividades esportivas e abrir para a população a preços populares.” Principal articulador do arrendamento da área, o vereador e presidente do São José, Robertinho da Padaria (PPS), defende o modelo de arrendamento da área como alternativa de recuperação do espaço. Ele conta com o apoio declarado do Conselho Deliberativo do clube.

O Vale