Com a entrega simbólica das armas e distintivos, os agentes da Polícia Federal em São José dos Campos deram início ontem à operação tartaruga na cidade. A restrição no atendimento ao público faz parte das ações da greve deflagrada pela categoria anteontem em todo o país.
Durante todo o dia, a delegacia trabalhou somente com 30% do efetivo e somente os casos agendados e de urgência foram atendidos. Os principais serviços afetados foram a emissão de passaportes e de documentos de imigração. A delegacia chegou a ficar fechada por quase duas horas.
“Não estamos deixando de atender a população. Cada caso é avaliado e, conforme a urgência, damos o direcionamento. Nas demais situações a pessoa terá que ter paciência”, disse Alberto Nascimento, representante do sindicato. A situação pegou muita gente de surpresa. Sem saber da paralisação, a aposentada Maria Aparecida Ferreira foi em busca de um visto permanente para o marido, que reside como turista no país. “Sei que é direito deles, mas complica um pouco a vida da gente. Agora não sei quando vou conseguir o documento.”
A preocupação é compartilhada pela dona de casa Waldete França Rabello. De casamento marcado para novembro nos Estados Unidos, ela voltou ao Brasil para buscar as filhas para participar da cerimônia. Com a greve, ela teme não conseguir providenciar a documentação a tempo. “Essa questão de visto tem prazo.”
De acordo com o representante do sindicato, a operação padrão segue por tempo indeterminado na cidade. Na delegacia de Cruzeiro, a operação tartaruga começou no início da tarde de ontem, após uma assembleia realizada entre os funcionários. São Sebastião também trabalha com efetivo reduzido.
E parte dos delegados federais do país aderiu ao movimento e pararam por um dia. Outra categoria que também ameaça parar são os policiais rodoviários federais, que ontem realizaram protestos em vários Estados.
O Vale