Candidatos à Prefeitura de São José pretendem aderir à campanha limpa nessas eleições e defendem restrições à sujeira eleitoral. No próximo dia 20, a Justiça eleitoral realizará reunião no Fórum para definir as regras da campanha deste ano. Alexandre Blanco (PSDB), que prevê gastar o maior volume de recursos na campanha até R$ 2,9 milhões, prometeu uma campanha limpa nessas eleições.
“Nunca pintamos muro ou usamos cavaletes. A nossa campanha será com panfleto e de casa em casa. Ou nas esquinas, sem grandes invenções.” Blanco vai apostar na militância para ganhar as ruas com as bandeiras do partido. “Nossa campanha será nas ruas e com placas onde for autorizado e carro de som só em locais concentrados.”
Na escala de gastos, Antonio Alwan (PSB) pode desembolsar até R$ 2,7 milhões. “Nosso material de campanha deve chegar na próxima semana e inicialmente devemos disparar o processo com uns 10 mil santinhos, incluindo o dos vereadores.” Alwan não pretende usar cavaletes. “Vamos usar da criatividade”, disse o socialista. O candidato Carlinhos Almeida (PT) também vai evitar os cavaletes. A aposta do partido, que poderá gastar até R$ 2,5 milhões, são os santinhos, placas e banners.
A campanha de Carlinhos será coordenada pelo vereador e presidente do partido, Wagner. Já Ricardo Amado será responsável pela área de comunicação. Autor da lei que proíbe o cavalete na cidade, o candidato Cristiano Ferreira (PV) prometeu campanha sustentável.
“Estamos terminando nosso escritório de campanha. Até a calçada será verde. Vamos apostar nos adesivos e nos santinhos”, disse Cristiano, que poderá gastar até R$ 1,9 milhão. Há também quem defenda o uso dos cavaletes, sem sujar a cidade.
“Nós teremos um compromisso com a campanha limpa. Agora, cavalete não suja a cidade e não iremos aceitar essa limitação”, disse o candidato do PSTU, Ernesto Gradella. O PSTU planeja gastar até R$ 200 mil na campanha.
O PSDC de Fabricio Correia vai apostar nas redes sociais e nas propagandas de TV e rádio. A legenda limitou os gastos em R$ 1 milhão. Com o menor volume de recursos na campanha, o PSOL de Gilberto Silvério vai investir nos santinhos e no corpo a corpo. ‘Campanha tem que ter debate de ideias e não papéis nas ruas’, diz Alacyr Arruda, cientista político da Fatea.
O cientista disse que campanha limpa é questão de educação do candidato. “Campanha tem que ser pautada no debate político de ideias e não em papéis nas ruas. Esse modelo de sujar cidade despejando santinho não agrega votos e muitos eleitores não enxergam a prática com bons olhos.” Para ele, candidatos que apostam em banners e cavaletes só têm retorno da população desinformada. “Entre 18% e 20% dos eleitores definem voto na hora. Mas isso está mudando porque santinho não tem proposta política, só número de candidato.”
O Vale