Após pressão da Prefeitura de São José, a Justiça determinou que a massa falida da empresa Selecta se responsabilize pelos móveis danificados ou destruídos durante a reintegração de posse do Pinheirinho. Cerca de 1.700 famílias foram expulsas do terreno. O processo de reintegração que deveria ser concluído em 15 dias durou apenas quatro.
E muitas famílias deixaram o local antes mesmo da chegada do oficial de Justiça para relacionar os pertences. Inúmeras famílias reclamaram da falta de pertences e também da dificuldade para retirar os móveis nos galpões oferecidos pela Selecta.
A família da dona de casa Maria José de Almeida, 62 anos, já pagou dois carretos, ma ainda não conseguiu retirar seus pertences. A Defensoria Pública de São José recebeu mais de 200 denúncias de sem-teto e planeja mover ações por danos materiais.
Foi a pressão das famílias que levou a prefeitura a questionar as ações de responsabilidade da Selecta. Em nota, a prefeitura sustenta que apesar de não ser de sua responsabilidade irá oferecer suporte para que as famílias possam receber seus pertences sem prejuízo. O objetivo é cobrar da massa falida a reposição dos móveis danificados ou extraviados durante a reintegração do Pinheirinho.
A juiza da 6ª Vara de São José, Marcia Loureiro, responsável pela ação de reintegração de posse, informou já ter acionado a massa falida. A empresa já teria nomeado um funcionário para auxiliar as famílias sem-teto na localização dos pertences.
Segundo ela, os autos descritivos de cada imóvel elaborados pelos oficiais de justiça no dia da reintegração servirão de base para apontar se há irregularidades no lote de pertences de cada família. Procurada, a massa falida não se pronunciou.
Pelo menos 140 famílias ainda estão alojadas em três abrigos da Prefeitura. A meta do governo é fechar o abrigo do ginásio Ubiratan, no Dom Pedro 2ª, ainda essa semana. Ao todo, 1.033 famílias já receberam o cheque no valor de R$ 1.000 (R$ 500 referente ao auxílio mudança e R$ 500 ao aluguel social).
O Vale