Dossiê em São José mostra que EUA vigiavam governo Vargas

Documentos inéditos a que O VALE teve acesso revelam que a Embaixada dos Estados Unidos, no Rio de Janeiro, foi utilizada pelo governo norte-americano para monitorar autoridades e políticos brasileiros no ano de 1945, final do regime totalitário conhecido como Estado Novo (1937-1945), do então presidente Getúlio Vargas. O “Dossiê americano sobre o Brasil (1945)” reúne uma série de documentos oficiais da diplomacia americana, entre relatórios e memorandos, que comprovam a troca sistemática de informações confidenciais entre a embaixada e a Casa Branca, no governo Harry Truman (1945-1952), sobre questões da política no País.

São cópias de correspondências enviadas, de janeiro a setembro de 1945, pela diplomacia à sede do governo. Os originais se encontram no Arquivo Nacional dos EUA, em Washington. É a primeira vez que o teor desses papéis é divulgado. O material faz parte do acervo particular do ex-ministro e empresário Severo Gomes, morto em 1992, que se encontra desde 2005 no Arquivo Público de São José, mantido pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

A documentação traz evidências da atuação americana em relação aos rumos políticos no Brasil. Um desses relatórios, produzido no dia 3 de setembro de 1945, sob a nomenclatura “Restrito”, traz a observação no título: “Governo Norte Americano deve manter posição rigorosa sobre o presidente Getúlio Vargas”. O texto em inglês narra que “as circunstâncias no Brasil apontam que o País fez algum progresso rumo à democracia nacional” e “há sólidas evidências de que esse caminho é ininterrupto.”

“Eles estão sugerindo intensa fiscalização sobre o governo Vargas. Eles estavam acompanhando os rumos da política no Brasil”, declarou a historiadora Nadia Del Monte Kojio, responsável pelo arquivo. Os papéis trazem relatos da relação íntima com militares brasileiros, bastidores do governo, rumores sobre a aliança entre Vargas e Luis Carlos Prestes, anistia a presos políticos, entre outros. “É a comprovação daquilo que sempre se falou sobre espionagem e controle. Sempre houve vigilância de governos. Não é de agora.” Ao se deparar pela primeira vez com os documentos, em 2005, a historiadora ficou sem reação. “Quando abrimos o acervo confesso que fiquei sem entender: o que isso está fazendo aqui?”, disse.

Criado em outubro de 1993, o Arquivo Público de São José preserva a história da cidade. São 800 grupos de documentos, entre papéis, livros, filmes e negativos, datados a partir do século 18. Também faz parte do acervo documentos dos poderes Executivo e Legislativo, a exemplo dos arquivos da Câmara Municipal, no período de 1803 a 1945, entre outros.

EUA tem festival de Ballet com aluno da FCCR

O estudante Theo Bourg, de 13 anos, da Companhia Jovem de Dança da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) viaja no próximo dia 11 para Nova York, nos Estados Unidos, para participar da competição de ballet Youth America Grand Prix. O adolescente pratica ballet desde os três anos de idade e há um ano e meio participa da Companhia Jovem de Dança. Ele foi escolhido entre mais de mil bailarinos e 85 grupos de todo o país em uma seletiva em Santos, no litoral paulista.

O Youth America Grand Prix (YAGP) é uma das maiores competições de ballet do mundo estudantil, na qual são concedidos mais de US$ 250 mil em bolsas de estudo nas principais escolas do mundo.

Segundo a organização do evento, em 12 anos de competição, o YAGP já concedeu mais de US$ 2 milhões em bolsas de estudos para jovens bailarinos estudarem nas melhores escolas de dança do mundo, entre elas o American Ballet Theatre, Paris Opera Ballet, San Francisco Ballet, entre outras companhias.

Essa é a primeira participação de Theo Bourg em competições e já na estreia se classificou para uma etapa mundial. Ele vai apresentar um solo contemporâneo e outro de ballet clássico de repertório, além de participar de duas aulas avaliativas. O estudante vai viajar acompanhado do professor e coreógrafo Marco Sanches, que está preparando o bailarino para a competição.

“Estou ensaiando muito para fazer uma bela apresentação. Desde janeiro, ensaio duas horas a mais do que já era de costume”, conta o adolescente, que se mudou de São Sebastião para São José dos Campos para estudar ballet.

Theo Bourg é um dos 48 integrantes da Cia. Jovem de Dança de São José dos Campos, que tem como proposta incentivar a formação de bailarinos e despertar talentos nessa área. Além de conhecer profissionais da dança de várias partes do mundo, o estudante acredita que esse é o caminho para a realização de um sonho; “Quero um dia, fazer parte de uma grande companhia de dança”, revelou.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 04/04/2013

Embraer vende mais de 20 novas aeronaves para EUA

A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou  a Embraer Defesa e Segurança como vencedora da concorrência avaliada em US$ 427 milhões para o fornecimento inicial de 20 aeronaves Super Tucano para o programa LAS (Light Air Support), ou apoio aéreo leve.

