Implantadas há uma semana em São José, as novas faixas exclusivas para ônibus e todas as mudanças no sistema viário da região central da cidade ainda geram muitas dúvidas e reclamações da população. Entre as críticas apontadas por usuários, estão a má sinalização na avenida Adhemar de Barros, a implantação das ilhas nas avenidas São José e Madre Tereza que reduziu o espaço para os carros, o fim das vagas de estacionamento na rua Paraibuna e avenida Adhemar de Barros e a junção do ponto de ônibus próximo à Sabesp. O secretário de Transportes, Wagner Balieiro, responsável pelo projeto, disse que ainda fará análise mais detalhada do corredor, mas considera “positivo” o resultado da primeira semana de mudança.
A convite do jornal O VALE, o piloto joseense André Azedo, um dos ídolos do esporte da cidade, percorreu os principais corredores de ônibus para fazer uma avaliação do sistema. Acostumado a viajar o mundo pelas provas do Ralli Dacar, o piloto teve dificuldade para entender a sinalização vertical colocada na avenida Adhemar de Barros, que pode induzir o motorista ao erro, segundo ele. “Em cima da faixa 3, tem uma placa indicando faixa 2 preferencial. E sobre a faixa 4, a placa indica faixa exclusiva 3. Quem não está acostumado com a cidade e que se guia pelas placas verticais, como é padrão em todo o mundo, vai se confundir aqui na avenida”, observou o piloto de rali. Ele também afirmou que na faixa 4, por onde devem circular os veículos, a via ficou muito estreita e, um carro de grande porte, tem dificuldade para andar ao lado dos ônibus, na Adhemar de Barros.
Ainda segundo ele, na mesma faixa 4, não há uma placa informando ao motorista que, essa faixa deve ser usar para fazer a conversão à direita. Próximo ao novo ponto de ônibus da Sabesp, o piloto não conseguiu passar de carro junto com o ônibus, isso porque, o coletivo precisa de espaço para conseguir fazer a curva sozinho, antes de entrar na Adhemar de Barros. Em outro ponto do corredor de ônibus, nas avenidas São José e Madre Tereza, Azevedo apontou que as duas ilhas instaladas para separar o corredor de ônibus acabaram afunilando o trânsito, reduzindo o espaço para os carros.
“As mudanças feitas pela prefeitura beneficiam os ônibus e os usuários. Para quem anda de carro e precisa de lugar para estacionar nessa região, as mudanças não estão sendo boas”, disse Azevedo, que acha necessário um tempo para adaptação. O secretário de Transportes, Wagner Balieiro, disse em entrevista ao O VALE, que o resultado dos corredores tem sido muito positivo nessa primeira semana. “Os motoristas já estão acostumando com a proposta dos corredores.”