Os motoristas e cobradores de ônibus de São José dos Campos começam hoje uma mobilização junto à população para obter apoio para a realização da chamada ‘catraca livre’ na cidade. A ideia é promover até esta sexta-feira um dia sem cobrança de passagem com o objetivo de pressionar as concessionárias a conceder reajuste salarial para os trabalhadores.
O Sindicato dos Condutores adotou essa postura após um novo fracasso nas negociações na semana passada. A categoria quer aumento de 7%, mas as empresas só oferecem 4,88%. A partir de hoje, a entidade irá distribuir uma carta aberta à população pedindo apoio para suas reivindicações. O texto relembra todo o impasse que vem se arrastando desde o mês passado.
No período, o sindicato promoveu duas paralisações e uma operação ‘tartaruga’, deixando passageiros sem transporte. “Queremos mostrar que começamos pedindo 13% e hoje já estamos em 7%. Elas empresas não passaram de 6,5%”, disse o presidente do sindicato, José Roberto Gomes.
A entidade irá distribuir 100 mil panfletos na região central de São José. Hoje, a previsão é de que 50 mil cartas já estejam nas ruas. A Avetep (Associação das Empresas de Transporte do Vale do Paraíba) nega que tenha aumentado sua oferta e informa que segue com proposta de 4,88% de reajuste, aguardando a decisão do caso no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas.
Ontem, o advogado da entidade, Victor Albuquerque, foi procurado por O VALE, mas não atendeu os telefonemas. Na semana passada, ele disse que iria acionar o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas para impedir a liberação das catracas.
A ação ainda não teria sido encaminhada à Justiça, segundo a assessoria da Avetep. A Secretaria de Transportes informou que a negociação salarial é feita entre sindicato e empresas e não cabe ao governo falar sobre o assunto. O transporte coletivo urbano de São José é operado pelas empresas Saens Peña, Expresso Maringá e Julio Simões.
O Vale