Há ainda a expectativa de compra de mais aeronaves, podendo chegar ao total de 55, em um contrato de até US$ 1,1 bilhão. Essa é a segunda vez que a fabricante com sede em São José dos Campos é declarada vencedora.
Em janeiro de 2012, os Estados Unidos suspenderam a compra, em decisão motivada pela abertura de processo pela norte-americana Hawker Beechcraft, ‘rival’ da Embraer, excluída da disputa em novembro de 2011 por não atender exigências previstas.

As aeronaves serão fornecidas em parceria com a Sierra Nevada Corporation e utilizadas em missões de treinamento avançado em voo, reconhecimento aéreo e apoio aéreo tático, com finalidade de operar em missões de vigilância de fronteira e ataques contrainsurgência no Afeganistão e segurança nacional.

“Esta escolha confirma que o A-29 Super Tucano é a aeronave mais efetiva para as operações LAS. Estamos prontos para começar a trabalhar e honrados em poder apoiar o governo dos Estados Unidos e seus parceiros com a solução de melhor custo-benefício”, disse em nota Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.

Além das 20 aeronaves, o contrato inclui equipamentos para treinamento de pilotos no solo, peças de reposição e apoio logístico. A aeronave selecionada para o programa LAS será construída em Jacksonville, Flórida. “Nosso compromisso é avançar com a estratégia de investimentos nos Estados Unidos e entregar o Super Tucano no prazo esperado e conforme o orçamento contratado”, afirmou Aguiar.

A Embraer não informou quando será o início das entregas. Anteriormente, as primeiras entregas estavam previstas para o 3º  trimestre de 2014. Com a vitória, a Embraer bateu um único adversário na concorrência, o AT-6, da norte-americana Hawker Beechcraft. Fornecer equipamentos militares para os Estados Unidos não é uma tarefa fácil, transformando o Super Tucano da Embraer em ‘vitrine’ no mercado internacional.

O Vale

Publicado em: 28/02/2013

Alunos do Cephas representão o Brasil nos EUA

O prefeito esteve nesta segunda-feira (18) com os alunos do CEPHAS (Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza) que vão representar a nossa cidade no maior campeonato de robótica internacional, o FIRST (For Inspiration Recognition of Science and Technology), que acontecerá em março, nos Estados Unidos. O Brasil levará cinco equipes, duas são de São José.

Durante o encontro o time de robótica chamado de Cephatron #1860 realizou demonstrações do robô, explicou o projeto e presenteou o prefeito com uma camiseta da equipe.

A equipe, que vem se preparando desde o início do ano, abriu mão das férias e do Carnaval para se dedicar ao desenvolvimento do robô também foi presenteada e recebeu das mãos do prefeito, como desejo de boa sorte, a bandeira oficial da cidade para embarcar para Dallas, nos EUA.

“É muito gratificante e um orgulho para São José saber que nossos alunos estão se esforçando, se dedicando aos estudos e à inovação, porque a tecnologia faz a diferença para um país. Porém, a maior riqueza que nós podemos ter é o conhecimento e isso é passado pelas pessoas.”, disse o prefeito.

O robô projetado pela Cephatron #1860 pesa 54 kg e foi desenvolvido com o patrocínio da Johnson&Johnson. Pelas regras da competição, o robô chegará à Dallas antes dos competidores. Nesta terça-feira (19) o time realizará os últimos testes e embarcará o robô lacrado para o local da competição.

Ação Social

Segundo o professor Carlos Roberto dos Santos, de 48 anos, responsável pela equipe desde 2007, o maior prêmio não é ganhar na arena e sim pelo trabalho social que envolveu todo o projeto. “Em 2008 recebemos a maior premiação da FIRST, o troféu Chairman’s, pela relevância do trabalho desenvolvido com a comunidade, e esperamos que este ano, não seja diferente”.

O prêmio principal do campeonato de robótica avalia o alcance social do trabalho desenvolvido pelos times participantes envolvendo ciência e tecnologia para a comunidade.

A aluna Larissa Strongren conta que o projeto Robótica para Todos tem como base três pilares. O primeiro é atingir a comunidade próxima, no caso São José. O segundo é ter relevância nacional e para isso foi desenvolvido o projeto Vídeo Aula disponível no youtube. E o último, o que rendeu a premiação de 2008, foi o de trabalhar a robótica com cunho social por meio do projeto “Decolar” para alunos com altas habilidades e do “Meu Amigo Robô” que leva ciência e tecnologia para crianças e jovens com deficiência.

