Deputados e prefeitos da região vão tentar junto ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma compensação aos comerciantes que serão afetados pela duplicação da rodovia dos Tamoios. Somente no trecho de Paraibuna há pelo menos 25 pontos comerciais às margens da estrada, segundo o prefeito Antonio Marcos de Barros (DEM). Dez deles funcionariam de forma clandestina dentro de áreas do próprio governo do Estado.
Há também a preocupação com a mudança dos acessos aos estabelecimentos que restarem após as obras de duplicação. “Tentaremos negociar com o governo tudo o que for necessário para não prejudicarmos ninguém que vive do comércio”, disse o prefeito de Paraibuna.
“O Fazendão, por exemplo, pode ter problemas com os acessos, já que hoje tanto quem desce, quanto quem sobe tem acesso ao comércio. Duplicando, isso não será possível”, afirmou. A Nova Tamoios terá duas faixas de tráfego por sentido após o término da duplicação, que teve início no último dia 2.
A expansão se dará, principalmente, dentro da faixa de domínio da rodovia, que abrange 50 metros a partir do acostamento e, por lei, já pertence ao Estado. Mas também exigirá a desapropriação de uma área de 1,670 milhão de metros quadrados (equivalente a 167 campos de futebol), conforme antecipou O VALE.
“Temos pessoas com atividades econômicas dentro dessa faixa de domínio que podem ser prejudicadas. Se houvesse um diálogo mais aberto com os prefeitos, eles poderiam se planejar para reintegrá-las ao mercado. Como não houve, vamos cobrar isso do Estado”, afirmou o deputado estadual Marco Aurélio (PT).
“Esses comerciantes irregulares também precisam de um atenção. Vamos tentar uma ação nesse sentido”, afirmou o deputado estadual Afonso Lobato (PV). O governo do Estado informou que analisará individualmente cada caso, mas antecipou que os comerciantes instalados de forma irregular às margens da Tamoios não devem receber indenização. As obras no trecho de planalto deverão se estender por 20 meses, a um custo de R$ 557,4 milhões.
O Vale