O Sindicato dos Condutores de São José dos Campos decidiu suspender até a próxima terça-feira, dia 10, as paralisações no sistema de transporte público. A decisão tem o objetivo de concentrar esforços para soltar um dos líderes do protesto preso durante a manifestação da última quarta-feira por roubo e agressão. O suspeito é diretor do sindicato de Sorocaba.
A trégua dá fim a um movimento grevista que durante dois dias parou o trânsito na região e deixaram a pé cerca de 30 mil usuários. Ontem, todas as 28 linhas da Expresso Maringá só saíram da garagem às 8h com três horas de atraso em relação ao horário normal. Na última quarta-feira, 12 mil passageiros foram afetados.
Além do transtorno aos usuários, houve atos de vandalismo que depredaram 18 ônibus das empresas três tiveram os pneus furados. A manifestação é contra o reajuste salarial de 6,2% proposta pelas empresas que operam o sistema. A categoria reivindica aumento de 8,5% mais tíquete refeição no valor de R$ 450.
No final da tarde de ontem, a Justiça negou pedido do sindicato de soltura do sindicalista de 35 anos. O suspeito de bater em dois fiscais da prefeitura estava na Cadeia Pública de Caçapava e seria encaminhado na noite de ontem para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José, no Putim.
“Vamos buscar novas alternativas para resolver essa questão. Queremos esperar também a Justiça definir se irá indicar ou não o reajuste que será aplicado”, afirmou ontem o presidente do sindicato, José Roberto Gomes.
Paralelo à decisão do sindicato, as empresas de ônibus entraram com uma ação judicial que impede a realização de novas greves. Eles também pedem que a Justiça defina o valor do reajuste, já que entre as partes envolvidas sindicato e empresa não se chegou a um consenso.
A diretora da Secretaria de Transportes, Maria Dolores Moreno Pino, afirmou que a prefeitura preparou um esquema especial para minimizar os impactos de possíveis novas manifestações. Segundo ela, o projeto prevê diminuir o itinerário das linhas na região central. “Estamos acompanhando tudo e pedidos coerência dos dois lados para resolver o problema”.
O Vale