Embarcando pela segunda vez para o campeonato, Geicinara Félix, 18 anos, conta que participar do FIRST foi uma experiência grandiosa. “É muito bom representar minha cidade, fazer novos amigos e ter o reconhecimento do nosso trabalho. Isso significa superar os nossos próprios limites. A expectativa é que possamos voltar com muitas premiações, inclusive o troféu Chairman’s”.

Para a diretora do CEPHAS, Nuricel Villalonga Aguilera, o esforço da equipe Cephatron #1860 serve de exemplo para os alunos mais novos. “A maneira como o preparo foi feito, a união e o esforço de cada integrante serve de exemplo para os outros alunos que estão vendo o projeto pronto e que torcem para a vitória da equipe”.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 19/02/2013

Atletas de Capoeira, vão para os EUA

Aviões, carros e capoeiristas. Nem só as indústrias e a alta tecnologia levam o nome do Vale do Paraíba para o exterior. Cada vez mais, uma atividade esportiva que já foi considerada desordem ganha o mundo e chama a atenção dos estrangeiros. Na região, a capoeira se tornou produto de exportação.

Centenas de capoeiristas do Vale percorrem o mundo abrindo academias e se apresentando em shows, programas de TV e filmes. Eles levam o gingado da capoeira e encantam os estrangeiros, que também visitam a região para conhecer a cultura dos capoeiristas direto da fonte.

Mas nem sempre foi assim. A capoeira já foi considerada atividade de bandidos e punida até com a morte. Ela chegou ao Brasil com os escravos africanos trazidos para a então colônia portuguesa entre os séculos 16 e 19. Era o meio de defesa deles e a tentativa de manter a cultura nativa.

Misturando diversas manifestações folclóricas africanas, a capoeira foi “gestada na África e parida no Brasil”, como resume José Antônio dos Santos de Almeida, 54 anos, o mestre Zé Antônio, do grupo Cordão de Ouro, de Guaratinguetá. Para ele, mais do que uma luta, a capoeira é uma “filosofia de vida, capaz de unir arte, dança e atividade esportiva e harmonizar corpo e mente”.

Começo.Desde os pioneiros baianos Vicente Ferreira Pastinha (1889-1981), o mestre Pastinha, e Manoel dos Reis Machado (1900-1974), o mestre Bimba, que chegaram a sofrer com a perseguição policial nas primeiras décadas do século 20, a capoeira vem rompendo fronteiras e derrubando preconceitos.

“A polícia perseguia um capoeirista como se persegue um cão danado”, narra Bimba nas páginas de ‘Conversando sobre capoeira’ (1996), livro de Esdras Magalhães dos Santos, 84 anos, o mestre Damião, tenente reformado das Forças Aéreas, advogado e um dos precursores da capoeira em São Paulo.

Ele veio da Bahia para São José dos Campos e tornou-se uma referência no Vale. Para ele, embora a capoeira seja uma só, ela tem diversas variações, desde a luta agressiva até o bailado alegre e descontraído que encanta os estrangeiros. “Pode jogar mais bravo ou para se deleitar”, explica.

Tradição. Com turnês anuais por diversos países da Europa e nos Estados Unidos, mestre Zé Antônio e o irmão Ponciano Almeida, trouxeram para Guará o Cordão de Ouro de mestre Suassuna, de São Paulo, em 1974. Desde então, vêm formando uma legião de professores que se espalha pelo mundo.

Atualmente em turnê pelos EUA, Everaldo Bispo de Souza, 59 anos, o mestre Lobão, celebra 41 anos de história da primeira academia de capoeira do Vale, a Besouro Mangangá, que ajudou a montar em São José, em 1971, com Damião e seu filho, Esdras Filho.

“O Vale tem excelentes mestres, mas temos que trabalhar com muita responsabilidade para que tenhamos capoeiristas de excelente qualidade. Aí sim estaremos bem representados lá fora”, afirma Lobão.

O Vale

Edital nos EUA pode beneficiar rival da Embraer

Uma mudança na concorrência para escolher o fornecedor de caças para a Força Aérea dos Estados Unidos no programa LAS (apoio aéreo leve) pode beneficiar a Hawker Beechcraft, rival da Embraer na disputa de US$ 355 milhões.

