Crise na General Motors acirrou o embate entre os candidatos

A crise na fábrica da General Motors em São José acirrou o embate entre os candidatos ao Paço Municipal. A empresa deve definir até o final do mês o destino de cerca de 1.500 trabalhadores do MVA, responsável pela produção de modelos que sairão de linha até o final do ano, como Corsa e Meriva.

O desfecho dessa crise, que pode provocar uma demissão em massa, se transformou em arma eleitoral. Lideranças do PSDB tem acusado o Sindicato dos Metalúrgicos, vinculado ao PSTU, de dificultar a vinda de investimentos.

O candidato do governo, Alexandre Blanco (PSDB), criticou a postura dos sindicalistas. “A situação da GM preocupa a todos, pois envolve centenas de pais de família que correm o risco de perder o emprego. Sem dúvida, o radicalismo do sindicato contribuiu muito para que a situação chegasse a este ponto.

Mas entendo que agora é hora de unir esforços, sem cores partidárias”, disse o tucano, por meio de sua assessoria. Segundo Blanco, o prefeito Eduardo Cury e as lideranças do partido estão em contato com a GM para encontrar uma solução que garanta a manutenção dos empregos.

Lideranças do PSTU reagiram às criticas. “O Cury e o PSDB estão na contramão e não sabem o que falar. A crise não é culpa do sindicato. Jacareí faz parte da mesma base sindical, e as montadoras estão chegando. Ao invés de lutar por emprego, o prefeito só busca culpados”, disse o presidente do diretório do PSTU, Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, assegurando que o Sindicato dos Metalúrgicos sempre esteve disposto a negociar.

“Agora é o momento de unificar forças para pressionar a GM a manter os empregos.” O candidato do PV, Cristiano Pinto Ferreira, pediu a realização de uma audiência na Câmara para debater o tema.  O candidato do PT, Carlinhos Almeida, tenta assumir o papel de mediador das negociações. O deputado federal diz acompanhar de perto a situação na montadora.

“Estive na assembleia do sindicato na segunda-feira de madrugada, na reunião com Gilberto de Carvalho secretário-geral da Presidência da República em Brasília e hoje ontem falei com a direção da GM e pedi um encontro. Todos devem se unir”, disse. Segundo o petista, Carvalho perguntou se o sindicato estava aberto a uma negociação e a resposta foi positiva. “É errado jogar a culpa em A ou B. Nesse momento não ajuda assumir a posição de um ou outro”, afirmou.

O Vale