A Secretaria de Transportes de São José dos Campos planeja fazer uma auditoria geral no transporte público da cidade para verificar a operação do sistema. Para a execução da fiscalização, a pasta vai contratar uma empresa especializada.
O valor do contrato está estimado em R$ 380 mil e o prazo para o trabalho de levantamento e análise de dados é de quatro meses. O sistema foi implantado a partir de 2008 e é operado por três empresas: Saens Peña, Expresso Maringá e CS Brasil, subsidiária da Julio Simões, que assumiu o lote de linhas conquistado pela empresa em março deste ano.
A auditoria foi dividida em parâmetros. No setor operacional, a avaliação compreende demanda por tipo de passageiros transportados (pagantes, estudantes e gratuitos) e por valor da tarifa praticada. Também serão verificadas a receita direta arrecada pelo Consórcio 123, que reúne as três operadoras, a frota em operação e viagens realizadas, entre outros dados.
A auditoria contempla ainda a avaliação dos custos operacionais do sistema, manutenção geral do serviço e até a parte administrativa das empresas. “Sempre fiscalizamos o sistema, mas esta será a primeira auditoria completa por uma empresa especializada”, afirmou o secretário Anderson Farias Ferreira.
Segundo ele, a auditoria é fundamental para verificar como está a situação geral do serviço. “A auditoria é importante porque a avaliação pode ter influência na planilha de custos e, por consequência, no valor final da tarifa”, disse o secretário de Transportes.
Os relatórios também poderão indicar a necessidade de ajustes no sistema. Dados do processo licitatório para a contratação da auditoria apontam que atualmente a frota do sistema é de 382 veículos distribuídos em 94 linhas regionalizadas.
A média de passageiros transportados por mês é de 6,5 milhões, segundo os dados. Para o Sindicato dos Condutores, as falhas são de responsabilidade da prefeitura. “As falhas não são culpa só das empresas, mas, da prefeitura, que não cumpriu o previsto na implantação do sistema”, afirmou o presidente da entidade, José Carlos de Souza.
População rejeita sistema de ônibus Pesquisa realizada pelo Ipplan (Instituto de Planejamento) aponta que dos mais de 1,2 milhões de deslocamento diários feitos em São José, 49% são realizados por carros e 22% são feitos a pé. O transporte coletivo é a opção dos moradores em 25%dos deslocamentos. Para a prefeitura, o índice é bom se comparado com cidades do mesmo porte.
O Vale