Diferentemente da primeira concorrência, cancelada em fevereiro, o novo edital descarta a necessidade de um voo teste dos equipamentos em disputa. A Beechcraft seria beneficiada pelo fato de estar oferecendo uma aeronave ainda em fase de desenvolvimento, o AT-6, ao contrário do Super Tucano da Embraer, já utilizado em missões, como no combate às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

“À primeira vista, sim, (a mudança) ajuda (a Beechcraft). Vender para americano é algo complexo. Mas o avião brasileiro tem grandes chances. O Super Tucano talvez seja o único (avião) para o que eles querem. Tem excelente rendimento e armamento, capacidade para levar bombas”, disse o professor da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora-MG), Expedito Bastos, especializado no mercado de defesa.

Para Bastos, o momento seria de atrelar a concorrência do LAS ao programa F-X2, que prevê a compra bilionária de caças supersônicos pela Força Aérea Brasileira, no qual a norte-americana Boeing concorre com a sueca Saab e a francesa Dassault.

“(A união das concorrências) é bom para nós, que acabamos com uma novela de 15 anos (F-X2) e para a Embraer, que coloca seu avião na maior vitrine do mundo. O Brasil tinha que aproveitar a chance, é uma oportunidade única. No passado, já ganhamos e não levamos. Temos que fazer nosso ‘lobby’”, disse Bastos.

Após receber uma minuta das exigências do novo contrato, já com as alterações, o diretor-presidente da Embraer, Frederico Curado, havia dito que não considerava a retirada do voo teste um fator determinante na disputa.

“Não seríamos necessariamente prejudicados, (a não realização do voo teste) não seria determinante. Não somos uma empresa que desiste facilmente das coisas”, afirmou Frederico Curado, durante teleconferência com jornalistas para analisar o primeiro trimestre de 2012 da empresa.

Outras alterações no contrato são a inclusão de preços fixos para equipamentos de apoio, a manutenção dos valores no caso de novas encomendas e a falta de exigência da participação de pequenas empresas no projeto. Dificuldade. No final da última semana, a Beechcraft entrou em processo de concordata para quitar sua dívida de US$ 2,5 bilhões.

O programa LAS irá selecionar aeronaves a serem utilizadas em missões no Afeganistão contra insurgência de rebeldes. O vencedor será anunciado no início de 2013. As entregas estão programadas para o final de 2014.

O Vale

Equipe Cephatron #1860 embarca dia 13 para o EUA

A equipe Cephatron #1860 do Cephas (Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza) viaja nesta terça-feira (13), às 16h, para Nova Iorque (Estados Unidos), onde participa de mais uma edição do Fisrt Robotics Competition (FRC), o campeonato de robótica que será realizado entre os próximos dias 16 e 18.

O time é formado por sete alunos, cinco mentores e dois professores e vem se preparando desde janeiro, quando as regras da competição foram divulgadas. O grupo trabalhou intensamente na elaboração de estratégias e protótipos, além da tradução do regulamento para colocar novamente o nome da escola no pódio.

Segundo um dos integrantes do Cephatron, o aluno de eletrônica, Michel Douglas Rosendo da Silva, 19, a expectativa é grande. “Estamos ansiosos porque é uma responsabilidade muito grande. E o propósito do evento é mais bacana ainda, facilitar a vida das pessoas com a robótica”, diz.

Já para um dos mentores da equipe, Rafael Idalgo, o diferencial da participação do Cephas no FRC é a experiência cultural proporcionada aos estudantes. “Cada aluno que a gente leva para competir, adquire uma experiência única. Eu participei como aluno, há sete anos, aprendi e amadureci muito, porque a gente dá valor ao trabalho tanto de equipe quanto ao individual para o sucesso de todos”, afirmou.

Neste ano, a First lançou grandes desafios aos competidores: projetar um robô que poderá ser controlado por circuitos de vídeo game X-Box 360, o Kinect (uma câmera que poderá controlar o robô por meio de movimentos do corpo humano). O jogo deste ano é bem semelhante a uma disputa de basquete, onde os robôs pontuarão ao fazer cestas.

Prêmios conquistados pelo Cephas no First
Quality Award – 2011
Excellence in Design Award – 2010
Rockwell Automation Innovation in Control Awards – 2009
Reconhecimento pela melhor técnica de iluminação empregada na animação 3D – 2009.
Chairman’s Award – 2008
2º Lugar na classificação por aliança na Regional Brasileira – 2008
Judge Award’s – 2008
Regional Winner #1 – 2007
Woodie Flowers Award – 2007
General Motors Industrial Design Award – 2007
Rockwell Automation Innovation in Control Awards – 2007
2º lugar – etapa regional – 2006
Melhor time iniciante – 2006

Fisrt Robotics Competition

O FRC é uma competição internacional de robótica, realizada todos os anos com a participação de equipes do Brasil, México, Canadá, Reino Unido, Holanda, Israel e Estados Unidos.

Prefeitura Municipal